Para que raio escrevo eu aqui???
Houve uma altura em que me parecia legítimo explicar tudo o que não era capaz de dizer ou fazer, e tudo o que, fazendo, não resultava propriamente de acordo com as minhas intenções, numa folha de papel, cheiinha a abarrotar de palavras azuis.
Hoje percebo que isso não faz sentido, já.
As coisas que não se fizeram ou que não se disseram e que tinham que ter sido ditas e feitas não cabem em cartas, tal como não cabem todos os nossos actos falhados.
Crescemos (crescemos?), assumimos os nossos erros, e se quisermos falar deles e retractar-nos devemos agir e falar, e não esconder-nos em letras.
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