À noite a estrada era negra à minha frente.
O dia foi cheio das coisas que gosto de fazer: dormir sem prazo para acordar, sair rumo à praia, sol, sal e água gelada para reanimar, chegar e correr com a música certa nos ouvidos, esgotar-me, levar-me ao limite, e no fim um banho longo.
Para terminar dei por mim a caminho, e pensei na quantidade de vezes que o instinto me puxou para cá...
Estou bem, aqui, mas acabo sempre por adiar a viagem o mais possível.
É que à noite a estrada é negra à minha frente.
E com a música a rodear-me, a vontade é tragá-la, engoli-la, fazê-la até onde acabam as estradas...
28.05.2006