sexta-feira, 30 de novembro de 2007

mais pontos (de situações?)

fazer as coisas contrariada torna tudo muito mais difícil. sei disto, mas não o consigo evitar, por isso me está a custar tanto.

trabalhar em coisas sem acreditar nelas é verdadeiramente improdutivo.

continuo a não saber gerir os meus sentimentos em relação às prioridades das vidas alheias. são alheias, por isso não tenho nada a ver com isso. se é assim simples, porque não é fácil de aplicar?

às vezes gostava mesmo de ser desligada. como não sou, irrito-me comigo própria por não conseguir ser, e com os outros apenas porque são alvo da minha ligação. (como se fosse uma coisa unidireccional...) (e às vezes parece ser, de facto.)

é quinta-feira à noite (ou será sexta, já?) e eu estou com um humor digno de domingo à noite. devia (seriamente) ponderar ficar...

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

...

dei por mim a pensar que talvez lembre mais o dia em que partiram do que aquele em que chegaram... e depois percebi como é irónico (ou talvez não) que a data de uma partida seja a da outra chegada, e a da outra chegada outra partida...

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

A melhor juventude



Ter acabado hoje o filme quase parece de propósito, mas não foi...

Passaram três anos e sinto-me, pela primeira vez, longe.
Diz-se que há coisas das quais o tempo trata, mas o tempo tem formas estranhas de nos afastar...

E dou por mim a perguntar se cheguei a ver aquilo que tinhas para mostrar. Na minha visão romântica das coisas gosto de acreditar que sim, mas as rotinas de cada dia tornam-no difícil... Mas era isso, não era? Acreditar? Sempre? Se não foi o que fizeste... era isso?

Terias orgulho em mim? Saberias compreender-me?

Duvido.
Nos dias que passam não me orgulho das minhas escolhas, e vivo, apesar disso, presa a elas.

O tempo acalmou tudo, mas as dúvidas souberam resistir-lhe... as saudades que tenho tuas, vossas, também.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Burra, eu?

Na realidade (estou sempre a escrever isto...) cheguei à conclusão que não sou uma pessoa inteligente.
Se fosse não escrevia estas coisas no blog.
Não escrevia nada neste blog.

E ter noção disso e continuar não abona muito em meu favor...

Foi você que pediu para se apaixonar?

E entramos directamente na fase ácida da coisa.

Qual é o interesse de uma pessoa se apaixonar?
Sim, a vida parece mais colorida, mais musical, mais rica, mais sei lá o quê....
E sei lá o quê porque não sei.
Porque depois isso passa e fica só um vazio que já não cabe no espaço que o vazio anterior ocupava.

Preferia andar bem e ser eu bem outra vez, é só isso.

(e negarei até ao fim dos meus dias ter escrito este post...)

Enquanto ela não chegar, pelo menos...

Este é um velho hábito, que talvez o seja porque resulta...

Agarro-me a tudo à minha volta.
Preciso de me ocupar, de procurar pessoas, muitas pessoas, de fazer jantares, de ir a ensaios e a cafés, de me distrair da minha própria vida...

would you go along with someone like me?

"if i told you things i did before
told you how i used to be
would you go along with someone like me
if you knew my story word for word
had all of my history
would you go along with someone like me

i did before and had my share
it didn't lead nowhere
i would go along with someone like you
it doesn't matter what you did
who you were hanging with
we could stick around and see this night through

and we don't care about the young folks
talkin' bout the young style
and we don't care about the old folks
talkin' 'bout the old style too
and we don't care about their own faults
talkin' 'bout our own style
all we care 'bout is talking
talking only me and you

usually when things has gone this far
people tend to disappear
no-one will surprise me unless you do

i can tell there's something goin' on
hours seems to disappear
everyone is leaving i'm still with you

it doesn't matter what we do
where we are going to
we can stick around and see this night through

and we don't care about the young folks
talkin' bout the young style
and we don't care about the old folks
talkin' 'bout the old style too
and we don't care about their own faults
talkin' 'bout our own style
all we care 'bout is talking
talking only me and you"
Peter Bjorn and John, Young Folks

A velha história das calibrações....

"De nós, é ele o mais feliz, num certo sentido; não tem nenhuma ideia preconcebida do que deseja em troca do seu amor. Amar assim, sem premeditação, eis o que todas as pessoas deviam aprender(...)"
Lawrence Durrel, Justine (página 81, Olisseia)

Acredito que este é um dos caminhos para a felicidade.
Também acredito que existem mais.....

Dos exageros...

Não espero exageros em troca (acho até que não saberia geri-los, se fosse ao contrário) (o que também explica muita coisa...).

Na realidade sei que, estando em fase, bastam pequenos feedbacks para me manter a funcionar em alta rotação.

sábado, 17 de novembro de 2007

diários (ou quase) - parte x
[ou: a personagem principal da minha vida não sou eu :b]

"A viagem aproxima-se do fim, e, ao contrário do que costuma acontecer, não tenho sentimentos definidos em relação a isso.
Se por um lado tenho medo do regresso às rotinas e ao buraco negro em que me estava a fechar aos poucos, por outro tenho alguma vontade de voltar, quase uma impaciência, como se já não houvesse mais nada para ver aqui.

Sei que isso não é verdade: havia muito mais para ver aqui.
A questão é só a do costume: o que faz toda a diferença em tudo o que faço, vejo e sinto......


E neste sítio bonito, numa realidade tão distante da que vivo no dia-a-dia, as minhas considerações são as mesmas. E talvez isso, mais do que qualquer outra coisa, esteja errado.

Devia aproveitar esta água que se atira da montanha em queda livre para me lavar, deixar que o barulho ensurdecedor que faz ao ruir nas pedras me chegue pelos ouvidos à alma, sentir o seu cheiro vazio, insípido e límpido, e conduzi-lo pelas narinas, faringe, laringe, brônquios, bronquíolos, alvéolos, gás no sangue, oxigénio novo para o meu coração cansado, que bateu até ficar com a língua de fora só para que eu pudesse chegar hoje aqui, onde estou neste preciso instante: numa ponte de metal sobre uma cascata que desagua na grande mãe. De pé, mas sempre pouco segura nas minhas próprias pernas, dentro do meu próprio corpo, apesar do aspecto robusto que passo em pose atlética, de mochila às costas e botas de montanha."

03.11.2007

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

ou será ao contrário?

estou mais crescida, mas não estou maior

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Passa ave, passa...

"The World is a bridge, pass over it, but build no houses upon it. He, who hopes for a day, may hope for eternity: but the World endures but an hour."
Attrib. to Jesus Christ

... e ensina-me a passar!
Alberto Caeiro

(duas citações num só post, que espectáculo! nada como umas férias para alguma inspiração...)