segunda-feira, 28 de fevereiro de 2005

Estou velha e por causa disso não vou ver os U2

Eu queria muito (como milhares de pessoas) ir ao famoso concerto.
Os U2 são um grupo que faz parte das memórias de quase toda a gente, conseguiram evoluir com o passar do tempo e ao mesmo tempo continuar a agradar a todos.
Gosto, ouço, canto, toco (ou arranho!)...
Não sou cliente Fnac, por isso nem lá fui tentar.
Fui para o MB antes da suposta hora de venda, mas dificuldades de comunicação impediam o acesso a toda a gente. Tentei outras caixas: nada!
Amanhã vão estar à venda na BP.

Em algumas coisas noto que talvez já não seja, afinal, uma adolescente: não consigo sequer imaginar-me a congelar embrulhada num cobertor, no meio de estranhos.
Ou talvez não seja uma fã assim tão grande...

O único consolo é o mesmo do padrinho: "O que vale é que os 10 contitos ainda dão para muita coisa."

sábado, 26 de fevereiro de 2005

Shame on me... #2




adaptada daqui



Este blog vale o que vale por quem vem cá.
Obrigada!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2005

sim, este blog podia ser melhor! - epílogo

Mas para não dizerem que não me esforço nada, fiz ali umas mudanças na barra lateral, e brevemente farei também uma reforma nos links...
Sempre se muda qualquer coisinha! :)

Notinha: quem se reconhecer nas fotografias pode reclamar um prémio ali no mail novo (muska.so@gmail.com)!

Sim!!! É verdade que este blog podia ser melhor!

Como há uns bons tempos atrás me dizia a Joana, num comentário a um post meu, fiz do blog o meu novo placard.
Aqui vivo centrada no meu pequeno mundo onde não se passa nada de especial: os amores e os desamores, as amizades e as saudades, os filmes, os livros e as músicas...

Conclusão (se é que há alguma...): este não é um blog sobre política, nem sobre cusquices, nem sobre desporto... é um blog sobre mim. Talvez sobre as coisas más que me acontecem mais do que as boas, é verdade. Tenho uma certa tendência para aproveitar a escrita para desabafar. Sempre fui assim... Se calhar, em relação a isso poderei fazer qualquer coisa, como aprender técnicas novas, ou escrever mais vezes sobre as coisas boas que são isso mesmo: os amores e os desamores, as amizades e as saudades, os filmes, os livros e as músicas... a vida!

sim, este blog podia ser melhor! #4

Podia então falar de desporto. Até gosto de desporto. Pratico algum... (sim, podia ser mais...) E gosto de futebol, por exemplo. Podia dedicar-me a defender com unhas e dentes o meu clube de coração (FCP, carago!), mas é que com os jogadores e os treinadores acontece o mesmo que com os políticos e a realeza. Quando era pequenina quis, de prenda de anos, um rádio, e passeava na rua (não, nada ridícula!) a ouvir o relato com um rádio branco pequenino colado ao ouvido. Sabia de cor o nome dos jogadores, coleccionava calendários com as suas fotografias (ainda alguém faz colecção de calendários?), e ainda me lembro que o meu primeiro namorado me escreveu uma carta onde tinha desenhado duas figuras, uma de verde e outra de azul, de mãos dadas, com um risco vermelho por cima. O nosso amor era proíbido! Foi uma desgraça e uma choradeira, mas depois lá acabou por passar... Se calhar foi por isso que esqueci os nomes e nunca mais os decorei. Claro que há outros desportos, mas se o futebol é tão badalado e eu não fixo qualquer informação útil, como o hei-de fazer com os outros?

sim, este blog podia ser melhor! #3

Também não tenho jeito para cusquices de revistas cor-de-rosa. Não sei os nomes da realeza, acontece-me mais ou menos o mesmo que com os políticos. Tenho uma amiga que gostava de me sentar a seu lado no sofá para me dar aulas sobre a Lux ou a Hola, e sobre a princesa pobre que o príncipe resgatou (vês, tão bonita!), ou a roupa horrível que aquela parola levou à festa (ainda por cima alugada!).

sim, este blog podia ser melhor! #2

Podia transformar-me num animal político (sempre gostei desta expressão!), mas tenho muito má memória para nomes. Desde que voltei à minha "aldeia" que vejo desfilar à minha frente romarias de pessoas de quem lembro só a cara. E quando me cumprimentam eu lá aceno envergonhada, e vejo que se afastam dizendo: antipática!
Mas não sou melhor com figuras públicas. Vejo na televisão debates políticos, comentadores nos telejornais, discursos e oposições, e a cada nova figura que aparece massacro o meu pai com: "quem é este?", "o que faz?", "de que partido é?", e outras perguntas inteligentes do género, na ânsia de lhes decorar o nome para poder, mais tarde, associar a uma qualquer notícia lido num jornal ou revista, ou a um simples post num desses blogs que leio diariamente (pois, eu sei: os blogs políticos também não são bem os meus favoritos...)

sim, este blog podia ser melhor! #1

Tenho andado a pensar que, se este blog não presta, talvez não fosse de todo má ideia dar-lhe um fim.
Assim uma espécie de eutanásia, um gesto de caridade...
Mas a verdade é que não passo sem ele.
Outra opção seria dar-lhe um novo rumo...

Dividi este post em vários para ser mais fácil de ler, dei-me conta que escrevi um testamento. (o que até poderia fazer sentido se o blog fosse mesmo acabar, mas como para já não cedo ao impulso...)

Eles andam aí...

À medida que os anos avançam vou olhando à minha volta com outros olhos.
A princípio é um pouco estranho quando os nossos amigos ou irmãos se casam, ou quando têm filhos. Mas aos poucos (e à medida que o número cresce) vamo-nos habituando à ideia...
Já não estranho quando encontro uma colega de liceu no centro comercial com um rebento ao colo, acho giro, fico contente, brinco... até me perguntarem, com aquele olhar: então e tu?
E eu lá balbucio qualquer coisa (ainda não arranjei uma resposta tipo para essa pergunta tipo) e acabo sempre por corar e ficar envergonhada com a minha falta de descendência. Ou até, como poderá ser o caso, com a falta de meios... como dizer... mais consensuais para a obter.
É bom termos alguém (acho que não preciso de falar nas vantagens em relação a não ter) (nem das desvantagens!).
Mas é bom para ter alguém, e não para dizer que temos, como tanta moça e moço desesperados, que assentam só porque sim, e fazem da vida tudo o que não estavam preparados para fazer.
Não julgo ninguém. Como é óbvio, cada um sabe de si.

Eu acabei de descobrir que sou uma Twixter!
(obrigada, Bruno, sem ti nunca teria descoberto...)

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2005

Mar Adentro




(daqui)

"Mar adentro, mar adentro,
y en la ingravidez del fondo
donde se cumplen los sueños,
se juntan dos voluntades
para cumplir un deseo.

Un beso enciende la vida
con un relámpago y un trueno,
y en una metamorfosis
mi cuerpo no es ya mi cuerpo;
es como penetrar al centro del universo:

El abrazo más pueril,
y el más puro de los besos,
hasta vernos reducidos
en un único deseo:

Tu mirada y mi mirada
como un eco repitiendo, sin palabras:
más adentro, más adentro,
hasta el más allá del todo
por la sangre y por los huesos.

Pero me despierto siempre
y siempre quiero estar muerto
para seguir con mi boca
enredada en tus cabellos."
Ramón Sampedro
(daqui)



Se puderem, não deixem de ver.
Sobre a eutanásia, e sobre o amor, revestido de tantas formas...

o meu pedido de desculpas

por todos os posts que não chegaram a horas

terça-feira, 22 de fevereiro de 2005

Para as outras Lembranças...





Parabéns por um ano!

domingo, 20 de fevereiro de 2005

para que não se esqueça

foi-lhe mostrado como é perder.

e, porque nunca tinha perdido,
foi-lhe mostrado em dois tempos curtos,
próximos,
diferentes.

duros

sábado, 19 de fevereiro de 2005

21 Anos

Naquele dia, Mariana desceu.
Pegou devagarinho na mão da Avó, beijou-lhe a testa e perguntou: vamos?
E a Avó, cansada, disse que sim, que eram já horas, e subiram as duas juntas.

Era a sua prenda de anos, o fim de todo aquele sofrimento.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2005

"Have you ever seen a human heart?..."

Gostei do filme, acho que só isso diz bastante...
Não me vou alongar em comentários, porque já abundam por toda a blogosfera.



Larry: o único que disse sempre a verdade, embora nem sempre tenha sido verdadeiro.
Foi ele quem acabou bem.
Curioso, não é?

Nota: Imagem daqui.

Façam de conta que estão em vossa casa!

Apetecia-me imenso deixar aqui a letra de uma música.
Mas já foi postada noutro blog, e uma vez que já houve uma série de coincidências envolvendo posts desse mesmo blog, vou deixar apenas o link!
(Espero que assim não haja comentários relativos à minha suposta falta de imaginação...) :)

Welcome Back!




Amanda Faulkner - Under The Bed (2001)
(a moldura e a fita-cola são obra minha)


Se soubesses como sabe bem espreitar debaixo da cama e encontrar-te lá, não ficarias tanto tempo sem escrever!

Nota: Imagem daqui.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2005

Ouve o que eu te digo....





Nota: Imagem daqui.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2005

Tenho tido alguma dificuldade em escrever sobre este assunto.
As coisas definitivas intimidam-me e deixam-me sem palavras...

À tarde vou ter contigo. Hesito antes de escrever contigo, porque na maior parte do tempo já não estás ali. Passo o tempo a perscrutar cada milímetro da tua cara enrugada à procura de qualquer reacção às baboseiras que deixo sair num monólogo interminável, seja um esboço de um sorriso, seja um olhar mais atento, se tiveres os olhos abertos...
E vejo as pessoas à tua volta, a tentar agarrar-se a ti, como eu à procura de um sinal, de uma luz, de uma esperança para poderem dizer "Até amanhã, se Deus quiser!", como tu disseste a vida toda, com um sorriso que fica sempre só nos lábios.

Nestas alturas divido-me em duas: sou a tua neta e sou a outra, a do olhar frio, clínico, calculista, que avalia cada parâmetro que encontra, cada gesto, cada suspiro...

E este meu lado sabe que tu já não voltas mais, já chorou muito, mas só pede que o teu sofrimento acabe depressa, para poderes, enfim, descansar...
E se escrevo em letras pequenas é porque sei que a mim, em particular, me fica mal desejar isso, e não tenho coragem para o pronunciar em voz alta.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2005

A click by day....

Decidi voltar a contribuir um pouco para outras causas com este blog, podem ver as mudanças ali na barra lateral.
Pode ser pequena a dádiva, mas pelo menos não é tão virada para o meu umbigo...

Apelo ao coração

Já o disse aqui, e não gosto mesmo de comentar política.
Mas esta notícia deixou-me boquiaberta.
Será que só eu é que vejo algum desespero nas entrelinhas?
Coitadinho, que o tratam tão mal e ele nem merecia....
E o "conjunto de medidas que beneficiavam os portugueses"? Será que eram um truque na manga para utilizar em dia santo? Talvez num dia como o de hoje, em que uma figura emblemática (pode-se dizer assim?) da nossa Igreja foi a enterrar. Uma figura de que todos se têm lembrado estes anos, com quem se preocupavam, com quem mantinham contacto....
(a propósito deste assunto, podem ler aqui um excelente post sobre o assunto)

Esta campanha é um verdadeiro circo gratuito que nos entra em casa todos os dias.
E não há excepções... o que é pena, porque sem elas não há grandes alternativas.

Verde de Fogo

"Estranho este verde que me enche
De repente de esperanças tristes
Esquecidas num qualquer voto de
Silêncio vazio.

Incrível como na viagem de
Regresso se viu a terra girar
Redonda, grande, inflexível,
À volta das estrelas que serviriam
De guia na noite escura que
Nos engoliu...

Qual a vantagem de vermos que,
Afinal,
Os nossos passos nunca marcarão a
Diferença na trajectória?... "
f. Açores, 02AGO2003

Através da janela de vidros sujos e riscados via-se claramente a lua.
Não nos seguia, antes aparecia e desaparecia por entre as curvas da viagem.
Voltávamos de encher os olhos e a alma, o coração lavado com as águas azuis, verdes, de fogo...
Percebi, nessa altura, que os nossos passos já não caminhavam certos, aos poucos foram ficando trôpegos de curvas, solavancos, e noites escuras em que a lua nos guiou, em vez de sermos nós a guiá-la a ela.

o melhor post de sempre

escrito imediatamente antes deste

domingo, 13 de fevereiro de 2005

E não é que é verdade?

"o mundo é como uma bola, quem anda nele é que se amola"
(assim diz o meu avô...)

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2005

Apetites #2

E agora que a noite entra em pleno, já sem medos e sem vergonha absolutamente nenhuma da sua escuridão de lua velha, eu estou com fome.
Deambulo nas minhas desculpas para não ficar mais um pouco sentada em frente às páginas que me devoram os dias, avançando demasiado lentas sobre mim.
Há um silêncio gasto nestas horas em que me distancio do mundo.
As barreiras emocionais feitas de tempo e de espaço e as proximidades juntam-se em graus variáveis de indiferença, o mundo parece rodar num outro plano, fora das vidraças que pela tarde deixam entrar o sol.
Mas agora não, agora há só o escuro seco e gelado deste Inverno, pleno de infertilidade, a reluzir por entre as estrelas sós...
Há só a noite, e eu estou só com fome...

Tenho fome de gente.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2005

Warning Sign*


Devia ter lido o aviso,
A bandeira vermelha refulgia contra o mar revolto,
Contra as nuvens vestidas de frio...



...mas não...

O apelo salgado de um abraço forte sobrepunha-se,
Os medos esbatiam-se em contrastes marcados de brancos e cinzas,
Sem espaço para diferenças.

Sem espaço para sinais...


Naufraguei em ti.


Só do fundo poderá vir a imensidão dos teus olhos...
...resgatar-me...

*Coldplay

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2005

ei!

Há uma matrícula com duas letras.
Como todas as matrículas, tem números à volta, mas como acontece com todas as matrículas, mal os vejos.
Estas letras perseguem-me, e fazem questão de me saltar aos olhos sempre que estou distraída e não penso em ti.

sábado, 5 de fevereiro de 2005

...espaços...

e depois, à noite, o cérebro funciona a mil à hora...

é nesse espaço de tempo entre o deitar e o dormir que nascem centenas de posts...

adormecem, e raramente acordam...

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2005

quando o silêncio nos acorda II

na ânsia das noites não dormidas
o sonho caiu ao chão, partiu-se no vazio de luz



no eco resta apenas a sua sombra,
como um som retumbante de gritos dentro de velhas ânforas

quando o silêncio nos acorda

para conseguir dormir tive que pôr o telemóvel no silêncio:
costumava acordar várias vezes à espera que ele tocasse...

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2005

Felizmente não o são.

Os dois posts anteriores, um a seguir ao outro, até podiam parecer uma contradição.

Sempre a propósito da Amizade...

Há coisas que não mudam, e um post destes nunca me passaria indiferente.
Quando comecei este blog o que mais me atormentava era precisamente esse monstro que me estava a comer por dentro.
Os meus medos, as minhas desconfianças, as minhas suspeitas e as minhas incertezas avolumavam-se na minha cabeça, alimentadas por uma distância que escolhi, crescendo a cada dia, com cada quilómetro, até deixarem de estar só na minha cabeça...

Não perdi amigos.
Perdi Amigos?
Foi apenas uma transformação?

Nem sei bem explicar a diferença.
E também não sei explicar a amizade.
É um sentimento? Uma relação que se estabelece?
Não faço ideia...

Sei que há pessoas que nunca vão desaparecer.
Vamos estar sempre perto mesmo longe.
E quando nos juntarmos os dias não terão passado pelo meio dos quilómetros que nos separam e tudo será igual, sempre igual...
Outras pessoas vão parecer-nos estranhas, embora provavelmente nem o estejam ou sejam...
E curiosamente essas são sempre as que estavam lá mais perto...

E por isso mesmo volta o medo, a insegurança, o medo da dor que é a falta de alguém que nos compreendia mesmo quando não entendia, que nos mandava dois berros quando era preciso, que nos ligava a meio da noite com sofrimentos materializados em dor de barriga...

Agora, que o tempo passou, e vai passando, levando pequenas coisas com ele, percebo que o que dizes faz todo o sentido:
"já que vivo com a dor desde há muito, ao menos que ninguém o note"...

Adenda: estanque - é um dos motivos pelos quais este blog sempre fez sentido...

terça-feira, 1 de fevereiro de 2005

Mesmo muita!!!

Mesmo antes de apagar a luz demoro os olhos em vocês...
Nestes últimos dias durmo sempre menos dez minutos, mas durmo melhor.
À minha frente, olham para mim, olham por mim...
Tinha de ser cega para não ver isso.



Tenho sorte.
Muita sorte...

Vá-se lá saber porquê.....

"Eu não sei o que vi aqui
Eu não sei prá onde ir
Eu não sei o que vi aqui
Eu não sei prá onde ir
Eu não sei por que moro ali
Eu não sei por que estou

Eu não sei por onde a gente vai
Andando pelo mundo
Eu não sei prá onde o mundo vai
Nesse breu vou sem rumo

Só sei que o mundo vai de lá prá cá
Andando por ali, por acolá
Querendo ver o sol que não chega
Querendo ter alguém que não vem. "
Vanessa da Mata - Onde Ir

Mais do que da letra, nesta música gosto... da música.
E sim, gosto também da letra...