terça-feira, 31 de maio de 2005

Ouvido de passagem... #4

-Costumas sonhar?
-Claro! Desde que acordo até adormecer.

sábado, 28 de maio de 2005

O nome dele

Quando ele lhe foi apresentado, havia duas ou três pessoas no seu universo com o mesmo nome.
Todos temos nomes que, de uma forma ou de outra, soam mais fortes quando pronunciados.
O dele não era um desses nomes.
Quando o ouviu a primeira vez não lhe despertou nenhum sentimento, não soou nenhuma campaínha, não estalaram foguetes no ar...
Apesar disso, aos poucos o nome foi vencendo.
Adquiriu consistência própria, e um sabor espesso e quente sempre que era pronunciado, enrolando-se devagar na língua.
Tinha um som diferente, com as suas consoantes e vogais alternando de forma harmoniosa, quase perfeita, como música a irromper do silêncio e fazendo estremecer as estruturas mais seguras que trazia dentro de si.

A partir daí começou a segui-lo.
(ou seria ele a segui-la a ela?)
Se o via assinado num jornal lia o artigo todo, e se por acaso um cantor assinava como ele, comprava o álbum, se houvesse imagens de outros homens chamados assim, ela recortava-as para as guardar...
O nome deixou de ser nome: era ele.
Como se todos aqueles homens pudessem formar uma massa, fundir-se, misturar-se, e fazer um só...

quinta-feira, 26 de maio de 2005

Naquele dia, quando voaste, preferi ficar contigo, mesmo quando já não eras tu, porque a minha dor era mais suportável do que a dos que te tinham perdido.
E ainda hoje, a deles é a que me dói mais, não é a minha...

Seis meses

Seis meses.
Metade de uma ano.
Às vezes não entendo o que foi feito dos dias e das horas que se viveram.
Ao olhar para trás é tudo uma grande e gigantesca nuvem, às vezes mais branca, às vezes mais negra.

Não passa um dia em que não me lembre de ti.
Em que não me suba aos lábios a eterna interrogação sem resposta.
Sei que há coisas que não a têm, e sei que com o tempo vou ser capaz de deixar de sentir a dúvida como uma dor.


Xiça!!! Tenho saudades tuas...

terça-feira, 24 de maio de 2005

Fugas

Acabara, no entanto, por me render ao fim de tudo.
Como, se era tanto o vento lá fora?
Não poderia ser assim.
Não poderia ser em vão...
Sorri uma última vez ao velho retrato pendurado na parede e parti.

Só queria saber se foi para sempre...

domingo, 22 de maio de 2005

Ainda sobre os olhos....



...e mais não digo...

sábado, 21 de maio de 2005

No use...

"Doctor says it's all fine,
vertigo is all fine
when you are sitting on top of your childhood dreams,
'cause who would't be scared at the top of the stair,
who would't stare before they dare.

Doctor says it's all right,
feeling shit when it's all light,
when luck hits you like a truck,
I keep on walking in the street with luck
and climb over your arms and step on to your charms
and tread over the dreams I had one night.

But there's no use 'cause I can't find you."
Marlango

Este, gostava de o dar pessoalmente...



Por mais que aos poucos tenha conquistado a paz aqui onde me encontro, há coisas que são insubstituíveis...

Incrível

o meu sexto sentido é poderosíssimo: ele adivinha as coisas que as outras pessoas vêem.

Com paixão...

Dentro das nossas fronteiras, o meu coração divide-se por duas cidades.
A terceira, sempre a senti como emprestada.
Deixo aqui ao lado um link que mostra parte de uma:
A Cidade Surpreendente.

sexta-feira, 20 de maio de 2005

Panic Mode



A palavra que não utilizaria normalmente, e que melhor descreve a minha situação actual, e, principalmente, a futura, é demasiado forte para ficar aqui escrita.

Mas a verdade é mesmo essa: estou tão #%$?#&...

Notinha: não quero que se sintam defraudados aqueles que, ao seguirem o link, estiverem à espera de encontrar o Pang original... É só um substituto parecido...

Atrasados...

...os parabéns ao Miguel, por um ano a mostrar o que vê O OLHO DO GIRINO. (E vê mais que muitos sapões que aí andam...)

...os parabéns à Claire Lunar, por dois anos a iluminar as minhas noites com um little black spot.

quinta-feira, 19 de maio de 2005

Como destruir o seu próprio blog
em duas ou três lições com a muska
quem quer que essa seja...



A minha sanidade mental, já de si escassa, tem atingido níveis assustadoramente baixos nos últimos tempos (o último post poderá ser prova disso) (ou então não).
Quase não saio de casa, quase não vejo ninguém, quase não ouço a minha voz a não ser quando recita as páginas que vivem à minha frente...
Ver novelas, e a Ally McBeal todos os dias antes de dormir também não ajudará muito, mesmo que em substituição de um ansiolítico....
Se isto não estivesse perto do fim, talvez acabasse por perder o fio que me liga à realidade....
Ou talvez pudesse, enfim, reparar que faz muito tempo que ele não está lá.
Um dos indícios que aponta nesse sentido é o facto de eu não possuir qualquer resquício de auto-censura no que diz respeito a este blog...
(Eu sei... quando parece que não pode ficar pior...)

quarta-feira, 18 de maio de 2005

Desculpa dizer-te

Sim, é verdade que ainda penso em ti.
Nunca o admitiria num outro sítio, numa outra altura...
Às vezes pergunto-me se existem fronteiras, e, a existirem, onde estarão desenhados esses limites.
Porque aqui perdem todo o sentido.
Aqui não há espaço para pensamentos ridículos, para sentimentos deslocados, para as coisas que deviam ter sido e não são.
De repente tudo é normal, não há o "deveria ser", sobra apenas o "é".
Os limites são impostos por nós a nós próprios, e ao abrirmos o espaço das nossas verdades elas já não parecem fraquezas, são as coisas que nunca pensamos que os outros pudessem pensar ou sentir, e que afinal são universais.
Ninguém é tão forte como aparenta, a diferença está na forma como nos queremos mostrar.

Sim, penso em ti.
Acredito que ninguém domina as páginas da nossa história de forma a poder dizer que nunca começou, ou sequer que já há muito devia ter acabado.
Sim, devia ter acabado, porque na realidade a nossa história não existe.
No meu universo existe, especialmente quando me sinto mais frágil.
É normal? Passou demasiado tempo?
Tenho consciência que ao passar para fora nada disto fará sentido.
Não faz mal, de certa forma desejo mesmo que não faça.
Tudo são fases, a vida é feita de ciclos.

Às vezes gostava de ler o futuro nos teus olhos.
Se ao menos estivesses mais perto...

terça-feira, 10 de maio de 2005

in a twinkling...


peço desde já desculpa pelo incómodo causado aos milhões (poucos mas bons!) de leitores deste blog...

E tu, perdes-te por quê?
ou por quem...

Tenho uma amiga que se perde por olhos claros.
Eu não, eu perco-me por uns vulgares olhos castanhos.
Por uns olhos escuros.
Por uns olhos quase pretos, vivos, brilhantes... divertidos...

sábado, 7 de maio de 2005

Sonho meu

"Sonho meu, sonho meu
Vai buscar que mora longe
Sonho meu
Vai mostrar esta saudade
Sonho meu
Com a sua liberdade
Sonho meu
No meu céu a estrela guia se perdeu
A madrugada fria só me traz melancolia
Sonho meu

Sinto o canto da noite
Na boca do vento
Fazer a dança das flores
No meu pensamento
Traz a pureza de um samba
Sentido, marcado de mágoas de amor
Um samba que mexe o corpo da gente
E o vento vadio embalando a flor
Sonho meu"
Maria Bethania

Preço da Desistência

Não sei se algum dia pensar em ti vai ser diferente de pensar na pessoa que deixei escapar.

(época propícia a este tipo de lembranças...)

sexta-feira, 6 de maio de 2005

Não me doeu

Pela primeira vez em dez anos vou manter-me afastada por completo.
Preparei-me para a dor do dia de hoje, mas acho que cheguei a um limiar onde ando suspensa.
O que era a dor da falta das pessoas, dos ambientes, dos cheiros que se sentem no ar, é hoje um embotamento que me anestesia.

"Sentes que um tempo acabou
Primavera da flor adormecida
Qualquer coisa que não volta, que voou
E foi um triunfar na tua Vida.

E levas em ti guardado
Um choro de um balada
Recordações do passado
O bater da velha cabra.

Capa negra de Saudade
No momento da partida
Segredos desta cidade
Levo comigo para a Vida.

Tu sabes que desenho do adeus
É fogo que nos queima devagar
E no lento cerrar dos olhos teus
Fica a esperança de um dia aqui voltar."
Balada de Despedida do 5º ano Jurídico de 88/89
(escolhida porque marcou os meus últimos dias em Coimbra, e descaradamente roubada daqui)

Os regressos são sempre diferentes, porque é verdade que há qualquer coisa que não volta (que voou...). Mas não faz mal: a simples certeza de que vivi em pleno tudo o que me foi oferecido deixa-me um sentimento bom, dá-me uma paz que nada pode abalar...
Nem a distância...

quinta-feira, 5 de maio de 2005

Magic

5ª Feira
Dia 05
Mês 05
Ano 05
(Guess what? São cinco da manhã...)

Time for a break

Isto é só um truque: assim que digo que quero fazer uma pausa, lembro-me de mil posts que ainda não escrevi...
Ou então não.

domingo, 1 de maio de 2005

Dia da Mãe/Dia do Trabalhador

Parece-me justo.