quarta-feira, 28 de setembro de 2005

Porque é que este blog é azul?




A tarde vai caindo devagar, indiferente às conversas que têm as ondas, entre elas, indiferente às toalhas ainda espalhadas no areal imenso, indiferente à água salgada que sinto ainda escorrer-me num fio, costas abaixo...
A esta hora sobe uma luz tranquila que se espalha na névoa leve do fim de dia, e que se transmite a tudo o que vemos, que tocamos, que dizemos...


Para terminar o abuso de fotografias de praia e mar...
Também porque o verão já foi, e, quando menos esperava, tive ainda direito a um bocadinho mais de sol...

terça-feira, 27 de setembro de 2005

Ponto da situação

Há um mês: não me convidem para nada, que eu aceito tudo.
Agora: não me convidem para nada. Não posso.

segunda-feira, 26 de setembro de 2005

Ligeiro escape ao modo preguiça

Vencendo um pouco da preguiça que parece reinar nos últimos tempos, estive a fazer algumas remodelações, que é como quem diz, actualizar os meus links.
blogs que já não leio tanto, mas decidi que não volto a retirar links.
blogs que continuaria a ler se não tivessem terminado.
blogs que insisto em tentar ler, apesar de parecer terem chegado ao fim.

Queria salientar três coisinhas:
- tenho pena que o Júlio tenha deixado de escrever (mesmo acreditando que continuará a sonhar), e mais ainda que a Tribo ande meia perdida na blogosfera...
- a Tasca mantém portas abertas, mas já ninguém serve litradas...
- este pequenino ponto iluminado entrou em hibernação... espero sinceramente que seja curta e que não chegue, sequer, ao fim desta estação.

E queria deixar dois dos meus recadinhos habituais:
- este blog, recuso-me a passá-lo para o vale a pena recordar...
- este blog já saía do modo preguiça... Caramba, miúda, uma pausa de dois meses... Começa a ser tempo a mais!!! Snap out of it!!!!

ps - este deve ser o post com mais itálicos que já escrevi...

Sal


Mais uma imagem, como tantas outras que aqui tenho.
E, no entanto...



Quase te vejo, desenhado no pôr-do-sol-horizonte e, quando mergulho, saboreio um pouco a água, tentando decifrar no mar o teu beijo salgado.

domingo, 25 de setembro de 2005

De distância

Quando partimos senti que ia também um pouco à tua procura, e sei que consegui encontrar-te.
De cada vez que acontece é também a mim que encontro, e isso faz-me maior.

Tenho um teclado imenso à minha frente, e nele não há letras que cheguem para escrever o quanto me vais fazer falta.
No fundo queria só dizer que não vais, porque não sou inteira sem ti.
E, embora saiba que os nossos passos se cruzarão sempre, os quilómetros voltam a estalar-me no peito...

As pessoas que me completam acabam sempre por estar longe, mesmo que só fisicamente, e às vezes sinto como se não tivesse coração, mas sim pedaços espalhados por aí, que me doem de vez em quando, de distância.

A ponte

Ao fazer a travessia senti-me invadida por uma certa euforia.



Sei que a ponte, ela própria, é em parte responsável por isso, adoro passar lá e nem sei bem porquê...
Mas mais do que isso, era a sensação de estar livre, sozinha comigo mesma, em paz...

Só estaria mais feliz com alguns dos meus amigos ao lado.
Ou contigo...

21.09.2005

segunda-feira, 19 de setembro de 2005

stand by - blog em modo preguiça

Têm acontecido mil coisas...

Tenho um livrinho preto sempre comigo, para não perder aquelas frases que me surgem às vezes, como se fossem cabeçalhos dos meus pensamentos-post. Mas a verdade é que não adianta de nada: ao chegar a casa sento-me nesta cadeira onde estou e olho para este espaço que agora preencho... E a vontade de o completar é escassa, vou adiando, vou criando de novo uma distância.

Talvez se esteja a repetir a nuvem de indiferença.
É cinza-claro, e conheço-a demasiado bem.

desperdícios #10 (fora de época)

Sentir a tua falta contigo ao meu lado não é triste.
É talvez (e apenas) uma preparação para a velha sensação de que há coisas que não voltam... (que voaram)

Defeito VI

Evitar a procura, por ter medo de não encontrar.

ir

sempre que venho nesta direcção apetece-me ignorar a saída
apetece-me continuar, seguir, andar eternamente
sem rumo, sem objectivos, sem obrigações
sem cordas que me prendam os movimentos
sem olhares que me toldem a visão
sem muros que me doam no coração

Só isso, que é tanto!

Quando vou à tua procura tenho que estar distraída.
Se estiver demasiado consciente das minhas expectativas, sou incapaz de me mover para as concretizar.


Aquilo que era uma conversa séria, fundamental para que possamos encontrar-nos de novo, sem reservas, diluiu-se, mais uma vez, em banalidades e conversas filosóficas.
Espero conseguir chegar a ti em tempo útil.
E não quero, com isto, dizer que tenho medo de te perder, sei que isso não acontecerá.
Quero dizer que tenho medo que acabe de se desgastar o que havia de especial...

segunda-feira, 12 de setembro de 2005

o espaço vazio

há palavras em que só te escrevo a ti
no intervalo dos meus dedos nasce o desenho dos teus lábios
no fundo das minhas mãos esboça-se a sombra do teu cabelo
sonho que gosto dele despenteado, já te disse?

o tempo arrasta-se pesado por entre os momentos em quase chego a tocar-te

no vazio de pele que sinto materializa-se a tua ausência

Mandem-me estudar, mandem!

You are .exe When given proper orders, you execute them flawlessly.  You're familiar to most, and useful to all.
Which File Extension are You?


Via Bomba

Altos são

Às vezes, a meio das conversas, há muros que crescem no meu silêncio.
Sei nessa altura que tenho ainda uns metros para crescer, para poder ver o outro lado...
Para ser livre.

Faz-me falta o verão

As vezes incontáveis que tropeçamos no mar, que nos misturamos nas ondas, que pisamos a areia...
O sol e o cheiro a creme, o sal a arder na pele, os livros meio lidos, meio dormidos...
O fim da tarde e o silêncio apertado, entre o mar e as gaivotas, a lentidão das horas com que não se faz nada...
O cheiro a maresia por trás do cheiro de peixe acabado de grelhar, as cervejas geladas na mesa...



De todas as coisas boas que vivi este ano, senti especialmente a falta de uma: o verão.

sexta-feira, 9 de setembro de 2005

Negação

- Despacha-te! Olha que está a chover...
- Vou só calçar as sapatilhas e pegar nos óculos de sol!

Passagem

As coisas que tenho para escrever diluem-se no cansaço, na pressão, na angústia das decisões, na falta de sono que têm sido os dias.
Tenho pena que se perca assim uma etapa da minha vida, ou que não se transforme, como tanto gosto, em letras...

Segunda-feira: o dia dos novos (re)começos.
Foi sempre assim...

terça-feira, 6 de setembro de 2005

aquele abraço #2

queria hoje, com esta força bruta que têm as vontades desesperadas, o desenho do teu peito a traçar o meu perfil

What's the weather like?

Tenho prestado pouca atenção ao blog.
Sei que, como é habitual, isso não se reflecte na quantidade de posts que vou deixando.
Talvez se note na repetição dos assuntos, nas poucas vezes que visito os meus memoráveis, na quantidade de links que, qual ciclo vicioso, remetem sempre para mim própria.

Avizinham-se dias nublados, mas brevemente a visibilidade voltará ao normal...
(o que quer que isso seja)

O caminho que terei à frente ninguém sabe ainda qual é.

segunda-feira, 5 de setembro de 2005

Mapa

O meu caminho tem muitas curvas.
Por opção própria escolho-o longo, crio obstáculos imaginários que contorno mais tarde ou mais cedo, esmago-me contra os muros reais.

E, apesar disso, vejo agora que, certo ou errado, acidentado ou custoso, me leva na direcção certa.

Gosto das prioridades que vejo nas minhas escolhas.
(se não em todas, pelo menos em muitas)

(por mais que essas mesmas escolhas não sejam minhas, mas dele)
(por mais que me desfaça no caminho e possa até nem chegar)
(interessa apenas o gozo que dá a caminhada...)

domingo, 4 de setembro de 2005

Quase dor

Há uma força esmagadora no ar que se respira, é a luz que entra a queimar no nervo óptico, o som que faz o estapédio precipitar-se ignorando o reflexo de protecção do ouvido.
Todos os estímulos se esmagam nos nervos, atropelando-se numa corrida desenfreada. Todos rumam para lá...

A sensação não é nova, o meu coração é que é avesso a mudanças...
Mesmo quando o conforto é incompleto.

É a tal sensação de que tudo é finito.
"Irremediavelmente finito".

Não chega a ser dor - é uma quase dor.

quinta-feira, 1 de setembro de 2005

Pequena dúvida

É preferível que a fotografia retrate fielmente a realidade, ou é preferível torná-la melhor, para que mais tarde a recordemos assim?