domingo, 4 de setembro de 2005

Quase dor

Há uma força esmagadora no ar que se respira, é a luz que entra a queimar no nervo óptico, o som que faz o estapédio precipitar-se ignorando o reflexo de protecção do ouvido.
Todos os estímulos se esmagam nos nervos, atropelando-se numa corrida desenfreada. Todos rumam para lá...

A sensação não é nova, o meu coração é que é avesso a mudanças...
Mesmo quando o conforto é incompleto.

É a tal sensação de que tudo é finito.
"Irremediavelmente finito".

Não chega a ser dor - é uma quase dor.

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