quarta-feira, 18 de maio de 2005

Desculpa dizer-te

Sim, é verdade que ainda penso em ti.
Nunca o admitiria num outro sítio, numa outra altura...
Às vezes pergunto-me se existem fronteiras, e, a existirem, onde estarão desenhados esses limites.
Porque aqui perdem todo o sentido.
Aqui não há espaço para pensamentos ridículos, para sentimentos deslocados, para as coisas que deviam ter sido e não são.
De repente tudo é normal, não há o "deveria ser", sobra apenas o "é".
Os limites são impostos por nós a nós próprios, e ao abrirmos o espaço das nossas verdades elas já não parecem fraquezas, são as coisas que nunca pensamos que os outros pudessem pensar ou sentir, e que afinal são universais.
Ninguém é tão forte como aparenta, a diferença está na forma como nos queremos mostrar.

Sim, penso em ti.
Acredito que ninguém domina as páginas da nossa história de forma a poder dizer que nunca começou, ou sequer que já há muito devia ter acabado.
Sim, devia ter acabado, porque na realidade a nossa história não existe.
No meu universo existe, especialmente quando me sinto mais frágil.
É normal? Passou demasiado tempo?
Tenho consciência que ao passar para fora nada disto fará sentido.
Não faz mal, de certa forma desejo mesmo que não faça.
Tudo são fases, a vida é feita de ciclos.

Às vezes gostava de ler o futuro nos teus olhos.
Se ao menos estivesses mais perto...

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