sábado, 31 de dezembro de 2005

BOM ANO!!!!

E pronto, assim se acaba um ano de posts.
Como não podia deixar de ser, queria agradecer a quem cá passa.
Comecei a escrever num acto solitário e hoje as coisas ganharam uma forma diferente.
Sem dúvida, faz-me bem andar neste mundo à parte que é a blogosfera.

Espero que as entradas sejam boas, e que, como ainda hoje me disseram, o pior deste ano que aí vem seja o melhor de 2005.

FELIZ 2006!

Saldo

Não foi um ano bom.
Não sei se sou que sou demasiado exigente, ou se simplesmente há coisas que não correm bem como eu gostava. É o normal, não?

Há mais ou menos um ano atrás disse aqui mesmo que este ano só podia ser melhor.

Tendo em conta que 2004 foi o pior ano de toda a minha vida, posso dizer que este foi, de facto, melhor, mas nem por isso bom.

Pontos negativos:
-A perda das pessoas. Algumas sei que olham por mim onde estão, mas mesmo que quisesse já não as poderia tocar.
Outras não olham, e estão bem mais perto.
Talvez esta altura, por todas as circunstâncias envolventes, não seja a melhor para explorar esse assunto. Olharei eu por elas?...
Mas há pessoas cada vez mais longe e cuja falta não me dói menos.
Há alturas em que a dor é ainda insuportável, e hoje é um desses dias.
Posso fazer alguma coisa para mudar isso? Posso: mudar-me a mim própria.
-Na mesma sequência, o facto de continuar a sentir a tua falta.
Mas isso não vai mudar enquanto ele não se decidir a vir...
-Passei dois terços do ano fechada a estudar, e sem grandes resultados.
Não me acho burra, mas tenho limitações, e esta prova em que me meti sem dúvida que as traz à tona.

Pontos positivos:
+Sinto-me muito mais em casa neste sítio onde me vim enterrar, e isso deve-se, como sempre, às pessoas que me rodeiam.
+Fiz uma das minhas viagens de sonho.

É um balanço curtinho, num post longo demais.

Na página do público existe uma sondagem. A minha escolha foi para a primeira opção: o próximo ano será melhor.
Dificilmente poderá ser de outra forma...

Se não for por mais nada, é porque eu não vou deixar que anos maus se sucedam assim uns aos outros.

terça-feira, 27 de dezembro de 2005

enfim...

...tenho uma família maravilhosa, e nem eu própria consigo avaliar bem a minha sorte...

Do Natal

Sempre me lembro desta época como sendo de festa.
Quando era (era?) miúda, assim que começavam as férias começavam também os preparativos. Fazíamos teatros escritos por nós, líamos poemas, cantávamos, tínhamos concursos de dança e sorteios com rifas compradas a vinte escudos.
À medida que fomos crescendo deixámo-nos dessas coisas, e os mais novos não nos tomaram o lugar.
Apesar disso, com uma viola nas mãos certas a festa dura até bem dentro da noite.
Interrompe-se a cantoria para a entrega de prendas à meia noite, rimos com as nossas, e sorrimos com os sorrisos dos outros...

No ano passado tivemos o primeiro Natal triste de que me lembro.
Pela primeira vez havia um nome a faltar nas prendas, e isso apagou o brilho dos olhos de todos.
Não se cantou, não se tiraram fotografias, e tudo foi apenas um passar do tempo, em que nem sequer se tentou a normalidade.

Este ano, apesar de tudo o que aconteceu, voltamos a ser a mesma família grande e barulhenta.
E não há barulho como o nosso...

sábado, 24 de dezembro de 2005

mais presentes

Presentes presentes são também as pessoas que cá vêm, por isso não podia deixar de lhes desejar um Natal muito feliz.
(cheia de graça, eu sei...)

Quanto a mim, sou uma pessoa com sorte, e hoje sei que o vou sentir de forma especial...

presentes

na verdade olho para o presente e acho sempre que não é nada de especial

no entanto, desviando o olhar para trás, para o que passou, vejo que tive já presentes grandes, e isso deixa-me contente

para os aproveitar melhor talvez me falte só isso: deixar de olhar para trás...

quinta-feira, 22 de dezembro de 2005

E tem razão...



Não há muito tempo uma amiga ofereceu-me um pequeno bloco com isto na capa.
Acha ela que em determinadas alturas esta imagem me deve retratar bastante fielmente...

Notinha: não deixem de ir espreitar a página do Edward Monkton!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2005

retalhos

A urgência de escrever como um pano quente que acalma a dor.

As vezes que nos queixámos de que os nossos nos falharam compensam as vezes que falhamos aos nossos?
Há tempo para repor parte dos danos, talvez.

Queria reconquistar o espaço perdido, mas cada vez que ponho um pé do outro lado da fronteira os terrenos parecem-me estranhos, recuo e desculpo-me com a ideia de que fui expulsa.

Tenho saudades das nossas conversas, dos sorrisos e dos risos, das brincadeiras que se tornavam sérias, e das conversas sérias que se tornavam brincadeiras.

A recusa de uma promessa, de uma viagem, de momentos bem passados, porque não me sinto capaz de dar o que não tenho. Falta de energia, talvez...

Preciso urgentemente de me concentrar, tenho quatro exactas semanas para dar o melhor de mim.
Sim, nada é definitivo. Mas quero pensar que isto é, que ficará arrumado, que não voltarei a perder dias e dias a fio a olhar, a pensar, a escrever o mesmo.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2005

as nuvens a passar
(ou como escrever postais de Natal pode melhorar o seu dia)

Saí mais cedo que o habitual, por preguiça não vesti o casaco (nunca visto) porque não gosto de conduzir com ele vestido e acho sempre que não vale a pena para os poucos metros que me separam do carro.
Claro que os quatro graus (ou menos) se fizeram sentir e vim o caminho todo até casa a ouvir os meus dentes bater castanholas, apesar do ar quentinho ligado...

Já não estou triste, acho que estou resignada.
Ajudou a mentalização de que a "culpa" é minha, como sempre.
Porque acho sempre que as pessoas têm que pensar e sentir como eu, têm que ter as mesmas expectativas, as mesmas vontades, as mesmas prioridades...
O que vale é que isto passa ao lado de 99,9% de quem me rodeia... e nem vale a pena desenvolver mais o assunto.
Só não apago o post anterior porque já foi lido...

Ajudou também o tempo que perdi a escrever postais de Natal.
Exagerei (como é típico em mim) (podia remeter para outro dos meus defeitos, mas vou poupar os queridos leitores...), mas, apesar de ter pensado que ia ser monótono escrevê-los, bem me enganei: consegui pensar em cada pessoa com carinho. E embora o discurso não tenha muito espaço para variações, sei que não ficaram todos os iguais.
Soube-me bem voltar aos métodos antigos, e evitar a confusão que são as sms's na véspera de Natal.
Não quer dizer que não as vá mandar, mas estou bem mais em paz porque a minha letra, os meus votos e o meu amor seguiram dentro de um envelope.

Espero que cheguem como eu os mandei...

terça-feira, 13 de dezembro de 2005

as baboseiras do costume... #2

...ou como os nossos amigos nos deixam às vezes um pouco tristes...

(isto lembra-me um pequeno defeito que já devia ter sido corrigido ontem...)

domingo, 11 de dezembro de 2005

as baboseiras do costume...

...ou como ver os nossos amigos felizes nos faz um bocadinho mais felizes também...

Older Chests

"Older chests reveal themselves
Like a crack in a wall
Starting small, and grow in time
And we always seem to need the help
Of someone else
To mend that shelf
Too many books
Read me your favourite line

Papa went to other lands
And he found someone who understands
The ticking, and the western man's need to cry
He came back the other day, you know
Some things in life may change
And some things
They stay the same

Like time, there's always time
On my mind
So pass me by, I'll be fine
Just give me time

Older gents sit on the fence
With their cap in hand
Looking grand
They watch their city change
Children scream, or so it seems,
Louder than before
Out of doors, and into stores with bigger names
Mama tried to wash their faces
But these kids they lost their graces
And daddy lost at the races too many times

She broke down the other day, yeah you know
Some things in life may change
But some things they stay the same

Like time, there's always time
On my mind
So pass me by, I'll be fine
Just give me time
Time, there's always time
On my mind
Pass me by, I'll be fine
Just give me time"
Damien Rice, O

Tenho o velho hábito de me perder a mim própria

Hoje, enquanto estudava, dei por mim a pensar em como este post é um subterfúgio...

adenda: cbs, mais acertado é difícil! ;)

conclusão

estou mesmo a precisar de uma pausa

e mais...

ainda no contexto de disparatar (ou talvez não...) apetece-me dizer que o melhor é mesmo dedicar-me a espremer o cérebro: a vertente profissional da minha vida parece-me a única com possibilidades de sucesso
(e mesmo assim é o que se vê...)

dia não

Não há nada como ter um blog.
Neste momento parece-me, sem dúvida, que a grande vantagem reside no facto de eu poder chegar aqui e disparatar.

O mantra (já) não está a funcionar e o meu cérebro (ou então o outro tipo da esquerda) começa a despertar e a reclamar.

Passei o dia todo a espremer o cérebro bem espremidinho. Tão espremidinho ficou que já nem consegui ir sair um pouco como tinha previsto, já não estive com quem queria ter estado, já não falei das outras coisas, não ouvi música, não fiz de conta que sei dançar, não segurei um copo de qualquer coisa que não água, sumo de laranja ou coca-cola, não vim cansada para casa e pronta para um bom sono.
Bolas, nem sequer me sai o euromilhões ou o totoloto... (eu sei, esta era escusada...)

Às vezes tenho pena do blog, porque só serve para isto mesmo, para eu disparatar.
Saio daqui, desligo o computador, e amanhã tenho novamente um sorriso nos lábios e sou até capaz de dizer uma ou duas piadas (bem secas, pois claro!).

Talvez por isso me espante também a paciência que têm as duas ou três pessoas que aqui vêm regularmente...

sexta-feira, 9 de dezembro de 2005

mau sinal

quando tento entrar em casa com a chave do escritório

(na verdade talvez seja um bom sinal... pelo menos quero acreditar que sim!)

quinta-feira, 8 de dezembro de 2005

pedido

não me percas

quarta-feira, 7 de dezembro de 2005

a eterna dúvida...

mas depois tenho esta dúvida: quero educar o inquilino? quero mesmo calibrar?

o que é melhor: sentir ou não sofrer?

terça-feira, 6 de dezembro de 2005

Calibrar não é possível

Estuda-se na escola: cada equilíbrio que se desfaz dará, inevitavelmente, lugar a um outro.

Neste breve espaço entre dois equilíbrios cabe uma tristeza miudinha, leve, e não é fácil trancá-la: o inquilino à esquerda é o guardião da chave, e qualquer tentativa para o educar é mal sucedida.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2005

Os mitos

Tudo o que, por medo, não foi levado às últimas consequências, transformou-se em mito.
Os mitos fizeram-se pedra, a pedra cresceu muros, e os muros cercaram-me, toldaram-me a visão, fecharam-me em mim mesma.

Tenho medo de um dia nem eu me achar, emparedada.
De olhar e ver-me a toda a volta só criatura mitológica.

domingo, 4 de dezembro de 2005



Todas estas coisas acontecem, e enquanto isso estudamos, trabalhamos, queremos ganhar um dinheirinho, viajar, comprar um carro ou uma casa, um computador ou uma máquina fotográfica...
No fundo talvez houvesse como contribuir, mas a minha opção, e o motivo pelo qual me afundo todos os dias no escritório, é a da segurança, do conforto, da facilidade... talvez mesmo da futilidade...

Mas não faz mal.
Foi só um filme.
Vou dormir, amanhã é domingo, e depois recomeçará a rotina.
Tudo o resto passará novamente para segundo plano...

Anyway... o filme é excelente.

Notinha: acho a entrada no site pessimamente escolhida.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2005

mantra
(ou modo autómato)

não sentir não pensar não tocar não rir não cheirar não ver não fluir não ir não ouvir não ser não chorar não olhar não fugir não focar não pedir não var não pensar não ser não ter não provar não fluir não tocar não sorrir não sonhar não focar não correr não ver não dormir não ouvir não sentir não rir não pedir não pensar não ser não ir não fluir não sonhar não sorrir não fugir não pedir não dormir não rir não sorrir não sentir não chorar não dormir não focar não ter não sorrir não pedir não ir não ser não fugir não fluir não provar não ficar não focar não tocar não sentir não ver não olhar não ver não sonhar não ficar não fugir não sorrir não ir não sentir não dormir não ser não pensar não ter não dizer não fluir não rir não ser não dormir não ver não sonhar não sentir não ver não fugir não dormir não sonhar não ser não focar não ver não provar não rir não ir não pedir não olhar não fugir não querer não ver não fluir não pensar não provar não ir não ver não pensar não sentir não sonhar não rir não provar não fluir não fugir não ver não ser não olhar não fugir não chorar não ir não ficar não dormir não ser não rir não sonhar não rir não fugir não sentir não sentir não sentir não sentir não sentir não