terça-feira, 27 de abril de 2004

Not your fault

Na verdade não é culpa tua. Quando te vi a primeira vez, a minha imaginação, qual máquina bem oleada, desatou numa viagem sem fim, atribuindo-te forma e cor, carácter, humor e sabor, para além de um cheiro muito característico. À medida que os dias foram passando, fui entrando um pouco mais na tua vida, pé ante pé, devagarinho, e fui-me apercebendo de coisas que correspondiam, de facto, ao que eu tinha construído na tua personagem. Outras não. Fui-me adaptando a elas, e sobre essas pontes contruí novas expectativas, que assim suspensas se desequilibraram. Algumas ruíram. Outras conseguiram ganhar raízes e continuam a crescer. E sobre essas outras, e mais outras.... e outras ainda.....
Se, um dia destes, a imensidão de andares que se elevaram sobre a minha imagem de ti ruir, a culpa é tua?
Obviamente que não.
Quem me mandou executar um projecto ambicioso destes sem consultar um engenheiro?
(e é verdade que até conheço alguns...)

2 comentários:

Anónimo disse...

Até os engenheiros fazem projectos com erros
Paula | Homepage | 28.04.04 - 12:14 pm | #

muska disse...

pois... que será de mim! ;)
Muska | Email | 28.04.04 - 7:22 pm | #