domingo, 24 de setembro de 2006

arquivo

e devagar, quando os olhos passam rentes às palavras passadas, espanto-me que possam algum dia ter nascido do meu peito

sábado, 23 de setembro de 2006

Quando os ses se transformam em borboletas

Quando ela acabou de falar eu só soube dizer

"Não quero ouvir isso"


Mas já tinha ouvido.

Então, para mim mesma, pensei que não comentaria aquele assunto com ninguém.

nem comigo mesma

sem rede

era de noite e eu viajava a alta velocidade, apenas com um ligeiro atraso luz/som
as letras faiscavam de forma resumida pelas janelas abertas, mas fui-as fechando

uma
a
uma


e fiquei (de novo) entregue a mim mesma

como no princípio

domingo, 17 de setembro de 2006

Carioca

Esta é a prenda que dei a mim própria este ano:


(ligeiramente antecipada, apenas...)

Dúvida #? (já lhes perdi a conta...)

Os defeitos são-no porque nos prejudicam, ou porque prejudicam os outros?

Pequeno comentário ao post anterior

Foi, talvez, o acontecimento mais importante de toda a minha vida, e nem foi mencionado neste espaço, onde sempre gostei de ir deixando um pouco das coisas que me marcaram.
A verdade é que, mesmo vendo tudo concretizado, às vezes tenho ainda a sensação que é um sonho... E a verdade é que este espaço se foi desligando do meu dia a dia, e se aqui voltei para escrever (ainda que espaçadamente) as baboseiras do costume, então porque não escrever sobre isto?

Bem-vinda!




"Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.

Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.

E cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.

De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade."
As mãos, Manuel Alegre

14.07.2006

sexta-feira, 8 de setembro de 2006

soluços

Andei com o último post que escrevi uns dias na cabeça.
Já nem me lembro da última vez que tive um "pensamento-post", por isso decidi não o desperdiçar (senão seria apenas mais uma luz acesa...)

Continuo a sentir falta deste espaço, mas ainda não consegui criar o espaço onde ele caiba no meu dia a dia.

Talvez, também, pelo facto de ainda não ter chegado.

As previsões mantêm-se: lá para novembro, que o caminho continua longo.....

No poupar é que está o ganho

Quando passo de uma divisão da casa para outra qualquer insisto em apagar a luz.

Como em tantas outras coisas, chega a roçar a obsessão esta coisa de economizar, e às vezes movimento-me às escuras...

E nem sei como, dei por mim a analisar a história de eu pensar mais nas pessoas do que elas em mim...

Todas essas vezes em que eu penso sem ser correspondida, são como deixar a luz acesa sem ninguém para a aproveitar. A luz fica ali, a derreter-se numa divisão qualquer, a gastar, a consumir, a desperdiçar...
Ninguém se apercebe, sequer, de que ela lá está...

O que é pena, porque assim todos nós (nos) poupávamos um pouco mais.