quinta-feira, 31 de maio de 2007

E a sexta-feira é o dia mais alegre de toda a semana

Hoje é quarta.
Amanhã é quinta.
Depois de amanhã é sexta.

Na verdade, hoje é quase quinta, o que faz com que amanhã seja quase sexta.

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Das distâncias #2

Há alturas em que dava tudo para poder esticar o braço e tocar algumas pessoas, para estar um pouco mais perto... mais à mão... para tudo e para nada.

(não é para isso que serve quem realmente importa?)

"Tive que vir para saber que não posso ficar...."

Em conversa com alguém que se encontra exactamente na mesma situação que eu soube, há dois dias, que a opinião era também a mesma...

Não deixa de ser curioso como nos sentimos mais seguros das nossas coisas quando são partilhadas...

Provavelmente

Aqui há dias pensei, pela primeira vez, que isto tudo poderá fazer algum sentido.

Houve uma altura em que tive que ir.
Sabia que o tempo aqui estava esgotado, e que a mudança era a única porta a abrir para que o futuro entrasse. Apesar disso, quando vi concretizada a minha partida, agarrei-me com todas as forças ao que gritava cada bocadinho de mim, despedaçada, porque ir embora era uma dor bruta, constante e pesada, que me esmagava o peito, que me sugava o pouco ar que conseguia respirar...
Não queria ir, mas sabia que era preciso: a eterna divisão...

Fui.

Metade do tempo que lá passei estive a sufocar, a afogar-me em mim própria, nas minhas memórias, na falta que tudo e todos faziam no meu dia-a-dia.
A outra metade foi passada a abrir os olhos e o coração, a pacificar, a acalmar.
A aprender pessoas novas e coisas velhas, tudo como bálsamos.

Para onde me virar, então, quando chegou a hora de decidir?
Não tive escolha possível, tive que voltar, e não me custou.

E hoje penso que tive que voltar só para perceber que talvez seja verdade: não acho que pertença aqui.

E quero ir, de novo, para onde não queria estar.

É minha vontade? É.
Quando lá chegar, vou achar que estava bem aqui?

terça-feira, 29 de maio de 2007

Eu não sinto

Enquanto escrevo isto penso que nem pensando em ti consigo chorar, já.
É normal, o tempo suaviza tudo, e essa ferida está menos aberta.

Se lesses isto talvez percebesses que todos atrofiamos, uns mais do que os outros.
E que todos temos um lado bom e um lado mau, que somos todos egoístas e mesquinhos de vez em quando, e que, ainda assim, podemos ser boas pessoas.
Que mesmo com os anos a passar, alguns de nós terão sempre atitudes catalogadas pelos outros como infantis e imaturas.
Que todos sofremos com a falta de alguém, que sentimos ciúmes mesmo quando estamos seguros, que duvidamos, e que perdemos, às vezes, a fé nos outros ou, mais grave, em nós próprios.
Ias perceber que ninguém sabe viver, apenas há pessoas que fingem melhor.

Talvez já soubesses tudo isto, ou se calhar não.
Sei que não te faria sentir melhor.
A mim não faz....
Sentir-te-ias menos sozinha?
Não sei...

Acontece-me às vezes, sonhar contigo

E, no sonho, vendo-te e ouvindo-te, não consigo acreditar que seja verdade.
Mesmo a sonhar há qualquer coisa que me impede de viver esse breve instante de proximidade como real.
No entanto, lembro-me perfeitamente de sentir um estilhaço no peito quando ouvi a tua voz.
A tua voz.....

Meu deus, como tenho saudades tuas.....

Não deixa de ser curioso que me tenhas aparecido exactamente quando senti que precisava de me libertar destas toxinas emocionais que me devoram por dentro, porque foi desde que foste embora que deixei de conseguir chorar.
Quando acordei estava já atrasada.
Apetecia-me continuar a dormir, para fazer de conta que estava contigo um pouco mais, mas havia o comboio...
Enquanto procurava alguma coisa para vestir encontrei uma das tuas t-shirts, vesti-a e, de vez em quando, ao longo do dia, passava a mão pelo tecido já gasto, como se te pudesse abraçar...

domingo, 27 de maio de 2007

Aos poucos vou percebendo porque insisto?

Depois de realizada a escolha, o desenrolar do tempo, como um novelo, mostra-me que estava certa, e que o investimento gigantesco que fiz para ir valeu a pena.
Não sei até que ponto isto é produtivo, porque sei que para a próxima vou sentir a mesmíssima dificuldade em dar o passo. Mesmo sabendo que o estar, depois, é fácil, e é bom.

Desliguei de tudo.
Isso é reconfortante e assustador ao mesmo tempo.

Reconfortante porque o permanecer ligada não cria nada de novo ou positivo.
Para que hei-de ausentar os olhos e o coração do meu corpo, se isso só traz dor?
É bom que fiquem juntos: já se conhecem.
Não se estranham...

Assustador porque me lembra o velho ditado que diz longe da vista...
E assim parece, quase, que nada importa e que tudo e todos são substituíveis.
Não somos todos?

Não sei porque insisto em tentar acreditar que não.
Sublinho o tentar, porque me agarro com todas as forças à ideia de que não somos, mas nem sempre consigo ter a certeza disso....

sábado, 26 de maio de 2007

O problema é que às vezes é mesmo preciso...

Mas depois é nisso que penso, em tudo o que tenho.
E penso que sou estúpida por achar que preciso de chorar quando tenho sorte.

Tanta sorte...

Lentamente

"Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não
ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem
não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma em escravo do
hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca,
não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não
conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o
negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um
redemoinho de emoções justamente as que resgatam o brilho dos
olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um
sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida
fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da
sua má sorte ou da chuva incessante.

Morre lentamente, quem abandona um projecto antes de
iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não
responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Morre lentamente..."
Pablo Neruda, Morre Lentamente


Às vezes é assim que me sinto: a morrer lentamente.
Mais triste do que não ter amigos, do que não ter companhia, do que não ler, ver e ouvir, é achar que nada disto é suficiente, é não ser capaz de ser feliz assim, é o medo, o eterno medo da solidão.
(Ou será já ela própria?)

Não há muito tempo perguntaram-me se eu era feliz e eu respondi que não era infeliz.
Foi uma boa forma de escapar à pergunta. Ou talvez não.
O não ser infeliz é quase ser feliz. Nestes últimos tempos a balança inclina-se perigosamente para o outro lado e eu vou ter que conseguir equilibrar tudo: os pratos, os pesos, a tristeza e os risos, o que foi bom e o que é mau.

Seria mais fácil se conseguisse simplesmente chorar...

A noite, sempre a noite...

O tempo está esquisito, não chove nem deixa de chover, o céu não está negro nem cinzento, não se vêem estrelas nem lua, nem nada que valha a pena, na realidade...

Vinha para casa, a música no rádio, a minha cabeça feita claras em castelo a desabar, e a dada altura vacilei. Não virei na rua certa e fiz de conta que voltava, que não era aqui que ficava, que não era aqui que estava...

Às vezes não sei para quem ando a fingir.
Talvez o mais grave seja eu saber, no fundo, que é para mim própria, não acredito que engane mais ninguém.

Sei o que devia fazer, mas não quero fazê-lo.
Sei onde devia estar, mas não quero estar.
Sei tanta coisa que não serve para nada, porque ando a fazer de conta que o caminho está seguro à minha frente, e não o tenho conseguido ver.
Na pressa de acertar o passo tropeço nos meus próprios pés, e ando cambaleante só para não cair.

Se calhar mais valia o contacto bruto com o chão, em vez desta moinha que se repete desde que adormeço até que acordo, e desde que acordo até que volto a adormecer, e que parece não querer deixar-me respirar em paz.

sexta-feira, 25 de maio de 2007

La Môme



Não tive oportunidade para trocar impressões sobre isto, mas achei que algumas coisas são um pouco confusas, muitas pessoas que aparecem sem saber de onde e uma cronologia nem sempre fácil de seguir.
Apesar disso, se não conhecia muito de Edith Piaf, depois de ver o filme fiquei com vontade de conhecer.

Que vida.......

quinta-feira, 24 de maio de 2007

O meu combustível são as pessoas

Eu, que escolhi estar mais longe delas...
Eu, que passo a maior parte do dia sozinha...

Eu movo-me a gente.

(ouviram?!)

quarta-feira, 23 de maio de 2007

O diabo...

Curiosamente, seis meses depois, continuo a perguntar-me, sempre, sem excepções, porque continuo a obrigar-me a ir.
Às vezes, quando saio, percebo porquê.

Para compensar tudo o resto, hoje foi um desses dias.

terça-feira, 22 de maio de 2007

O melhor para o fim...

Há pessoas que me enchem de um carinho, de uma ternura inexplicáveis, de um amor sem limites...
E é um sentimento bom, seguro, pleno, que não precisa de correspondências a determinados níveis, nem de justificações.
Existe e pronto.

Tem de ser já...

A noite foi curta, e quando o despertador tocou o meu corpo emitiu sinais de alerta: é verdade que há dias em que devíamos ficar simplesmente a dormir, como se não houvesse vida além dos sonhos...
A custo saí do conforto em que estava, fui tomar banho e tomei o pequeno almoço, e acho que não devo ter aberto os olhos em nenhum momento.
Ao chegar à oficina percebi que não me apetecia estar ali, que preciso definitivamente de uma mudança, apesar de todas as coisas boas a que tenho direito por ser funcionária da empresa.
A manhã arrastou-se pesadíssima, e esperei ansiosa pela hora de almoço para poder voltar a casa, e ser reanimada por um café forte.
Mas a verdade é que não adiantou muito: arrastei-me novamente pela tarde fora.
No finzinho, mesmo, fui chamada pelos chefes: um bónus maior do que esperava pelos meus serviços e algumas mudanças anunciadas.
Fiquei contente, mas, tal como o café, não conseguiu reanimar-me...

Preciso, definitivamente, de uma mudança em vários sectores da minha vida.
Se fosse só um de cada vez seria, provavelmente, mais fácil, mas muitas coisas ao mesmo tempo sempre me baralharam.
Então respiro fundo e penso que tenho que encontrar a força que me está a escapar pelos pés de cada vez que vou correr.

E sei que a vou encontrar, e como sei disso o tempo custa mais a passar, porque era preciso que fosse já...

Não estou habituada a isto: tenho, ultimamente, dificuldade em pôr em prática as minhas tretas...

Baralhada?
Ligeiramente...

"a warning sign
i missed the good part then i realized
that i started looking and the bubble burst
i started looking for excuses

come on in
i've gotta tell you what a state i'm in
i've gotta tell you in my loudest tones
that i started looking for a warning sign

when the truth is
i miss you
yeah the truth is
that i miss you so

a warning sign
you came back to haunt me and i realized
that you were an island and i passed you by
when you were an island to discover

come on in
i've gotta tell you what a state i'm in
i've gotta tell you in my loudest tones
that i started looking for a warning sign

when the truth is
i miss you
yeah the truth is
that i miss you so

and i'm tired
i should not have let you go, oh

so i crawl back into your open arms
yes i crawl back into your open arms
and i crawl back into your open arms
yes i crawl back into your open arms"
coldplay, warning sign


Não sei o que tinha para dizer.
Sei que voltei a ter vontade de ouvir esta música em repeat mode, e as fases coldplay não costumam ser propriamente as melhores...

Também sei que sempre que tenho estas ressacas me lembro mais de ti.

E não era suposto...

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Amanhã, talvez...

E hoje sim, tenho novidades que não são novas.
Coisas para as quais olhei apenas de forma diferente.
Mas pesam-me os olhos, e o corpo pede descanso...

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Novidades???

Continuo com apetite, vi mais um episódio do Lost.

Fui correr.
Passei quase doze horas do meu dia contigo.

Pergunto-me para quê...

Dou por mim novamente à espera do golpe de misericórdia, e não faço a mais pequena ideia de onde irá cair desta vez.

terça-feira, 15 de maio de 2007

E novidades?

Troquei o blog pelo Lost: viciadíssima outra vez.
A preguiça domina em todos os campos: abandonei a corrida.
Acabou-se a falta de apetite e a capacidade para controlar o que sobrou: imparável a caminho dos 70? (deus ma libre...)

À medida que o tempo passou, a vontade de estar contigo foi caindo.
Se pensar nisso, não foi assim tanto tempo: ainda nem sequer passaram dois meses.
A mim tem-me parecido uma eternidade: os dias mais compridos do último ano.....

domingo, 13 de maio de 2007

Ah...

... e além disso, assim não me dói o domingo.

Não vale a pena afogar-me sozinha

E agora, que aqui fiquei, percebo que me soube bem.
Outras pessoas, outras conversas, outros dias e outras noites.
Quase como se fosse um sítio diferente daquele em que me tenho afundado nos últimos tempos...

Está na hora de olhar à volta, para cima e para baixo, perceber onde está a superfície e nadar para lá.

À procura de quê?


(daqui)

Parecemos cavalos cansados, em busca da própria sombra, e caramba! é tão raro cruzarmo-nos com ela...

quarta-feira, 9 de maio de 2007

O mais depressa possível, por favor

Já quase nem me lembro da vida antes de cá estar.
Habituei-me depressa às viagens, às noites cheias e aos dias largos, às pessoas que me faziam já falta, à cidade, à minha casa... A tudo, posso dizer.

E agora, que passou mais de um ano, sinto uma coisa que ainda não tinha experimentado em todo este tempo: sinto-me sozinha.

Vejo gente, procuro contrariar a falta de apetite para (quase) tudo e forço-me a ir, a ir sempre...

Já não sei estar assim, só quero que isto passe...

terça-feira, 8 de maio de 2007

on/off

Não sou, de certeza, a única pessoa do mundo a achar-se diferente de todas as outras.
E, apesar de saber isso, quanto mais o tempo passa mais eu me acho, de facto, diferente.

É quase como se me tivessem instalado uma célula fotoeléctrica que reage à presença alheia. Estou sempre atenta, sempre ligada, sempre alerta.
E ainda não descobri se é melhor ser ou deixar de ser assim.

O meu lado romântico (e nunca pensei admitir, sequer, ter um...) acha bonito este amor pelos outros, assim mesmo, exagerado, sem limites.
O meu instinto de sobrevivência diz-me que é ridícula uma pessoa que está sempre ligada às outras, que as respira, que as toca, que vive delas, com elas, para elas.

Sem os outros nada do que sou faz sentido, e às vezes sinto-me uma construção suspensa no vazio, sem alicerces que me suportem.

E a verdade é que gostava de ter um pouco de paz, de poder carregar no botão onde se desliga a tal célula, nem que fosse por uns minutinhos....

Até porque acabo sempre por concluir que não há correspondência ou valorização possível para esta estúpida maneira de estar e de ser.
Se ninguém está a aproveitá-la, esta luz toda é um desperdício de energia...

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Porque nunca chega o que temos....

É característica, esta vontade de estar sempre como e onde não estou...
Agora, que passei a fronteira, dou por mim a desejar com todas as minhas forças voltar à segurança morninha em que estava antes destes passos...

Não estou arrependida, o que se passou devia ter-se passado, para evitar os famosos "ses".
Eu é que tinha que ter sabido educar melhor o monstro que alimentei...

domingo, 6 de maio de 2007

Pequena dúvida #3

Quando começamos a ter medo que acabe, é sinal que já acabou?

"Puedo escribir los versos más tristes esta noche.
Escribir, por ejemplo: "La noche está estrellada,
y tiritan, azules, los astros, a lo lejos".
El viento de la noche gira en el cielo y canta.
Puedo escribir los versos más tristes esta noche.
Yo la quise, y a veces, ella también me quiso.
En las noches como ésta la tuve entre mis brazos.
La besé tantas veces bajo el cielo infinito.
Ella me quiso, a veces yo también la quería.
Como no haber amado sus grandes ojos fijos.
Puedo escribir los versos más tristes esta noche.
Pensar que no la tengo. Sentir que la he perdido
Oír la noche inmensa, más inmensa sin ella.
Y el verso cae al alma como al pasto el rocío.
Qué importa que mi amor no pudiera guardarla.
La noche está estrellada y ella no está conmigo.
Eso es todo. A lo lejos alguien canta. A lo lejos.
Mi alma no se contenta con haberla perdido.
Como para acercarla mi mirada la busca.
Mi corazón la busca, y ella no está conmigo
La misma noche que hace blanquear los mismos árboles.
Nosotros, los de entonces, ya no somos los mismos.
Ya no la quiero, es cierto, pero cuánto la quise.
Mi voz buscaba el viento para tocar su oído.
De otro. Será de otro. Como antes de mis besos.
Su voz, su cuerpo claro. Sus ojos infinitos.
Ya no la quiero, es cierto, pero tal vez la quiero.
Es tan corto el amor, y es tan largo el olvido.
Porque en noches como ésta la tuve entre mis brazos,
mi alma no se contenta de haberla perdido.
Aunque ésta sea el último dolor que ella me causa,
y éstos los últimos versos que yo le escribo."
Pablo Neruda, Puedo Escribir Los Versos Más Tristes Esta Noche

memória

e agora fecho de novo os olhos...
queria esquecer-me do cheiro entranhado na pele, da pele entranhada no corpo, do corpo entranhado em mim.

quinta-feira, 3 de maio de 2007

eu e a minha grande treta

digo que tudo está bem se me parece bem
encaro com calma as tempestades à minha volta e elas passam
aceito o que o destino me traz sem reclamar
gosto das pessoas que chegam e sofro quando as vejo partir, mas tento não o mostrar (que estupidez....)
se não posso mudar o que não me agrada, não penso mais nisso
se tenho dois caminhos e só posso escolher um, então vou sem olhar para trás
e se tiver que escolher entre o fazer e o não fazer, escolho não ficar a pensar em como poderia ter sido

estou pronta para escrever um livro de auto-ajuda, e devo ser a minha primeira leitora
(o que quer que isso signifique)