terça-feira, 31 de agosto de 2004

nada

silêncio
lua cheia
areia até perder de vista em todas as direcções





No deserto há a paz do silêncio, a calma das noites de lua cheia, o horizonte apenas com as nossas esperanças, as nossas emoções, o nosso futuro...
No deserto o nada que nos rodeia não nos oprime: não há o vazio das expectativas defraudadas.
No deserto podemos encontrar-nos, sem nos perdermos na busca.

segunda-feira, 30 de agosto de 2004

The usual

Ao ler os últimos posts apercebo-me, mais uma vez, que sou um verdadeiro arraso em Dramatologia...
Alguém conhece um bom psiquiatra?

Ai, ai......

Interrompemos este blog para dizer que o Gianecchini está melhor do que nunca na Cor do Pecado....
(em tempo de estudo podem ver-se todas as novelas e todos os filmes e intervalos publicitários, porque são muito mais interessantes do que em tempo de "férias")

domingo, 29 de agosto de 2004

Insónias

Lá fora avolumam-se escuridões passadas, dipostas a trazer o Inverno de volta.
Já dura demais o bom tempo, dizem.
O sol soltou um suspiro e enterrou-se do outro lado do horizonte, entre protestos coloridos de lilás e vermelho, mas não houve luta, não houve discussão, não houve nada...

O silêncio inunda-me e insiste em não me deixar dormir.
Tanto tempo passado e voltam as insónias, as noites em que danço comigo própria em voltas sem fim, sem encontrar nunca a posição que me dará o descanso.
Mal dormidas, as noites dão lugar a dias monótonos, iguais, passados na penumbra obscura das horas que não querem passar, que insistem em ficar, em durar, em aumentar a insustentável sombra do tempo que me tolda os sentidos, que me turva o pensamento, que me sufoca...

E na ânsia de respirar agarro-me aos braços que me rodeiam, mas não os afago: desfaço-os.

The "m" word

Não tenho o hábito de asneirar, mas o que mais me apetece fazer, é repetir a palavra m**** vezes sem conta até conseguir apagar a que fiz...
Impossível já sei, até porque, como sempre, não me privei de te envolver na asneira, fiz até questão disso.
Já nem há como pedir desculpa, algumas coisas já não a têm.
Sei disso.
Sei também que mais nada está a destruir uma das coisas a que dou mais valor: só aquilo que faço.
Só não sei como fugir disso, o que é de estranhar: fujo tão bem de tudo o resto....

CRESCER, CRESCER, CRESCER......... quando vou conseguir?

EUREKA!

Vivemos numa ditadura.
E nos últimos tempos acho que já nem podemos dizer que é camuflada.
Viva o 25 de Abril!

Aviso à navegação

Não entrem neste blog: não tomou a medicação e está em fase depressiva.

Cheers


Nota: imagem daqui.

É incrível como são as coisas mais simples que nos fazem mais falta.
Sem que tenhamos consciência disso, passamos os dias em gestos, em palavras, em olhares a que não damos valor, até só termos deles a ausência.
E agora, faz-se o quê, com ela?
Um brinde?...

Tenho saudades destes pequenos momentos.

Verdade III

Às vezes, quando me distraio, ainda me vêm as lágrimas aos olhos.

sexta-feira, 27 de agosto de 2004

Cheguei ao fundo do poço!!!

Ao sair do SU dei por mim parada nos semáforos a cantarolar, entusiasmadíssima, a música que estava a dar na rádio.
Um prémio a quem adivinhar.......

Bem, pensando melhor, aquilo é tão mau, tão mau, que mesmo que alguém quisesse participar neste passatempo fantástico da Muska, dificilmente lá chegaria....

E a resposta certa é.....
(soam os tambores...)

Nothing's Gonna Change My Love For You - Glenn Medeiros

(o que vocês não sabem é que tinha os vidros abertos.........)

quinta-feira, 26 de agosto de 2004

Como regar plantas pode ser mais violento que os 50Km em marcha...

A mim não me pedem para gravar episódios da novela, encomendam-me mesmo a clássica tarefa de regar as plantinhas...
Os meus pais foram de férias e deixaram os seus estimados vegetais aos cuidados das filhas, e hoje tocou-me a mim tratar deles... (coitadinhos, estão mesmo a imaginar, não?)
Não é um trabalho agradável: em cada canto, em cada janela, em cada vão de escadas, em cada varanda há uma, duas, várias plantas.... Isto hoje pareceu-me mais a floresta Amazónia, e o pior é que não há cá uns índios jeitosos que me venham dar uma mãozinha, e eu bem precisava, porque como é óbvio também não há uma torneira à mão (ou à folha) de cada uma... É que o sobe escadas, despeja regador, volta a encher, vai buscar mais que esta, coitadinha, estava com tanta sede!, desce escadas, ai que me esqueci das sardinheiras!, sobe escadas, caramba! pus demais e agora tenho que ir buscar a esfregona, volta a descer, volta a encher.... AIIII!!!! Não é fácil....
Meia hora depois a missão está cumprida...
Acho que este fim de semana vai haver leilão cá em casa...
Bem-vindos ao Horto!

quarta-feira, 25 de agosto de 2004

Palavras a monte

Passam os dias, as horas, os minutos, os segundos, e já estou a abusar desta coisa do tempo, a maior força demolidora de todo o sempre. Não chegaste e estou farta de estar à espera, e agora o meu calendário dá um salto, passa directamente de Setembro para Maio, ou para Junho, ou para quando for o dia do famoso exame que só vai decidir a minha vida profissional. Nada de especial, eu sei... Intervalos pelo meio, casamento da minha irmãzinha mais velha, férias para ter força, Aniversário, Natal, Fim de Ano... Apesar de tudo a vida tem que continuar, estudar, só, nunca deu de comer a ninguém... E é bom ir de férias, passar os dias longe de tudo e perto de todos só faz bem a qualquer alma ressequida de contacto humano, mas saber que existe água para depois voltar ao deserto é apenas um pouco injusto, só faz com que aumente a sede. Sim, ninguém disse que a vida era fácil. Nunca foi, apenas os momentos difíceis se esfumam nas lembranças de como há coisas boas que nos completam, e um dia também estes que agora correm se apagarão na sombra da tua chegada, da minha chegada, da chegada de quem quiser chegar. Eles já diziam: "eu quero chegar junto". eu quero.... eu quero.........

terça-feira, 24 de agosto de 2004

Dia perfeito

Dia perfeito é passado na praia, segura sobre os cotovelos na toalha, a ver como a água se comporta quase sempre com a mesma cadência, enquanto as bolas ressoam nas raquetes e as crianças fazem e desfazem a areia.
Dia perfeito é passado com frio, com um casaco de penas e um abraço.
Dia perfeito é passado no mar, saboreada pelas ondas e aquecida pelo sol reflectido no ar.
Dia perfeito é passado de mãos dadas com amigos, com sorrisos, com gelados.
Dia perfeito é passado com música.
Dia perfeito é passado com sabor, com noz moscada e piri-piri, com limão e sal.
Dia perfeito é passado com o calor dos teus olhos pousados em mim.
Dia perfeito é passado com histórias, com livros abertos nos lugares certos, com memórias.
Dia perfeito é quente, com café e mousse de chocolate.
Dia perfeito é passsado com ritmo e com danças.
Dia perfeito não é passado, é presente que recebemos, que oferecemos, quando estamos bem, quando gostamos, quando gostam de nós.

De volta

E pronto, é mesmo verdade que acabaram as férias, e já o disse antes: a seguir às férias devia ser proibido trabalhar, uma pessoa precisa de descansar de todas as manhãs mal dormidas para poder aproveitar a praia, e de todas as noites na rambóia (acho esta palavra particularmente descritiva, não sei porquê... e vem no dicionário!) com os amigos a descobrir que afinal o Hip-Hop é que está a dar, tal como aquela música romena que grita Nô-Mai-Nô-Mai-Éi e que é o delírio da população noctívaga. Descobri hoje que se chama Dragostea Din Tei, um lindo nome, só é pena não fazer a mínima do que significa...

É também verdade que foi duro o contacto com a realidade, e que se aproximam tempos difíceis, mas já dizia o outro: "life goes on, baby!"
Não há nada como sobreviver e tentar ser feliz com isso...
As coisas só podem melhorar.

Defeito II

Dou-me como não posso às pessoas a quem não devo.
Consciente e voluntariamente.

segunda-feira, 23 de agosto de 2004

Desorganização sentimental

(claro que a total já incluía esta...)

E ao chegar, de novo aquele sentimento: tenho que me ir embora daqui.
Depressa, estou a afogar-me......

Desorganização total

Hoje deixei aqui um montão de posts, porque cheguei a casa em síndrome de privação. (cada vez mais me parece que isto é uma doença...)
Comecei por tentar ordená-los por ordem cronológica, mas depressa desisti... estou demasiado cansada para ordenar as ideias... Aos poucos, durante os próximos tempos vou tentar completá-las, se não der para mais.

domingo, 22 de agosto de 2004

bombardeamento de posts

instabilidade: ontem, hoje e sempre.
já faz parte de mim.

Pensamento da noite

"Isto bem escrito dava um post..."

Regresso à realidade

Durante as próximas semanas vou andar insuportável.
Já sei....

Ainda não aprendi.

Houve qualquer coisa que nos ligou logo à partida.
Não sei o que foi, há pessoas com quem é assim, e se calhar por saber que o tempo era pouco atirei-me de cabeça no salto negativo.
Fizeste o mesmo.
É verdade que se construiu alguma coisa muito especial, sem descrição nos termos habituais da maioria das pessoas, tenho a certeza.
E por isso fui previligiada. Fomos, porque o sentimento foi o mesmo.
Mas depois, logo de seguida, antes que tivéssemos tempo para solidificar a estrutura gigantesca que construímos em dois tempos, vieram as chuvas ácidas.
Soubeste saltar a tempo, parece-me.
Não sei como foi a tua queda porque foi rápida demais e perdi-te de vista na descida.
Sei que contigo é assim, é só mais uma coisa em que somos extremos opostos.
Ao saltar abri o pára-quedas, porque estava a lutar contra tudo isto.
E por isso a queda é lenta, e ao descer vejo tudo o que construímos ser lentamente arruinado pelo tempo e pela distância.
Estamos obviamente em fases diferentes, doeu-te, eu sei, mas já te levantaste.
Eu já não vou cair mais, mas ainda me dói.
Ainda me custa pôr-me em pé.
Ainda não sei lidar contigo assim, e por isso faz-me mal ir à tua procura: já não te encontro.
Vou ter que gravar a imagem que tinha na memória para ficar lá segura, não quero apagá-la.
Mas quero uma imagem presente que não me magoe.
Não é nada disto que quero dizer, na verdade.
Não sei explicar.
Nem interessa, na verdade...
Já não interessa.

Pede um desejo

Quero que passe.
Não precisa de ser depressa, já desisti da pressa.
Sempre que me parece que é mais fácil levo com um pequeno banho de água fresca em cima e arrepio-me até às profundezas da minha alma.
Quero que passe bem.

Para compensar...

E pronto, chegaram ao fim as férias.
Foi só uma semana mas pareceu-me uma eternidade.
Foi óptimo sair daqui, fugir à rotina que me estava a consumir...
Estou mais cansada fisicamente, mas os banhos de sol, mar e lua refrescaram-me para uns bons tempos neste calor abafado que senti logo à chegada.
Não vou dizer que foi bom voltar, porque não foi.
Mas há sempre pontos positivos em tudo: ganhei duas vezes no totoloto: quando fui, e hoje, quando voltei...

Ao chegar tentei abrir o blog de quem me levou a começar o meu.
Não consegui....
Fiquei triste, nunca pensei que fosse mesmo acabar.

Recado

para mim na porta de uma casa de banho... (lindo!)

"a vida é só uma: aproveita-a"

(estou cada vez pior, já sei... estas frases "feitas".....)

terça-feira, 17 de agosto de 2004

E de manhã...

...a festa continua enquanto o sol nasce...
Excelente companhia, boa música, uma bebida fresca...





E o mar, ali, como pano de fundo...

segunda-feira, 16 de agosto de 2004

Confirmação

Foram os teus pés que te trouxeram até aqui?





Também tive saudades tuas. ;)

domingo, 15 de agosto de 2004

Podia dizer-se que me contento com pouco...
Mas não.
É muito.
É mesmo muito.
E não me contento, só.
Fico mesmo feliz.

sábado, 14 de agosto de 2004

Post Scriptum

(para que não se confunda P.S. com outras coisas...)

Padrinho, livra-te de apagar o blogue na minha ausência.....

Finalmente!

E pronto, é desta que vou!
Vai ser óptimo estar longe por uns tempos, afastar-me de corpo e alma de toda a rotina que enche os meus dias... até porque, quando voltar, vou ter que enterrar a cabeça num monte de folhas verdadeiramente assustador...
Graças ao nosso caríssimo PR e à sua confiança cega neste Governo foi promulgado mais um Diploma cheio de falhas e omissões...
Mas não há mal! A malta cá se arranja... as consequências virão depois.
Seja como for, isso agora também não interessa nada!
Vou fazer como o Bruno e vou procurar uma praia, e também levo a tenda na mala...
Podem ser curtinhas, mas são as minhas férias de agora... Vou-me a elas!

Para quem aqui vai passando, boas férias, bom trabalho, bom estudo, boa vida...
Obrigada pela visita! :)
***

sexta-feira, 13 de agosto de 2004

Quem dera...

"be careful with what you wish for:
it might come true"....

Com um brilhozinho nos olhos...

"Com um brilhozinho nos olhos
e a saia rodada
escancaraste a porta do bar
trazias o cabelo aos ombros
passeando de cá para lá
como as ondas do mar.
Conheço tão bem esses olhos
e nunca me enganam,
o que é que aconteceu, diz lá
é que hoje fiz um amigo
e coisa mais preciosa
no mundo não há
.

Com um brilhozinho nos olhos
metemos o carro
muito à frente, muito à frente dos bois
ou seja, fizemos promessas
trocamos retratos
trocamos projectos os dois
trocamos de roupa, trocamos de corpo,
trocamos de beijos, tão bom, é tão bom
e com um brilhozinho nos olhos
tocamos guitarra
p'lo menos a julgar pelo som

E que é que foi que ele disse?
E que é que foi que ele disse?
Hoje soube-me a pouco.
passa aí mais um bocadinho
que estou quase a ficar louco
Hoje soube-me a tanto
portanto,
Hoje soube-me a pouco

Com um brilhozinho nos olhos
corremos os estores
pusemos a rádio no "on"
acendemos a já costumeira
velinha de igreja
pusemos no "off" o telefone
e olha, não dá p'ra contar
mas sei que tu sabes
daquilo que sabes que eu sei
e com um brilhozinho nos olhos
ficamos parados
depois do que não te contei

Com um brilhozinho nos olhos
dissemos, sei lá
o que nos passou pela tola [o que nos passou pelo goto]
do estilo és o "number one"
dou-te vinte valores
és um treze no totobola [és o seis do meu totoloto]
e às duas por três
bebemos um copo
fizemos o quatro e pintámos o sete
e com um brilhozinho nos olhos
ficamos imóveis
a dar uma de "tête a tête"

E que é que foi que ele disse?
...
E com um brilhozinho nos olhos
tentamos saber
para lá do que muito se amou
quem éramos nós
quem queríamos ser
e quais as esperanças
que a vida roubou
e olhei-o de longe
e mirei-o de perto
que quem não vê caras
não vê corações
com um brilhozinho nos olhos
guardei um amigo
que é coisa que vale milhões
.

E que é que foi que ele disse?
..."
Sérgio Godinho

Esta música já me acompanhou em muitas alturas da minha vida.
Literalmente, porque gosto muito de Sérgio Godinho.
Mas também porque acho que traduz bem a sensação que é darmo-nos conta de que temos um amigo...

Até ver, a outra que aqui escreve (sim, a velha...) ainda está para fora.
Eu também vou, amanhã já cá não estou e durante os próximos tempos não virei actualizar as minhas lembranças.
Vou actualizar coisas mais presentes, vou estar com as pessoas de quem se fala na música... amigos.... :)
E há lá coisinha melhor??....

quinta-feira, 12 de agosto de 2004

Somos duas!!!

Definitivamente, nos últimos tempos, mais me valia estar quieta!
O post que escrevi para dizer ao meu padrinho que acho mal ele acabar com o seu blog está intragável... Só mesmo aconselhado a pessoas com uma digestão perfeita, o que é cada vez mais raro nos dias que correm....
Se calhar até contribuí para acelerar o processo "delete blog" mesmo querendo o contrário....

No post que escrevi ontem, falo do "outono das nossas vidas"... Quase pareço o Paco Bandeira... (não é ele que canta a ternura dos 40?)

Portanto, só resta concluir que tenho dupla personalidade, porque sou jovem, saudável (ok, tenho uma ligeiríssima falta de sanidade mental!), e ainda tenho muito verão para gozar.
A outra é velha! (tadinha!)
E afinal isto é escrito por duas pessoas e nem eu sabia!
(quando não podia piorar...)

Além disso fiquei hoje de férias, e em breve vou ter com malta jovem como eu, ficar de papo para o ar na praia e tostar alternadamente o rabo e a barriguinha, engolir água salgada a dar cambalhotas no mar, e à noite ir beber um copo.
Tenho dito!

quarta-feira, 11 de agosto de 2004

Só para que conste...

Estou F-A-R-T-A de jogar no totoloto! ;)

Lá em cima

Sei que estou a abusar um pouco desta coisa das fotos, mas numa altura em que do céu é só água, e do ar é só frio, quase como se tivéssemos saltado por cima da estação mais feliz do ano para entrar directamente no Outono das nossas vidas, decidi deixar aqui um céu.





Este podia ser o meu céu.
Se hoje não estivesse assim Outono, este podia ser o meu céu...
Vou dormir.
Amanhã, trazido pelo mau tempo, talvez já cá esteja...
(e o mau tempo serviria para qualquer coisa!)
Vou sonhar que sim.

Choveu mais estes dias do que no Inverno todo!
Lá fora, quero eu dizer....

terça-feira, 10 de agosto de 2004

O meu tempo está assim:

...desfocado...




que horas são?

segunda-feira, 9 de agosto de 2004

Como aproveitar o post de alguém para falar de nós próprios

Acabei de ler que a pessoa que me iniciou nesta coisa dos blogs pretende desistir do seu.
Será isto suicídio ao pensar no monstro que criou??? (brincadeirinha)
Não pretendo com este post fazê-lo desistir da ideia. (embora me apetecesse...)
Na verdade, acho que isso é lá com ele: terá os seus motivos.
Pela minha parte vou limitar-me a dar a minha opinião, sem que tenha sido pedida. (claro!!!)
Decidi escrever aqui e não o fazer nos seus comentários porque aqui fica guardada, e lá poderá vir a ser apagada... (espero que seja uma precaução desnecessária) (além do mais, agora que acabei de escrever, vejo que isto é mais um dos meus habituais testamentos. Pena não deixar nada a ninguém!)

Acho mal, Padrinho, acabares com o Zoociedade. Às vezes estás animado e mandas piadas, outras vezes queixas-te da vida, acho que é mesmo assim com toda a gente...
E se acho mal esse "delete blog" é porque gosto de te ler, é tão simples como isso, não há motivos transcendentes.

Agora vou fazer aquilo que se faz sempre: passar a situação para a minha experiência pessoal (se é que tenho alguma)...

Às vezes desespero com o blog: escrevo demais, escrevo parvoíces, escrevo coisas que ninguém entende, mas que julga entender porque acha que estou a referir-me às coisas que se passam consigo, escrevo coisas que se entendem e mais valia que não se entendessem...
Escrevo posts só para fazer desaparecer da página principal outros posts, que já escrevi com a mesma intenção.
E sim, a realidade aqui escrita torna-se, às vezes, demasiado depressiva, não sei explicar o fenómeno.
No meu caso ( mais uma vez ninguém me perguntou, mas isto é mesmo assim: posso escrever o que quiser e só lê quem quiser!), apesar de tudo isso, gosto no blog no geral, embora muitas vezes não goste dele em particular.
Serve para eu organizar os meus pensamentos, ajudou-me numa altura complicada, e continua a ensinar-me muito, através das pessoas que aqui passam e deixam a sua opinião, e porque graças ao meu blog fui descobrindo muitos outros...
Vou deixando aqui bocados das coisas que faço, do que penso, do que sinto...
Além disso, serve também de ligação a algumas pessoas, que conhecia mal e passei a conhecer melhor, e outras de quem nem conhecia a existência... se calhar em particular à única pessoa que já era minha amiga quando comecei a escrever isto, que sabe que eu escrevo estas baboseiras e ainda assim vem cá lê-las... graças a isto temos estado muito perto, apesar da distância, e se não fosse por mais nada já seria um bom motivo para o continuar.
E isto é um bom passatempo. (embora a minha mãe ache pouco saudável o tempo que aqui passo, sem saber o que estou a fazer)
Já sei que não escrevo, em muitas perspectivas, um bom blog, nunca serei famosa pelas coisas que aqui deixo...
Sim, já me passou várias vezes pela cabeça não escrever mais...
Mas passa-me de seguida que isto tem vantagens...
Também passa pela tua, ou não?

Vês?

Há ali ao fundo uma linha ténue, no horizonte.
Uma linha de luz.....





É para lá que vou.

Acredito sinceramente

Os melhores meios aéreos para combater os incêndios são os submarinos que comprámos.
Não ficavam uma beleza a voar???

domingo, 8 de agosto de 2004

bem...

...para quem não tem paciência, nem vontade, nem sei lá bem mais o quê....
...acho que abusei!!!

Silêncios

"Mas duas pessoas não se equilibram muito tempo lado a lado, cada qual com o seu silêncio; um dos silêncios acaba sugando o outro, e foi quando me voltei para ela, que de mim não se apercebia. Segui observando seu silêncio, decerto mais profundo que o meu, e de algum modo mais silencioso. E assim permanecemos outra meia hora, ela dentro de si e eu imerso no silêncio dela, tentando ler seus pensamentos depressa, antes que virassem palavras(...)"
Chico Buarque - Budapeste

Há poucas coisas que conseguem ser tão desconfortáveis como determinados silêncios...

Por outro lado, há alguns silêncios muito confortáveis, que se equilibram lado a lado, que são perfeitos... e raros... muito raros...

...

Neste últimos tempos tenho andado com pouca paciência para escrever... (e ninguém diria...)
Na verdade vir aqui é já um hábito, um ritual, e por vezes obrigo-me a escrever qualquer coisa para não deixar passar um dia em branco.
Não sei porquê, mas não gosto...

Esta altura tem sido um pouco deserta em tudo, as pessoas à minha volta vão de férias, e é a primeira vez que eu não vou também logo no início do mês... e tenho andado cansada.
Apesar de tudo, acho que se aproximam dias melhores....

Sinto-o.

Companhias II



Fim de semana terapêutico

O Verão tem destas vantagens: o sol obriga-nos a sair, a tentar aproveitar ao máximo os dias cheios, as noites mais amenas, as conversas mais leves...

Vou sozinha, mas agora vou... já não fico a pensar no Inverno cá dentro....

E à minha espera não estão as pessoas de quem tenho saudades, porque as vejo quase todos os dias.
E mesmo que não veja sei que estão lá.
Sempre.
Podem não saber nada do que vai cá dentro, mas ainda assim ajudam...
São os amigos que não escolhi...
É assim a família...
Sem incertezas....

E depois, a cada mergulho no mar, é a água a encher-me de esperança, a lavar-me o corpo das tristezas, do lado negro que me encheu tanto tempo, e a refrescar-me a vida...
Para que depois o sol quente a possa secar de forma suave, e de novo aquecer-me a alma, até estar pronta para mais um banho, uma nova lavagem, uma nova vida...

O bom filho....



Depois de vários meses longe, finalmente voltou, prontinha para novas viagens, de preferência sem outras intercorrências...

Com o maquinão de volta (termo carinhoso!) vou poder animar um bocado as coisas por aqui - se calhar, é a inspiração que faltava......

sexta-feira, 6 de agosto de 2004

[suspiro]

este blog está em expiração lenta, motivo pelo qual não lhe (me) sai nada da alma...
...só suspiros...

talvez volte.
(será esta a primeira crise da "meia idade" do meu bloguinho?)

quinta-feira, 5 de agosto de 2004

Warning Sign

"a warning sign
i missed the good part then i realized
that i started looking and the bubble burst
i started looking for excuses

come on in
i've gotta tell you what a state i'm in
i've gotta tell you in my loudest tones
that i started looking for a warning sign

when the truth is
i miss you
yeah the truth is
that i miss you so

a warning sign
you came back to haunt me and i realized
that you were an island and i passed you by
when you were an island to discover

come on in
i've gotta tell you what a state i'm in
i've gotta tell you in my loudest tones
that i started looking for a warning sign

when the truth is
i miss you
yeah the truth is
that i miss you so

and i'm tired
i should not have let you go, oh

so i crawl back into your open arms
yes i crawl back into your open arms
and i crawl back into your open arms
yes i crawl back into your open arms"
coldplay

Esta não é, definitivamente, uma música de Verão...
Já foi verdade, toda esta letra...
Tenho-a ouvido repetidamente nos últimos dias, porque voltei à fase Coldplay...
É o alerta: algumas coisas aproximam-se mesmo do fim.
Não sei se é o que quero, mas sei que é o melhor...
Para nós os dois.
Tu também sabes.

quarta-feira, 4 de agosto de 2004

"elas não matam, mas moem"

(ditado popular?)

estou MESMO a precisar de férias!

Fico aqui, parada, a olhar para o espaço em branco onde é suposto escrever alguma maravilha, nunca antes pensada e muito menos escrita...
Hoje não me apetece, e ainda assim aqui estou, a provar que, afinal, o meu blog é dono de mais do que 31,25% da minha pessoa...

Estou cansada porque Agosto, o mês das férias, deixa os serviços desfalcados e quem fica trabalha a dobrar.

Estou cansada porque hoje vi um velhinho chorar, porque está num Lar há uns dias e a filha veio da praia quando a chamaram, por ele estar doente, e demorou horas...
Não estava assim tão longe...
Mas não sei nada da vida deles, e não quero ser injusta...

Mas cada vez mais me apercebo: o caminho da velhice, aquele em que os dias se sucedem apenas, vazios, é um caminho de solidão...
Não devia ser ao contrário?
Devíamos ter gente à nossa volta no fim da vida.
Mas, mais do que isso, devíamos ter gente dentro de nós.
E devíamos morar em alguém....

Percebi...

...finalmente, qual é o problema...
Recebi esta maravilha por mail, e a partir de hoje a minha vida vai, de certeza, melhorar...

"Não procures o príncipe encantado.
Procura o lobo mau:
ouve-te melhor,
vê-te melhor
e ainda te come!"

Anónimo (para mim, pelo menos)

terça-feira, 3 de agosto de 2004

Cá está...

31.25 %

My weblog owns 31.25 % of me.
Does your weblog own you?

Tirado daqui.

Pensei, sinceramente, que fosse pior!
Fiquei muito mais descansada.............

segunda-feira, 2 de agosto de 2004

Batidos

Precisava agora de tropeçar, e cair num liquidificador...
Lá dentro fruta doce, saborosa, sumarenta... hortelã... muito gelo...
Agitar um pouco a minha vida!

About a Blog???

Fico contente por se terem mostrado interessados... :)
A verdade é que já várias vezes tentei escrever um post com as respostas, e embora não haja nenhum mistério à volta disto tudo... não consegui ainda acertar com a fórmula! E foi por isso que escrevi aquele post....

Um dia destes, fica prometido!

Sobrevivendo...

Não sei que novidades me traz o Verão.
Será diferente de todos os outros, e vejo o tempo a passar, as horas afunilarem-se numa rotina sistemática, e pergunto-me de onde virá o golpe de misericórdia...

Com os dias cheios que se aproximam, haverá tempo para as outras coisas?
Haverá tempo para fugir à igualdade das horas, para mergulhar em gente nova, para te procurar nesta imensidão que é a vida?
Não sei.

Ontem, de novo sozinha na praia, numa esplanada em cima do mar, tive um desses raros momentos em que percebi que tenho que começar a tirar algum prazer desta solidão, senão não vou sobreviver.
E apesar de tudo, não tenho feitio para ser sempre infeliz...
De livro na mão, o sol a deitar-se de mansinho no mar....
Assim me vou descobrindo a mim mesma, levantando o lençol da minha própria existência.

"Não gosto de falar contigo!"

Repetiste isto um montão de vezes.
Vi os teus olhos com nuvens, e com elas voltou também um pouco a minha tempestade.

Aquela sensação da dor de barriga que dói menos se doer a mais alguém é uma grande treta neste caso.
Doeu-me mais.....
Doeu-me outra vez mais.

Magabinda

Talvez se contem pelos dedos de apenas uma mão as pessoas com quem isto se passa, com quem me sinto assim...
Nem me lembro já dos anos todos que cresceram desde que nos conhecemos, lembro-me de muitas coisas boas, lembro-me de muitas coisas más, sei que fiz um montão de asneiras e sei que também tu fizeste algumas....
E no fundo, tudo isso perde a importância, porque quando voltamos a encontrar-nos esse tempo e todas as coisas que nos poderiam ter separado se perdem na verdade que é uma Amizade assim...

E de tudo o que teve de bom este fim de semana, gostei de ver que algumas coisas já não mudam mais....
Acho que mais ninguém seria capaz de entender tudo isto que se passa...
Por isso mesmo ainda não tinha sido capaz de explicar com tanta clareza a ninguém...
Foi bom. Foi muito bom.

Não sei se algum dia passarás aqui...
No fundo, não faz diferença.
Mesmo sabendo que há coisas que não se agradecem, fica escrito:
obrigada!
Por me ajudares a ver que, apesar de tudo, algumas coisas ficam.
Ficam sempre.
(no meio de tudo isto, essa verdade dá-me algum conforto...)

domingo, 1 de agosto de 2004

Férias

Agora que entrou Agosto, vejo-me por aqui um pouco mais sozinha.
Nem eu sabia a falta que me faziam algumas palavras....

muito para escrever

pouca paciência
cansaço
sono
vontade de ler um pouco antes de dormir, de ler no papel

mais uma vez adio, mas breve voltará a vontade, e, se me conheço, com ela virá uma infinidade de palavras, no interior das quais se poderá, talvez, encontrar um pouco de sentido para a vida.
de certeza se encontrará mais um pouco de mim....