As horas em que o blogger devia impedir-me de escrever. Parte XX.
O mais curioso é eu enganar-me a mim própria.
Há coisas que me doem para além do inimaginável. Do suportável.
Será da hora? Da envolvência?
Não faço ideia.
Fico na minha concepção de que há um caminho, uma solução, mas quando descubro que a estrada já foi caminhada milhões de vezes, que já é conhecida por todos, fico triste. Fico triste porque ninguém me avisou que era assim. Porque posso caminhar quilómetros à espera daquelas palavras, daquele olhar, daquele gesto que jamais existirá, e o meu caminho é vão.
Não serve para nada.
Ninguém o vê.
Ninguém o sente.
Esta é a hora a que o blogger devia impedir-me de escrever.
Mas ninguém tem mão em mim.
E o mais triste é o mar cair dos meus olhos, como se não houvesse gravidade, e eu perceber que nem eu tenho... Nem eu tenho mão em mim.
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