terça-feira, 2 de outubro de 2007

Ninguém joga este jogo

Outras coisas deviam ter mudado.

Percebi que o medo não me impede de avançar, de abrir as portas, de jogar.
Tenho medo, sim, mas quando o tipo à esquerda assume o comando, torna-se difícil controlar as coisas.
E mesmo sabendo que não pode ser assim, que as regras pelas quais se regem todas as pessoas à minha volta não permitem que se jogue desta maneira, eu avanço. E à medida que avanço tiro a camisola, esqueço a pele, e exponho-me desprotegida.

Ninguém joga este jogo.

Até hoje só conheci um jogador, e desistiu no fim da primeira parte. A maioria não dura nem cinco minutos.

Eu sei disso.

Não percebo porque não páro.
Pelo menos a tempo de um empate...

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