domingo, 6 de março de 2005

Em estado sólido

Desde que me lembro de gostar, de querer estar perto, de ter medo de perder, que me lembro também de precisar de provas físicas, que me demonstrassem que os sentimentos eram reais, e não apenas fruto da minha imaginação.
Uma pequena lanterna num porta-chaves que acendia em segredo debaixo dos lençóis, uma cassete gravada por alguém especial, as cartas que me escreviam, as centenas de fotografias que tiro (das quais acabo por nem aproveitar metade)...
Em tudo eu procuro congelar o momento para não o perder, para ter a certeza de que realmente existiu...

Ao ler este post do Alexandre revi-me inteiramente no conceito de Serviço de Memórias Simples...

Sou uma verdadeira coleccionadora de momentos em estado sólido.

Adenda: e sim, sempre que volto a ler as mensagens, ou olho para as fotografias, ou leio o que ficou escrito, tenho a certeza de que fui, e sou, amada...

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