quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Pontos da situação

A vida é frágil, demasiado frágil, e demasiadas vezes brincamos com ela.


Tantas vezes me lamentei aqui da falta que me faziam (fazem) pessoas, e de como é triste sucumbirmos às rotinas, deixando passar dias, semanas, meses sem um telefonema, uma mensagem, um sinal qualquer...
Aos poucos sinto-me a embrutecer, a juntar-me à manada...


Como será percebermos, um dia, que não nos resta mais do que um ano, por exemplo? Seis meses? Divido-me entre duas hipóteses, ambas carimbadas pelo desequilíbrio emocional que a integração de semelhante verdade traria: ou se metem pés e mãos ao caminho, tentando aproveitar tudo, ou se desiste, ao perceber que já não é possível, porque o mundo era tão grande que nos comeu.
De fora, parece-me impossível continuar a vida como se nada estivesse para acontecer...


Não sei se sou demasiado ambiciosa em termos pessoais ou demasiado preguiçosa em todos os outros.


O verão aproxima-se do fim e este calor mortiço mantém-se, a comer-me por dentro, deixando-me mole, de olhos baços, sem força para tudo o que me faz falta.
Ao contrário do que sempre acontece, espero agora que o inverno seja mais agradável.
Tento acreditar que as férias que faltam me vão fazer abrir os olhos de vez, e voltar ao equilíbrio que procuro desde que te fiz aparecer.

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