terça-feira, 21 de agosto de 2007

O que aí vem há-de chegar

Não tenho muito para dizer, e isso poderá (ou não) ser um bom sinal.
Os dias são lentos, as horas passadas comigo não se apressam, nem eu com elas.
Habituo-me de forma assustadoramente rápida a este vazio de contactos, e todo e qualquer movimento de contradição cresce em esforço.

Mas sabe-me bem esta paz: não penso, não vejo, não falo, não sinto.

Armazeno energia e tenho esperança de não estar a trabalhar em sentido negativo.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

As férias devem ser assim?

Os dias passam devagar, e ao mesmo tempo depressa demais.
Acordamos quando abrimos os olhos, comemos porque o corpo o pede, amolecemos ao sol e ganhamos forma na água.
Arrastamo-nos para outros sítios por estradas poeirentas, paramos para fotografias e voamos nas músicas.

Ao fim da tarde tudo pára.

Bebe-se um copo, enrolam-se caracóis em palitos, e atira-se conversa ao ar, mas não se joga fora. Conseguimos que alguma chegue bem dentro.


Na simplicidade dos momentos partilhados reside qualquer coisa tranquila, de paz, que sem ter forma me enche por dentro...

domingo, 19 de agosto de 2007

O dia em que a noite se desprendeu do mar

A água era morna, a temperatura próxima à que se respirava cá fora, e as ondas rebentavam em dois sentidos opostos, anulando-se umas às outras.
Ao fundo, algures entre o mar e o céu, havia uma barra escura, e a noite crescia daí, em azuis, laranjas e violetas...

À esquerda havia um penhasco, e logo ao lado crescia a lua nova.

As estrelas começavam a polvilhar o céu, e eu entrei...

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Ídolos?

Há pessoas para quem olhamos, definitivamente, para cima.

Hoje dei por mim a pensar que devia expressar a admiração que sinto, o quanto saio maior de algumas conversas, e como percebo que há caminhos que eu queria, para continuar a crescer, aprender a seguir.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Aproxima-se um tempo de mudanças

À medida que o tempo passa percebo que fugir não é solução.
Tenho notado no meu percurso de vida uma certa tendência para ir de encontro ao que mais me assusta. E é verdade que aos poucos os medos vão desaparecendo, diluem-se nos hábitos, dão lugar a outros.

Pela primeira vez em muito tempo achei que estava farta de preocurar sempre o que me faz mal, e fugi.
E de cada vez que dobro uma esquina percebo que os fantasma que quero evitar estão à espreita, avisando-me do perigo que corro se continuar a virar-lhes costas.

sábado, 4 de agosto de 2007

sinais

podia ter ido.

num dia lamento-me porque me faltam as pessoas, no outro desperdiço companhias raras e por isso preciosas

não sei se devo interpretar isto como mais um sinal de que algo não está a funcionar como era suposto.
não é da minha natureza ceder ao cansaço, à dor de cabeça, e às coisas que me fizeram ceder, em detrimento de bons momentos em boa companhia.

talvez seja bom não tentar interpretar nada.

não estou em paz.

amanhã é outro dia.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

ele há coisas...

já tenho os sapatos calçados e ainda não os paguei...

Falta quem me carregue as baterias

O dia esteve quente, como têm estado os dias desde que começou este verão tardio.
Para compensar um pouco, e aproveitar que há um rio à beira do qual está mais fresco, arrastei-me para fora de casa.

O caminho de regresso foi feito devagar, a ouvir a música sem a ouvir de facto, porque vinha a pensar que uma ou duas horas de contacto diário (quando o é...) com pessoas que falam, que têm vidas, que querem saber das minhas, não são suficientes.
A mim não me chegam.

E é por isso que este ano estou cansada, e preciso de sair daqui.
(e é isso que me tem feito pensar,ultimamente muito mais, se estou no caminho certo)