quinta-feira, 5 de outubro de 2006

Be right back...

Depois de um verão mais ou menos atarefado vou finalmente aproveitar o sol que faz lá do outro lado do mar.
Duvido que haja oportunidade para cá vir, por isso deixo as minhas desculpas a quem faz deste lindo blog uma leitura mais ou menos assídua (eu sei que vocês andam aí....).

E espero voltar bem, equilibrada, com as baterias cheiinhas de todo o calor que me vai fazer falta para atravessar mais um Inverno.

Até já!

quarta-feira, 4 de outubro de 2006

eles

Atrasada porque o Governo Civil fecha às 16h e tenho mesmo que renovar o passaporte, passo ainda a correr num fotógrafo que me faz umas fotos mega-rápidas e razoáveis dentro do que o modelo permite... Mas, surpresa das surpresas, as fotografias já não são precisas porque, para os novos passaportes electrónicos, eles mesmos nos tiram a pinta com uma máquina que lá têm.

Sorrio, então, em direcção à dita máquina e ouço a funcionária:
"Não se ria que eles não querem ninguém a rir!"

Mas eles quem?

domingo, 24 de setembro de 2006

arquivo

e devagar, quando os olhos passam rentes às palavras passadas, espanto-me que possam algum dia ter nascido do meu peito

sábado, 23 de setembro de 2006

Quando os ses se transformam em borboletas

Quando ela acabou de falar eu só soube dizer

"Não quero ouvir isso"


Mas já tinha ouvido.

Então, para mim mesma, pensei que não comentaria aquele assunto com ninguém.

nem comigo mesma

sem rede

era de noite e eu viajava a alta velocidade, apenas com um ligeiro atraso luz/som
as letras faiscavam de forma resumida pelas janelas abertas, mas fui-as fechando

uma
a
uma


e fiquei (de novo) entregue a mim mesma

como no princípio

domingo, 17 de setembro de 2006

Carioca

Esta é a prenda que dei a mim própria este ano:


(ligeiramente antecipada, apenas...)

Dúvida #? (já lhes perdi a conta...)

Os defeitos são-no porque nos prejudicam, ou porque prejudicam os outros?

Pequeno comentário ao post anterior

Foi, talvez, o acontecimento mais importante de toda a minha vida, e nem foi mencionado neste espaço, onde sempre gostei de ir deixando um pouco das coisas que me marcaram.
A verdade é que, mesmo vendo tudo concretizado, às vezes tenho ainda a sensação que é um sonho... E a verdade é que este espaço se foi desligando do meu dia a dia, e se aqui voltei para escrever (ainda que espaçadamente) as baboseiras do costume, então porque não escrever sobre isto?

Bem-vinda!




"Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.

Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.

E cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.

De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade."
As mãos, Manuel Alegre

14.07.2006

sexta-feira, 8 de setembro de 2006

soluços

Andei com o último post que escrevi uns dias na cabeça.
Já nem me lembro da última vez que tive um "pensamento-post", por isso decidi não o desperdiçar (senão seria apenas mais uma luz acesa...)

Continuo a sentir falta deste espaço, mas ainda não consegui criar o espaço onde ele caiba no meu dia a dia.

Talvez, também, pelo facto de ainda não ter chegado.

As previsões mantêm-se: lá para novembro, que o caminho continua longo.....

No poupar é que está o ganho

Quando passo de uma divisão da casa para outra qualquer insisto em apagar a luz.

Como em tantas outras coisas, chega a roçar a obsessão esta coisa de economizar, e às vezes movimento-me às escuras...

E nem sei como, dei por mim a analisar a história de eu pensar mais nas pessoas do que elas em mim...

Todas essas vezes em que eu penso sem ser correspondida, são como deixar a luz acesa sem ninguém para a aproveitar. A luz fica ali, a derreter-se numa divisão qualquer, a gastar, a consumir, a desperdiçar...
Ninguém se apercebe, sequer, de que ela lá está...

O que é pena, porque assim todos nós (nos) poupávamos um pouco mais.

domingo, 2 de julho de 2006

long way

continuo a caminho



segundo o boletim meteorológico, ao qual se somam férias lá para outubro, a minha chegada deve fazer-se perto de novembro

(vais esperar?)
(não.)
(pois, eu sei...)
(então porque vens?)
(...)

(Re)Presa

Já não me lembro da quantidade de tempo que tinha passado desde a última vez.
Muito, era muito tempo.

Ainda assim, somaste-lhe uns minutos mais, à espera junto à grade.
Eu não sabia e falava de ti lá dentro, de como seria capaz de resolver os meus problemas sem ajuda. Externa, claro...

E quando saí não disseste nada.
Olhámo-nos uns segundos antes de desabarmos nos nossos braços.
Conseguia sentir-te perto, respiravas ali, na curva do meu pescoço, e nesse momento quis com todas as minhas forças que fosse para sempre.

O que ali não me ocorreu foi que aquela proximidade era a de contacto, a mais fácil.
Para que o resto resulte é preciso trabalho, destruir muros e cortar cada corda que prende cada medo, queimar as desconfianças e entregarmo-nos assim: livres.

Entre mim e a liberdade estavam os muros e as cordas, e depois da liberdade, contigo, estávamos nós...

17.06.2006

domingo, 18 de junho de 2006

Cariño

Como não tenho net, não te dou uma prenda virtual
Mas tens, como sempre, a minha amizade incondicional
O meu carinho monumental
E o desejo de que seja um dia muito, muito especial...

(e uma rima parola, como é habitual)

(qualquer dia fazes de conta que não me conheces.... e eu não te censuro!)

domingo, 11 de junho de 2006

As saudades de quem está perto... (perto?)

Tenho marcado algumas faltas na minha caderneta, e são faltas que me doem.
São um pouco minhas e um pouco dos outros, não consigo definir uma fronteira nesta rotina encoberta dos dias que passam.

Assusta-me a dificuldade que há em estar com algumas pessoas.
Não queria nada de especial, não precisava de ser um jantar, um cinema, nem um café ponderado.

Bastava a presença numa mesa de café onde se discutissem as banalidades do dia a dia.

Tenho pena de já não poder partilhar essas banalidades.

O tempo de verão é leve

Para mim a Primavera quase nem existe, assim que chega o calor e o sol eu assumo uma nova estação, e não podia ser um meio termo: é Verão.

Não dou pelos dias a passar, e neles se escoam semanas inteiras.
Trabalho e estudo, leio, durmo menos um pouco, saio de casa, rio e converso, escapo-me para a praia, mesmo antes de cair a noite corro como se quisesse chegar até ti, esgoto-me, levo-me ao limite em que o esforço é só um ácido que me queima os músculos, e no fim meto-me debaixo da água gelada.

Estou bem.

Quando chegar o Outono logo se verá...

xz

a consciência da tua presença à minha frente, a conduzir-me, doeu-me
mas não chegou para arruinar o dia de sol maravilhoso que esteve

da mesma forma que sou infeliz de manhã, sou feliz nos dias de sol e calor, se puder ir para a praia, se me encher de mar, se me salgar e me queimar....

mesmo estando sozinha

04.06.2006

domingo, 4 de junho de 2006

e a culpa, é dos olhos?

as coisas são definitivas
os meus olhos é que não conseguem distinguir contraste suficiente para que eu as veja sinta como tal

sábado, 3 de junho de 2006

verdade XII

de manhã sou a pessoa mais infeliz do mundo

(de repente fiquei sem saber se isto, sendo verdade, não devia ir para a colecção dos defeitos...)

Abismo

À noite a estrada era negra à minha frente.

O dia foi cheio das coisas que gosto de fazer: dormir sem prazo para acordar, sair rumo à praia, sol, sal e água gelada para reanimar, chegar e correr com a música certa nos ouvidos, esgotar-me, levar-me ao limite, e no fim um banho longo.
Para terminar dei por mim a caminho, e pensei na quantidade de vezes que o instinto me puxou para ...
Estou bem, aqui, mas acabo sempre por adiar a viagem o mais possível.

É que à noite a estrada é negra à minha frente.
E com a música a rodear-me, a vontade é tragá-la, engoli-la, fazê-la até onde acabam as estradas...

28.05.2006

e na verdade...

...nada disto abona em favor da minha sanidade/maturidade emocional/mental.

(paciência...)

domingo, 21 de maio de 2006

A inevitável (e muito proibida) pergunta

E se as circunstâncias o permitissem?

(há ses que tinham mesmo que ter morrido à nascença...)

Vícios

...proximidade, fusão, afastamento, separação, distância, encontro, proximidade........

Tenho tido dificuldade em perceber este ciclo vicioso em que me afundei.
Já o tinha dito: quando perceber as coisas como definitivas, vai-me doer mais do que consigo imaginar neste momento. Talvez esta dorzinha que se agudizou nos últimos dias tenha mais a ver com isso do que com o encontro que se proporcionou de novo, sem chegar à proximidade porque as circunstâncias actuais não o permitem.

Estares mais perto, telefonares, falares em encontros, diz-me apenas que estás, finalmente, preparado para a nossa amizade.

E diz-me também que eu não estou....

Terramoto

E depois de ler o post anterior não consigo deixar de me perguntar porque vou acumulando epicentros...

Talvez a minha actividade sísmica seja um pouco acima da média.

Não estive sempre?

Mais gordinho, um pouco menos de cabelo... igual em tudo o resto.
As estruturas cederam ainda ligeiramente à sua passagem, sempre lhe chamei secretamente "o meu terramoto"...

Não deixa de ser curioso: sabendo que ele estava, os cuidados redobraram, tinha que estar no meu melhor, um pouco ao estilo "Estou bem sem ti".....

Lembrar ou não lembrar....

Há alturas em que sinto realmente falta de poder vir aqui, de estar aqui também... de procurar nos links os outros, de perder tempo e ganhar com o que encontro...

Por incrível que pareça, ultimamente tenho tido dificuldade em aceder à internet, simplesmente porque ainda não a tenho em casa.
Noutra altura talvez a vontade me levasse a ir buscá-la ao ar, num centro comercial, num café, numa estação dos correios, sei lá...
Hoje não sinto essa força.

Venho, às vezes, procurar as pessoas que já não encontro aqui e percebo que me faz falta, à falta da outra, a proximidade com que as sentia. Talvez por isso, também, o soltar das amarras que me prendem às minhas lembranças.

Mas não desisti, ainda, e virei sempre que puder quiser.

segunda-feira, 1 de maio de 2006

"Porque a vida é assim..."

"Tu é que sofres muito mais porque pensas mais nas pessoas do que elas em ti."

E nunca mo tinham explicado tão bem...

(tanto defeitinho e logo havia de me calhar este!)

domingo, 30 de abril de 2006

obrigada

aguarelinha, cbs, padrinho, Guilherme, graziela, anónim@, e a quem pessoalmente me lamentou a pausa.

não sei até quando, nem com que ritmo, mas continuo por aqui...

sábado, 29 de abril de 2006

Qualquer coisa mais...

Vou voltando aos poucos... Aqui como .

terça-feira, 7 de março de 2006

Dois.
E mais nada.

Foi há dois anos que descobri o que era um blog.
No mesmo dia comecei a escrever aqui, e até há bem pouco tempo atrás fui mais ou menos regular nas minhas dissertações sobre o nada e coisa nenhuma.

Hoje vejo que isto se vem a arrastar.
Não sei bem o que me falta, o que se perdeu, mas já não há a sensação de descoberta.
A surpresa desapareceu...
O fascínio desapareceu...

Por isso decidi deixar as minhas lembranças suspensas.

Não sei se é por um ou dois dias, ou se é para sempre.
(nem sei se consigo passar sem aqui vir)

A quem aqui veio: muito obrigada!

sexta-feira, 3 de março de 2006

House



(daqui)

Quando vejo esta série fico com vontade de ser médica.

quarta-feira, 1 de março de 2006

estão-se-me a esgotar os blogs...

gostava que voltasses

Só porque sou teimosa...

Alguém se divertiu a apagar-me o template.
Como sou uma miúda prevenida (nestas coisas de informática, pelo menos), tinha um aqui de reserva e já repus as coisas no seu devido lugar.

Não é que não me tenha já passado pela cabeça acabar com isto, mas a acontecer será quando eu quiser, e não porque alguém decidiu brincar.

Humpf!

(obrigada, aguarelinha, por estares sempre atenta!)

mais vale não ter?

de que serve o tempo, se com ele nada se fizer?

Atrasadérrimos*....

Muitos parabéns, Guilherme, por dois anos de guerreiro! :)

*acabo de descobrir que este dicionário que consulto habitualmente quando tenho dúvidas, não reconhece esta palavra... (eu, pelo contrário, reconheço-a bem!)

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2006

EU?!

a abusar de filmes????

(o cinema anda mal, temos que contribuir...)

Munich



Sobre este filme recomendo A Lição, n'A Estrada.
Está lá bem dito, aquilo que também penso.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2006

Aquela marca amarela....

Sei que te magoei, num momento de estúpida fraqueza (não o são todas?), porque a mim me doeu também.
Mas o que queria que soubesses é que nunca me esqueci de levar, para cada sítio em que estive, o teu riso, o teu olhar, a tua presença sempre segura (ainda que às vezes vacilante).



E percebo que agora guardes essa distância de segurança.
Tenho olhado para ela de todos os ângulos, e ainda não sei como se atravessa, mas descansa: mesmo que não venha nunca a descobrir, não vou recuar.
Serei sempre esta presença, aqui, à tua porta.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2006

Para variar

Dedico hoje a música a um amigo que me faz falta aqui.

Manias?!?!?

Não foi fácil responder ao desafio do Guilherme.

Feliz ou infelizmente, não me faltam manias, o que não me parece é que alguma delas me diferencie do resto dos mortais.
Talvez não seja preciso procurar muito para encontrar duas ou três iguais, ou pelo menos parecidas...

Enfim, vamos a isto:

- Tenho um bloquinho e uma caneta na mesinha de cabeceira. SEMPRE!
Inicialmente a ideia era anotar os sonhos, que costumam abundar, mas desaparecer com as primeiras horas da manhã (ou da tarde, dependendo dos dias....)
Com o tempo passei a usá-lo para anotar posts.

- Fazer links para o meu próprio blog.

- Não riscar nada do que leio, evitar sublinhar, escrever, marcar (anoto em folhas anexas)....

- O número quatro (4)
(vejam lá a hora dos meus posts....)

- Vestir-me mal acordo. Detesto andar de pijama, a não ser que esteja a preparar-me para dormir.

Que me perdoem os potenciais manientos, mas vou passar a parte do passar.
Se alguém tiver vontade de entrar na corrente, seja bem-vind@!

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2006

deliciosa




(e pelas horas deste post, ninguém diria...)

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2006

that word is love

"one word frees us of all weight and pain in life"
sófocles

[discordo em absoluto da associação desta frase ao filme....
(talvez a ideia seja mesmo essa)]

match point



Quando já vou com expectativas altas não costumo sair satisfeita.
E realmente não saí, o filme teve o dom de me deixar stressada.

Mas nem por isso gostei menos, porque é verdade que há sempre uns sacanas sortudos cujas bolas (não me interpretem mal...) acabam sempre por cair do lado certo da rede.

mudanças

ou como os sítios se transformam em lugares

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2006

intimidade

apetecia-me um lugar onde as mão mergulhassem sempre nos contornos do teu riso
apetecia-me um lugar onde pudesse descansar os olhos fechados na sombra dos teus passos seguros
apetecia-me um lugar onde o mar se debatesse na tua voz, e sempre, sempre mergulhasse nele as ondas do meu corpo cheio de nós

apetecia-me um lugar
onde estivesses tu e eu te encontrasse, dentro desta mesma intensidade com que te procuro

um lugar

apetecia-me esse lugar

Outros pés

Há alturas em que te ouço falar quase com as minhas palavras, e isso faz-me querer berrar tudo, só para que o teu caminho seja outro.
Mas no fundo sei que não é preciso...

Será, certamente, diferente a tua história.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2006

E que às vezes se perde...

Dou-me agora conta: escrever sobre o mesmo apenas o torna banal, e não é assim que o sinto.

Se não voltarmos a encontrar-nos, nunca mais, (e é nesse sentido que a estrada segue) vou ter pena, mas vou saber que às vezes se ganha.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2006

Puzzle

Passei o dia a adiar o regresso com uma espécie de "mau pressentimento", o coração demasiado rápido, as mãos inquietas, os olhos saltitantes...

Dou por mim a comparar com o que era no início, como sempre faço, e hoje a realidade é diferente. Às vezes é um pouco como sentisse que já não há ninguém à minha espera, embora saiba perfeitamente que não é assim, e que à hora da suposta chegada o telemóvel começa a dar sinal.

Já o disse antes (quantas vezes me repito aqui?...) e é verdade: agora as coisas processam-se com outro ritmo, com outra calma.
Não sinto tanto tudo como definitivo, cada espaço tem o seu lugar e o seu tempo, e o que havia a perder perdeu-se já.

Apesar disso, de cada vez sinto que falta um pedaço mais.
É cada vez mais pequenino, mas vai-se partindo cá dentro e deixando este vazio que não vou ter nunca como preencher.

Em terra

Ao abrir a porta, acendi a luz.
Olhei à volta e, mesmo sem estares, estavas, e senti-me em casa.

E é bom sentir-me assim contigo, seja qual for o espaço que ocupes.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2006

Numb

Esta é uma altura em que os dias se passam sem nada que os marque.
Acordo sem despertador, adormeço às horas a que os olhos se fecham.
Leio os livros até os terminar, de um só fôlego, vejo filmes e séries que nem sabia que existiam, vou ao cinema, ouço música.
Voltei aos joguinhos no PC.
Passeio.
Arrumo a casa.
Desarrumo a casa.
Às vezes cozinho e às vezes como o que cozinharam para mim, ou então vou jantar fora com amigos.
Bebo um copo quando há companhia para isso.
As coisas processam-se sem pressas, sem prazos, sem atropelos.

Brevemente vou ter uma parte da revolução que tanto peço desde que aqui estou.
E sei que vou embora, só não sei ainda para onde...

Off

Voltei a entrar num ciclo pouco produtivo.
Já não há a desculpa da falta de tempo, da falta de disponibilidade mental...
O que se passa, como já se passou outras vezes, é que sinto este espaço esgotado.
Sei que volto (volto sempre), mas a sensação que tenho é a de que, a cada novo regresso, a força é apenas uma fracção da que já foi, e aos poucos a chama vai-se apagando.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2006

stop

janeiro acabou.
a seguir ao período de reflexões em que acabamos de entrar segue-se o novo início.
aqui ou em qualquer outro lugar.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2006

porque nem só de estupidez vive o meu coração



Recomendo vivamente O Amor ao Canto do Bar Vestido de Negro, por Olga Roriz.

domingo, 29 de janeiro de 2006

Baú

Como uma boa agarrada ao passado, vou pôr no baú os comentários antigos que a Haloscan faz o favor de ir apagando (não desfazendo do serviço gratuito que me prestam, e do qual talvez abdique em breve).

O blog não faz sentido sem eles.
(e eu não tenho mais que fazer...)

dez

posts de seguida: bati o meu próprio recorde de estupidez

(ou como fazer uma tempestade num copo de água)

(bati mais uma vez no fundo)

XIÇA!

Nao conheço mais ninguém com esta tendência para as desarrumações sentimentais, com esta lentidão de resolução, com esta estúpida maneira de estar na vida.

Às vezes pergunto-me se quero, algum dia, ser feliz...

...por isso insisto em desarrumar tudo ainda mais...

esta é a altura em que devo arrumar tudo, porque não sei para onde vou...
e, para conseguir ir, de novo, tenho que conseguir deixar limpas as estantes do meu coração...

Na altura certa

Abri finalmente os caixotes, e encontrei tudo o que esperava encontrar. Mas a verdade é que não senti a velha dor ao olhar aquelas coisas, senti-me feliz por ter tido oportunidade de as guardar.

em definitivo

janeiro é o mês dos espaços

(ainda bem que está a acabar)

O espaço V

Tentei sempre não me criar fronteiras quando escrevo aqui.
Que eu saiba, as pessoas que me conhecem e que aqui vêm são cinco ou seis, e a maior parte delas soube deste espaço por acidente.
Algumas dessas pessoas virão, às vezes, à procura de uma luz para os meus comportamentos obscuros.
Compreendo, e sei porque o fazem: porque aqui essa luz é mais forte, talvez, ou talvez me mostre melhor, não sei...


A verdade é que não gosto de sentir, quando aqui escrevo, que estou a deixar recados.
(a não ser quando o são realmente, e portanto interpretados dessa forma por quem os escreve e por quem os lê)

Se o sinto neste momento sei que a culpa é minha, mas não posso fazer as coisas de outra forma: há alturas em que preciso de escrever aqui.

(podem chamar o psiquiatra, por favor!)

teen #2

é por estas e por outras que sei com toda a certeza: nunca vou crescer.

O espaço IV

Tenho um dilema acerca das coisas que é suposto serem ditas.

Sei que a sinceridade é a melhor arma na defesa de qualquer relação, mas o tempo e as tentativas falhadas de comunicação mostraram-me que nem sempre é assim.
Como decidir, então, o que faz parte da sinceridade e o que faz parte do exagero?
E se o exagero for sincero?

Acho que há coisas que não faz sentido serem ditas, principalmente se passam por uma chamada de atenção do tipo: Ei, estou aqui! Preciso que olhes, que me vejas, que me mostres que me vês, que me queres ver.
Porque é aqui que se atravessa a fronteira: o "queres".
Até que ponto é justo exigir mais atenção?

Pergunto isto por um motivo simples: não quero exigir mais atenção, queria tê-la de livre e espontânea vontade.
Se for exigida deixa de fazer sentido, portanto pedi-la deixa um vazio quase tão grande como a sua ausência.

Por isso adquiri o bom velho hábito de me calar, e de me manter à distância, a observar apenas, como se não fizesse parte da cena.

Claro que o resultado é o esperado: deixo mesmo de fazer parte dela.

O espaço III

Esta primeira vitória devo-ta, em (grande) parte, a ti, e era contigo que queria ter partilhado a alegria de ter conseguido o que nunca julguei possível.

Não sei se fui eu que li mal os sinais, ou se por ter passado meses seguidos a olhar para as mesmas coisas perdi parte do texto.
É o mais provável...

Agora sinto-me como se houvesse um oceano para atravessar, como se no espaço de uns dias tivesse, realmente, feito uma enorme viagem que me deixou a milhas de distância.
Já não te vejo à minha frente...

E isso deixa-me triste.
E quando estou assim triste não consigo agir como se nada se passasse, é só...

sábado, 28 de janeiro de 2006

aquela por que espero

esta é a hora em que vagueio perdida nas minhas próprias lembranças

literalmente, sem rumo e sem sentido, procuro um certo contacto perdido, uma intimidade, um toque mais perto, um olhar, uma palavra

aquela palavra


talvez não seja verdade...

não se escreveram todas... ainda não.

a palavra

olho as minhas mãos

desfoco-as para poder olhar as letras, um pouco mais abaixo

é verdade, não é? que todas as palavras foram já escritas?

quinta-feira, 26 de janeiro de 2006

aquele abraço #3

Nestes dias não é preciso que o despertador toque, eu vou acordando devagarinho.
À minha volta há calor, um conforto moldado ao meu corpo, a sensação de que tudo encaixa perfeitamente.

Descobri, há relativamente pouco tempo, porque gosto tanto de dormir: é por este despertar, por esta calma, pelo torpor... por toda a envolvência que é, sem a menor dúvida, o mais parecida possível com aquele abraço...

quarta-feira, 25 de janeiro de 2006

ainda não voltei

mas estou a caminho

as lembranças do que não houve

O dia tem pequenos gestos que me trazem a tua lembrança ao coração.

Uma música ritmada nos teus passos, um nome espalhado no ar que é quase, quase o teu, a matrícula de um carro estacionado todos os dias à frente do meu com as tuas iniciais, uma piada que se ri com o teu riso...

Pergunto-me, se estiver mais atenta, como pode ser, como podem estas lembranças trazer-te tão perto, se nunca te cheguei a conhecer...

O espaço II
(definitivamente o meu tema preferido)

O que faz a distância não são os quilómetros, são as palavras que ficaram suspensas no silêncio, são as palavras que se acumularam dentro de nós, são as palavras que saíram e não chegaram nas devidas condições de conservação e embalagem ao destinatário.

Por isso, para haver distância, não é preciso que dois corpos estejam a mais que alguns metros de distância.
Basta que se crie este espaço vazio, infértil, silencioso.

E aquilo que me atormenta neste momento é esta dúvida: quero conservar o espaço e tentar torná-lo, de novo, terra verde de flores, ou é melhor desistir de o cultivar, abandoná-lo e partir para outro?...

O espaço

Se por um lado senti estes últimos dias como grandes, por outro lado tenho a sensação de que o dia foi ainda ontem.
O tempo é, definitivamente, uma coisa relativa.

Depois de três meses e meio afastada, depois desse tempo em que, aos poucos e em crescendo, fui perdendo a disponibilidade espacial, temporal e mental para quase tudo o que me rodeia, estava à espera de uma outra realidade à minha espera cá fora.
Como sempre acontece, esqueço-me de que o tempo continuou, e que não parou para mais ninguém, apenas para mim.

Estava à espera de um outro espaço, de uma outra abertura, mas fui de encontro à parede errada.
Essa que não tem portas nem janelas...

Miopia

O que sinto neste momento é que fiz a parte mais fácil.
Sei que este é um ponto de viragem, e é, finalmente, altura de o aproveitar a meu favor.

Se ao menos eu conseguisse ver o futuro...

terça-feira, 24 de janeiro de 2006

Pouco

Não há muitas coisas melhores do que poder entrar no carro em boa companhia e sair, sem destino, sem horários, sem obrigações.

Foram quase cinco dias, mas souberam-me a muito mais...

quarta-feira, 18 de janeiro de 2006

Lado B

Na verdade acho que acreditei que este dia nunca iria chegar.
Limitei-me às rotinas calmas, a alguns sacrifícios, a alguns (poucos) escapes...

De alguma forma tinha a sensação de que poderia ser assim para sempre.
Como se o tempo tivesse parado...

Como se a minha vida fosse um disco riscado, onde os dias se tocassem como a sucessão ininterrupta de notas repetidas...

Amigão

Gosto de acreditar que algumas coisas que têm uma razão, mesmo quando não são muito boas.
Para esta repetição encontro (para já...) um bom motivo: ter-te (re)encontrado.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2006

até já

voltamos (nós, as várias que aqui escrevemos) a entrar em serviços mínimos

sábado, 7 de janeiro de 2006

Quase

Ando irritadiça, pouco paciente, rezingona, enfim.... está quase, quase, e isso começa a notar-se.
A noite rendeu bem menos do que o suposto, e depois de uma escapadela de vinte minutos, não prevista, decidi vir para casa.
Já vinha a meio do caminho quando aquele velho vírus deu sinal: e se eu fosse? Fiz as contas mentalmente e achei que seria possível aproveitar ainda qualquer coisa.
Mas continuei o caminho para casa...

Não sei bem se este esforço "extra" será recompensado, e embora neste momento isso não me preocupe (porque só quero que passe), sei que mais tarde vou ter pena se não concretizar os meus objectivos.

Nada de novo, portanto.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2006

Assaltaram-me a mala do carro
(ou como as coisas só podem melhorar?)


Chamava-se Gordinha e ontem à noite foi roubada.

Nunca pensei que a perda de uma viola me deixasse triste a ponto de me virem as lágrimas aos olhos sempre que me lembro que já não é minha...

O primeiro pensamento que me veio à cabeça foi: preciso de outra, igual, o mais depressa possível.

Mas a próxima já não vai pelo país fora comigo, já não vai fazer a festa onde quer que lhe peguem, já não vai ter umas fitinhas parolas penduradas.... já não vai ser a mesma...

segunda-feira, 2 de janeiro de 2006

conversas

-é que... sabes... eu era mesmo uma atrasada mental...
-não digas isso!
-não, a sério... agora continuo a ser, mas disfarço melhor.