sexta-feira, 30 de abril de 2004

Alguém me diz que não é assim?

"A amizade é semelhante a um bom café; uma vez frio, não se aquece sem perder bastante do primeiro sabor"
Kant, Emmanuel (mais uma das citações aqui do lado...)

Porque é que não quero acreditar, mas no fundo sei que é verdade?
Não é, afinal, sobre isso que tenho escrito desde que criei este blog???

E com um sorriso nos lábios desliguei o telefone.
Não consigo dizer só com palavras o quanto fiquei feliz por teres ligado...
(lembro-me de ter estudado que a tendência do universo é para o equilíbrio. Hoje foi assim, a tristeza de algumas ausências do outro lado foi compensada com a alegria da tua presença...)

"Investimento emocional"

E assim, em busca do equilíbrio, mergulho nesta tentativa de distância que me deixa ainda mais frustrada.
Estou completamente desorientada em relação a coisas de que nunca duvidei, e com a certeza de quando me encontrar vou estar de novo sozinha. Se é assim, valerá realmente a pena? Terá valido a pena? Sei que sim, e no entanto...

Disseste-me que tinha sido um bom investimento, e que, como em todos os bons investimentos, era preciso lutar para manter as coisas a andar, e se necessário investir mais. Disseste ainda que por ti investirias sempre mais, porque tinhas a certeza de não ter nada a perder...
Respondi-te: "Tenho mesmo que olhar para cima, quando olho para ti!" E é verdade. Admiro essa certeza, essa entrega sem medos. É verdade que não há nada a perder, pior dificilmente fica. Mas de cada vez que caio tenho mais dificuldade em levantar-me, parece que o corpo me pesa das cicatrizes que tem e não quer caminhar de novo, tem medo de voltar a fundir-se com o chão...

Estou a lutar comigo própria para não cair. E sei que esta luta desigual dói ainda mais do que o contacto bruto com o tapete.

O que é especial fica remitido para a velha arca da memória.
No final, para o dia-a-dia, restam as banalidades.....

Porque é que tem que ser sempre assim?

quinta-feira, 29 de abril de 2004

Mais um para a conta...

E assim descobri para que nível do Inferno serei mandada... Quando morrer, ou então mais daqui a um bocado. Não é tudo o mesmo?

The Dante's Inferno Test has banished you to the Third Level of Hell!
Here is how you matched up against all the levels:

LevelScore
Purgatory (Repenting Believers)Low
Level 1 - Limbo (Virtuous Non-Believers)Moderate
Level 2 (Lustful)High
Level 3 (Gluttonous)Very High
Level 4 (Prodigal and Avaricious)Moderate
Level 5 (Wrathful and Gloomy)Low
Level 6 - The City of Dis (Heretics)Low
Level 7 (Violent)Moderate
Level 8- the Malebolge (Fraudulent, Malicious, Panderers)High
Level 9 - Cocytus (Treacherous)Low

Take the Dante's Inferno Hell Test

E foi assim...

...um dia...

...uma tarde sobre a terra...



Numa folha qualquer...

Estou morta e só me apetece cair na cama. Um cansaço saudável, de um dia de trabalho feito com (MUITO) gosto.
De qualquer forma, vim aqui à procura de um sinal. E encontrei-o, no fim da página.
Sabes que estarei ao teu lado nesta viagem, acompanhando sempre os teus passos... e com um orgulho indescritível por ter visto nascer qualquer coisa que só trará mais cor à "blogosfera".... :)

terça-feira, 27 de abril de 2004

... e do pó que ficar, na nuvem de escombros, restará, pelo menos, o cheiro???

Not your fault

Na verdade não é culpa tua. Quando te vi a primeira vez, a minha imaginação, qual máquina bem oleada, desatou numa viagem sem fim, atribuindo-te forma e cor, carácter, humor e sabor, para além de um cheiro muito característico. À medida que os dias foram passando, fui entrando um pouco mais na tua vida, pé ante pé, devagarinho, e fui-me apercebendo de coisas que correspondiam, de facto, ao que eu tinha construído na tua personagem. Outras não. Fui-me adaptando a elas, e sobre essas pontes contruí novas expectativas, que assim suspensas se desequilibraram. Algumas ruíram. Outras conseguiram ganhar raízes e continuam a crescer. E sobre essas outras, e mais outras.... e outras ainda.....
Se, um dia destes, a imensidão de andares que se elevaram sobre a minha imagem de ti ruir, a culpa é tua?
Obviamente que não.
Quem me mandou executar um projecto ambicioso destes sem consultar um engenheiro?
(e é verdade que até conheço alguns...)

segunda-feira, 26 de abril de 2004

Enfim...

...o sol, por entre as nuvens.....



Alterei algumas coisas nos últimos posts. Não gosto de o fazer, mas por respeito às pessoas a quem eram dirigidos, e por respeito a mim própria abri a excepção.
Como quando se fala, às vezes também é preciso ter cuidado com o que se escreve, com a vantagem de que neste último caso ainda temos, às vezes, a hipótese de corrigir o que está mal ou o que é excessivo.
Porque há alturas em que perco definitivamente a noção e dramatizo....

Está um sol enorme, um cheiro a verão no ar, e por respeito a essas maravilhas da natureza estou hoje mais bem diposta... Oxalá continue o bom tempo!

Sobre os blogs...

Encontrei esta conclusão sobre os blogs. Cada vez mais me convenço que este universo é algo fascinante, que não tem descrição possível.... Só vendo, lendo, e lendo outra vez......................


"When you say "blog" most people think of the most popular weblogs, which are often updated multiple times a day and which by definition have tens of thousands of daily readers. These make up the tip of a very deep iceberg: prominently visible, but not characteristic of the iceberg as a whole.

What is below the water line are the literally millions of blogs that are rarely pointed to by others, since they are only of interest to the family, friends, fellow students and co-workers of their teenage and 20-something bloggers. Think of them as blogs for nanoaudiences.

Nanoaudiences are the logical outcome of continued growth in blogs. Assume for a moment that one day 100 million people regularly read blogs and that they each read 50 other peoples’ blogs. That translates into 5 billion subscriptions (50 * 100 million). Now assume on that same day there are 20 million active bloggers. That translates into 250 readers per blog (5 billion / 20 million) - far smaller audiences than any traditional one-to-many communication method. And this is just an average; in practice many blogs have no more than two dozen readers.

Blogging is many things, yet the typical blog is written by a teenage girl who uses it twice a month to update her friends and classmates on happenings in her life. It will be written very informally (often in "unicase": long stretches of lowercase with ALL CAPS used for emphasis) with slang spellings, yet will not be as informal as instant messaging conversations (which are riddled with typos and abbreviations). Underneath the iceberg, blogging is a social phenomenon: persistent messaging for young adults.

An iceberg is constantly dissolving into sea water, and the majority of blogs started are dissolving into static, abandoned web pages. Right now, though, this iceberg is moving so quickly into arctic waters that it is gaining mass faster than it is losing it. The key is that an iceberg is never what it appears, and so it is with today’s blogging community."

-- Jeffrey Henning
COO
Perseus Development Corp.

em http://www.perseus.com/blogsurvey/thebloggingiceberg.html

domingo, 25 de abril de 2004

"Há doenças piores que as doenças,
Há dores que não doem, nem na alma
Mas que são dolorosas mais que as outras.
Há angústias sonhadas mais reais
Que as que a vida nos traz, há sensações
Sentidas só com imaginá-las
Que são mais nossas do que a própria vida.
Há tanta coisa que, sem existir,
Existe, existe demoradamente,
E demoradamente é nossa e nós...
Por sobre o verde turvo do amplo rio
Os circunflexos brancos das gaivotas...
Por sobre a alma o adejar inútil
Do que não foi, nem pode ser, e é tudo.

Dá-me mais vinho porque a vida é nada."

Fernando Pessoa

Teen

Já não tenho idade para estas coisas.
A adolescência acaba quando?...

É tarde e já não devia aqui estar. Muito menos a escrever, muito menos aqui, mas neste momento é mais forte do que eu.
Amanhã posso sempre apagar. Mas também sei que dificilmente o farei. Sei que a noite tem destas coisas, amanhã tudo vai parecer-me menos dramático, mas não menos verdadeiro.

Estive lá contigo.




Sabia que este momento se aproximava.
Tenho pena, mas sei que tem que ser.
Vou continuar aqui. Vou continuar disponível.
Mas não sei se consigo continuar a lutar.
Isto é só o início. Se calhar devia dizer-to. Não sou capaz. Já não te posso dizer tudo.
Desculpa.

Amsterdam

(e de repente aqui tão perto... Demasiado perto.)

come on, oh my star is fading
and i swerve out of control
and if i, if i'd only waited
i'd not be stuck here in this hole


come here, oh my star is fading
and i swerve out of control
and i swear i waited and waited
i've got to get out of this hole


but time is on your side, it's on your side now
not pushing you down and all around
it's no cause for concern

come on, oh my star is fading
and i see no chance of release
and i know i'm dead on the surface
but i am screaming underneath


and time is on your side, it's on your side now
not pushing you down and all around
oh it's no cause for concern

stuck on the end of this ball and chain
and i'm on my way back down again

stood on a bridge, tied to a noose
sick to the stomach
you can say what you mean, but it won't change a thing
i'm sick of our secrets
stood on the edge, tied to a noose
but you came along and you cut me loose

you came along and you cut me loose
you came along and you cut me loose

Coldplay

Hoje

não me apetece escrever...
Assim sendo, nem sei o que estou aqui a fazer.

Queria ser capaz de me explicar, mas não sou.
Cá dentro este vazio.
Esta ausência que me preenche todos os cantos, que teima em empurrar tudo o que ainda me segura para fora, para longe.

E eu aqui, a tentar segurar-me, quando as mãos estão a escorregar cada vez mais, lentamente.
Dolorosamente.

sábado, 24 de abril de 2004





sexta-feira, 23 de abril de 2004

"Cada dia que passa é mais
Uma nuvem. Branca, leve....
Mas lá tão longe e inatingível,
Que todas as vezes que pego
Na caneta para a descrever
Sinto que tenho que ganhar
Asas para lá chegar.
E, meu Deus! Estou tão pesada!
Que é feito da energia
Que me consumiu? Será
Que ardi e agora não sou
Mais do que o esqueleto e as
Cinzas do que fui um dia?
Não é justo.
Amanhã o céu vai estar negro,
E se tudo correr bem há-de
Cair uma boa chuvada,
Água gorda e pesada como eu
Estou a cair do alto e a
Escorrer-me por toda a
Cara, e a transformar o
Risco que trago no cabelo
Num regato, que, sem dúvida,
Há-de vir desaguar aos meus
Olhos.
E com sorte os relâmpagos
Vão riscar os céus como
Giz nos quadros da primária,
E hão-de fazer muito barulho,
E nós havemos de tremer...
Cá dentro, hei-de lutar para sair.
Deixar-me atingir, rezar para
Que me caia o céu em cima
E me parta o molde que visto
Por fora...
Para ver se finalmente consigo
Escapar-me de mim própria,
Fugir e correr, andar sem parar
Até chegar e molhar os pés
Na água salgada e gelada.
E acordar para a vida...
Não é, afinal, o que me falta?

Hoje ainda, a noite é longa
E desesperante.
Sinto-me como sou: fraca.
Quero dormir para acordar.
Amanhã.
Com a chuva."
AS; 04Fev2001

"O Inverno mantém-se incansável
Lá fora, com a chuva a martelar
Monotonamente sobre todas as esperanças que me criei, e que nem assim derretem...
Cá dentro continuo à espera.
Sento-me inquieta e tento distrair-me.
Leio e escrevo, ouço televisão e vejo a mesma música de sempre:
Ninguém vai chegar...
A noite vai correndo imperturbável,
Calma e serena, mole e preguiçosa,
De dias passados no sofá,
Inúteis, cansados à nascença.
E eu olho lá para fora, para a chuva que nem vejo nem ouço
Através dos vidros embaciados.
E espero.
Cá dentro do peito nasce uma
Angústia disfarçada que se vai
Alimentando a si própria,
Crescendo, alargando e aumentando,
Comprimindo todas as tentativas
De abstração...
Já não quero esperar mais.
Levantar-me e abrir as portas da minha cabeça,
Arrancar os olhos ao telefone e sair à chuva,
Molhar-me, ter frio, acordar com a noite...

Mas o aquecedor acende-se em resposta ao termostato.
Mudo de canal."
AS; 06Jan2001

A outra

Às vezes sinto-me como se andasse à tua procura neste novo emaranhado de conversas à distância e encontros ocasionais que se criou. E se há alturas em que te vislumbro, na maior parte das vezes vejo uma nova pessoa que ainda não conheço muito bem. Sinto falta da "outra", esta tem muito menos paciência, muito menos tempo, muito menos tudo. É a ordem natural das coisas, já sei. Nem sei porque achei que ia ser diferente. É assim a vida....

E depois dou por mim a pensar se não sentirás o mesmo. Se não andarás também à minha pocura. Se não me encontrarás só de longe a longe...

Não sei se algum dia iremos falar sobre isto...





Xiça, tenho saudades tuas!!!
(e de novo este , que não é da faringite...)

Bónus

Doía-me a cabeça. Tomei dois comprimidos.
Não passou.
Deitei-me um bocado. Adormeci e só acordei agora.
Dói-me mais a cabeça.
Mas alegrem-se as almas: estou mal-humorada por ter dormido demais! Tive direito a um bónus....

180Km/h

Se este fosse o início de mais um fim-de-semana como os outros já ia a caminho. Ia saber-me infinitamente bem passar depressa naquela recta a seguir a Aveiro (acho que é...) e ver o sol ao meu lado, a acompanhar-me, por saber que lá, para onde vou, há o calor que importa: aquele que atravessa todas as camadas da pele, fascias e músculos, ossos e serosas para chegar ao fundo, onde está a alma.

Desta vez fico em terra.
Por isso pareço uma barata tonta, sem saber com que me ocupar, sem ter onde por as mãos, os pés, os olhos...

Às vezes nem me pergunto, tenho a certeza: nunca vou encontrar-me aqui.
Os caixotes continuam fechados na garagem.

quinta-feira, 22 de abril de 2004

Decidi começar de novo.

Sem ter a ver directamente

com o Sr Major...

Li no Barnabé um post que resume muito bem a actual situação política, económica, social, cultural, desportiva, etc, etc....
Acho que os fabricantes desistiram de fabricar tachos e panelas: agora vem tudo em trens de cozinha...

(e eu que nem sou nada de comentar estas coisas... Mas achei piada!)

quarta-feira, 21 de abril de 2004

Todas as noites é a mesma fita... Pareço aqueles miúdos mimados, que nunca querem ir para a cama quando os pais mandam.... Mas a verdade é que o meu espírito não está preparado para passar assim a noite a dormir. Escusado será dizer que ainda está menos para passar a manhã acordado!
Não sei se algum dia me vou convencer de que tem mesmo que ser. E os meus pais sempre me disseram: "o que tem que ser tem muita força"...
A comprová-lo o facto de me estar a preparar para recolher ao quentinho que ainda não está, mas vai ficar, debaixo do edredão (é assim?).

Bem, e assim sendo ainda não é desta o cessar-fogo.

Data a afixar???...........................................................

........................................... e nunca mais passa.

E quero que passe? Quando passar algo se perdeu para sempre.
Acho que é disso que tenho mais medo.
E neste momento não estou a pensar só em ti. Estou a pensar em vocês.
E estou a pensar que não quero perder....

Dói como o ......................................................

Ia escrever mas apaguei tudo. Tudo tudo não: ficou isto.

Passo a passo

Sei que ainda é muito pequeno o meu contributo, mas às vezes adoro MESMO o que faço!
Passo a passo talvez me esteja a encaminhar, e por mais que as dúvidas tenham tendência a prevalecer sempre, é bom que apareçam, de vez em quando, estas clareiras, para que eu possa ver o caminho.

Obrigada "Eq. B"!

Ainda...

Detesto esta luta comigo própria: se eu ganhar não sei o que vai ser de mim.....

terça-feira, 20 de abril de 2004

E isto foi um sonho...

Numa cidade movimentada, daquelas imensas, onde as pessoas se atropelam por entre o trânsito infernal, uma pequena alma estava deseperada. Saída há pouco de casa, estava completamente perdida na vida, e pior ainda: estava sozinha.
Ao cruzar uma esquina deparou-se com uma livraria, portas abertas, e decidiu entrar.
Lá dentro o ar estava calmo, silencioso, e à sua frente havia um espaço que convidava à exploração: estantes a vibrar com letras, histórias, novidades, vida.... Lembrou-se de alguém que conhecia e dirigiu-se à secção infantil.... Em busca do sonho.
E ao folhear um livro deparou-se com a ilustração de um homem ainda novo, um jovem índio, que se afundava nas profundezas de um mar verde escuro. Tinha um olhar desesperadamente calmo, como que de resignação por se juntar aos seus antepassados perdidos, e ela, ao ver aquela imagem, não resistiu a tocar-lhe na mão estendida, morena...
E então algo insólito se passou: sentiu-se a flutuar e ao olhar para baixo lutava com o peso morto desse desconhecido, para o trazer à superfície, agarrando firmemente a sua mão... E conseguiu. Ao seu lado encontrou uma jangada (toda a gente sabe que os índios usam canoas....) e conseguiu içar-se, e depois ao índio.
Não sei o que se passou entretanto, mas o tempo foi correndo e o dia longo estava a chegar ao fim. Em casa daquele homem, uma cabana perdida entre folhagem densa, junto à praia, começava agora a anoitecer, e depois do calor do encontro, ela estava com frio, tinha sono. E estava de novo sozinha.... Percorreu as divisões escuras à procura do conforto que lhe tinha dado aquele desconhecido, até sentir o pêlo de um animal debaixo dos pés: um tapete? Ao pegar-lhe descobriu tratar-se do que restava de um animal há muito desaparecido naquele sítio, a julgar pelo sol que tinha sentido durante o dia... E embrulhou-se naquela pele esquecida, adormecendo no mesmo instante....





Os dias passaram. Naquela livraria imensa está um menino, que procura a prenda prometida. Gosta de animais, e há aqueles livros engraçados, com a forma de um leão, ou com a forma de uma ovelha.... Alegre, pega no que mais lhe agrada: tem a forma de um urso polar. E qual não é a sua surpresa quando, ao abri-lo, encontra lá dentro uma menina, jovem, a tremer de frio......

De qualquer forma, a minha pele está um pouco melhor! (espero...)
(sem ofensa à Madre, coitadinha!)

Copiona

Não posso ver estes testes em lado nenhum sem sentir uma quase obrigação (compulsão?) para os fazer....
E ainda por cima para descobrir estas coisas!!! Tenho que comprar o hábito, quer-me parecer.... :S


segunda-feira, 19 de abril de 2004

Happiness is the way (Buda)

"Convencemo-nos que a vida será melhor depois...
Depois de acabar os estudos, depois de arranjar trabalho, depois de casarmos, depois de termos um filho, depois de termos outro filho. Então, sentimo-nos frustrados porque os nossos filhos ainda não são suficientemente crescidos e julgamos que seremos mais felizes quando crescerem e deixem de ser crianças, depois desesperamo-nos porque são adolescentes, insuportáveis.
Pensamos: «Seremos mais felizes quando esta fase acabar!»
Então decidimos que a nossa vida estará completa quando o nosso companheiro ou companheira estiver realizado, quando tivermos um carro melhor, quando podermos ir de férias, quando conseguirmos uma promoção, quando nos reformarmos. A verdade é que NÃO HÁ MELHOR MOMENTO PARA SER FELIZ DO QUE AGORA MESMO! Se não for agora, então quando?
A vida está cheia de depois, de reptos. É melhor admiti-lo e decidir ser feliz agora, de todas as formas. Não há um depois, nem um caminho para a felicidade, a felicidade é o caminho e é AGORA! Deixa de esperar até que acabes os estudos, até que te apaixones, até que encontres trabalho, até que te cases, até que tenhas filhos, até que eles saiam de casa, até que te divorcies, até que percas esses 10kg, até sexta-feira à noite ou Domingo de manhã, até à Primavera, o Verão, o Outono ou o Inverno, ou até que morras, para decidires então que não há melhor momento que justamente ESTE para seres feliz! A felicidade é um trajecto, não um destino. Trabalha como se precisasses de dinheiro, ama como se nunca te tivessem magoado e dança como se ninguém estivesse a ver!"
Anónimo (para mim, pelo menos...)

Enviaram-me este texto "com amizade"....
Não sei quem o escreveu, mas estava a precisar de o ler.

domingo, 18 de abril de 2004

Em casa

Não há palavras para descrever como é bom poder continuar a ir aí e sentir-me em casa!
Bigada!

Afinal o sol também esteve

Quero vir escrever sobre este fim de semana ENORME, onde couberam tantas pessoas maravilhosas, sem as quais a minha vida não faz qualquer sentido.
Quero vir escrever sobre a paz que talvez se esteja finalmente a instalar, apesar de alguns ventos que sopram ainda serem de tempestade.
Estou ESTOURADA, amanhã volto, porque isto merece um pouco mais de calma.

sábado, 17 de abril de 2004

...

socorro..........................................................

sexta-feira, 16 de abril de 2004

Sim, é bem capaz de chover hoje.
E não é só nos meus olhos.

Anti-social

Saí mais cedo.
Afinal o céu estava cinzento, e o A. tinha razão: mau tempo para o fim-de-semana, e que chova MUITO! (estamos a trabalhar...)
Calmamente até ao carro, entrar, ligar: no rádio o único CD que lá ficou, o mesmo de sempre...
Num dos semáforos um velhote grisalho, de muletas e uma das pernas com a calça arregaçada (não consegui perceber porquê, estava longe) pede à janela dos carros. Instintivamente fecho a minha. Ele protesta com alguém à minha frente e atira algo pelo ar para o chão. Nem chega à minha beira porque entretanto está verde.
Está verde.
E eu só quero chegar a casa, meter a cabeça num buraco e fazer de conta que sou uma avestruz.
Hoje não quero falar com ninguém.

QUERO COLINHO!!!! :(
(esta frase foi dita com cara de mimo, e com uma mão a agarrar a tua manga e a agitá-la de um lado para o outro...)
(conheces a expressão...)

Ainda não acredito que não vou lá estar amanhã...

quinta-feira, 15 de abril de 2004

Despertar

Hoje tive uma noite agitada, cheia de pesadelos, e despertares desorientados.
Sonhei com extraterrestes que vinham buscar-nos, cá em casa todos dormiam e só eu via a nave espacial a rondar, aterradora.
Acordei.
Sonhei que o nosso caminho se voltava a cruzar, e senti outra vez aquela angústia de não conseguir falar contigo.
Acho que acordei novamente para a realidade de não podermos continuar um percurso comum, por mais que a falta que me fazes diga o contrário....

Soa-me familiar....

Não se pode ter tudo.

From The Edge Of The Deep Green Sea

The Cure
(de preferência acompanhada da própria música....)

Every time we do this
I fall for her
Wave after wave after wave
It's all for her
"I know this can't be wrong" I say
(And I'll lie to keep her happy)
"As long as I know that you know
That today I belong right here with you"

Right here with you...

And so we watch the sun come up
From the edge of the deep green sea
And she listens like her head's on fire
Like she wants to believe in me
So I try
"Put your hands in the sky
Surrender
Remember
We'll be here forever
And we'll never say goodbye... "

I've never been so
Colourfully-see-through-head before
I've never been so
Wonderfully-me-you-want-some-more
And all I want is to keep it like this
You and me alone
A secret kiss
And don't go home
Don't go away
Don't let this end
Please stay...
Not just for today...

"Never never never never never let me go" she says
"Hold me like this for a hundred thousand million days"
But suddenly she slows
And looks down at my breaking face
"Why do you cry?
What did I say?"
"But it's just rain" I smile
Brushing my tears away...

I wish I could just stop
I know another moment will break my heart
Too many tears
Too many times
Too many years I've cried over you

How much more can we use it up?
Drink it dry?
Take this drug?
Looking for something forever gone
But something we will always want...

"Why why why are you letting me go" she says
"I feel you pulling back
I feel you changing shape"
And just as I'm breaking free
She hangs herself in front of me
Slips her dress like a flag to the floor
And hands in the sky
Surrenders it all...

I wish I could just stop
I know another moment will break my heart
Too many tears
Too many times
Too many years I've cried for you
It's always the same
Wake up in the rain
Head in pain
Hung in shame
A different name
Same old game
Love in vain
And miles and miles and miles and miles and miles
Away from home again...

"Só por existir
Só por duvidar
Tenho duas almas em guerra
E sei que nenhuma vai ganhar


Só por ter dois sóis
Só por hesitar
Fiz a cama na encruzilhada
E chamei casa a esse lugar"

Jorge Palma
(para variar....)

Um amor e uma cabana

É curioso: conheço pessoas que se esforçam imenso, que tudo o que conquistam na vida se deve a muito trabalho a todos os níveis.
Eu tenho, por assim dizer, "mais sorte que juízo"...
Não me esforcei demasiado para conseguir muito do que tenho, e em grande parte das vezes consegui aquilo a que me propus...
Muitas vezes apercebo-me da sorte depois de a ter tido, e só então penso: tenho que a merecer... É estranho.

Pena que isto não se passe em tudo na minha vida...

Se calhar preferia aquele azar ao jogo!

(É verdade... Nunca nos contentamos com o que temos.)

quarta-feira, 14 de abril de 2004

Sempre

as pessoas!

Gostarmos das pessoas à nossa volta pode ser quase todo o caminho (e não apenas meio!) andado para gostarmos do que fazemos.
Acho que, apesar de tudo, tive sorte!
Espero estar à altura de a merecer.
Sei que tenho que fazer por isso.

Azul

Não sei como hei-de estender o meu braço, a minha mão, a ponta dos meus dedos até chegarem aí, à tua beira...
Precisava de te abraçar e dizer que tudo vai ficar bem, mas não sei como o fazer sem cair naquelas frases feitas: o sol está lá, mas neste momento tem uma nuvem na frente e por isso não o vês.... Breve vai brilhar outra vez como mereces, tenho a certeza.
(Nestas alturas a distância deixa de caber dentro de mim e força ainda mais esta dor...)
Estou aqui. Não sei se basta, mas é o que tenho. É o que posso.
É certamente menos do que o que gostava.....

Lembra-me

Decidi incluir aqui esta coisa dos comentários.
Parece que aos poucos me vou rendendo seriamente a isto do blog.
É que o meu contador cresceu bastante, e se há alguém que realmente lê isto, mesmo que seja por engano, pode querer dizer alguma coisa.
Pelo sim pelo não, está criado o espaço.

terça-feira, 13 de abril de 2004

Vícios

Acho que estou viciada em Jorge Palma.

Diz-me, por favor!

"Quando a janela se fecha e se transforma num ovo
Ou se desfaz em estilhaços de céu azul e magenta
E o meu olhar tem razões que o coração não frequenta
Por favor diz-me quem és tu, de novo?"
Jorge Palma

Acho que aos poucos me estou a esquecer....

Não é o amor que é fodido.
É o tempo.
É a distância. Física ou não.

(e eu, que nunca digo asneiras, quanto mais escrevê-las...)

Ao encontro do tema principal

da grande maioria dos meus posts...

Li aqui uma coisa que me deixou a pensar, como sempre o fazem estas coisas:

«Os amigos nunca são para as ocasiões. São para sempre. A ideia utilitária da amizade, como entreajuda, pronto-socorro mútuo, troca de favores, depósito de confiança, sociedade de desabafos, mete nojo.

(...)

Os amigos têm de ser inúteis. Isto é, bastarem só por existir e, maravilhosamente, sobrarem-nos na alma só por quem são e como são. O porquê, o onde e o quando não interessam. A amizade não tem ponto de partida, nem percurso, nem objectivo. É impossível lembrarmo-nos de como é que nos tornámos amigos de alguém ou pensarmos no futuro que vamos ter.

(..)

A amizade é a única anarquia do mundo. Vive-se e mais nada.»

Miguel Esteves Cardoso - Explicações de Português
Cais da Ribeira

Não sei se sou só eu que me desoriento desta maneira.
Não sei se sou só eu que perco tempo a pensar nestas coisas, na verdade, se não pensasse, elas passar-se-iam normalmente, mas sem sobressaltos, e eu não sofria antes delas, com elas e depois delas.

Não percebo porque o meu caminho tomou esta forma, que passos dei conscientemente ou não.
Sei que somos nós que nos construímos a nós próprios, passo a passo, só não sei porque não consigo fazer pelo menos um esboço do meu mapa e me sujeito desta forma aos ventos e à chuva, ou ao sol forte que brilha lá fora. A minha vida parece um boletim metereológico, completamente imprevisível, e nem eu imagino que tempo vai fazer amanhã.

Alguém me reponde a estes "não sei" todos?
Alguém me explica a vida, as relações, os amigos, os amores, as paixões?
Alguém me explica por favor como se faz tudo isso?
Às vezes acho que não sei....

(bem sei, há coisas que não se explicam. Simplesmente são.)

Bom dia?

Como explicar?
O Sol nasceu cedo hoje, e espaçoso, sem vergonha nenhuma, entrou-me pelo quarto dentro.
Devia ser proibido ir trabalhar depois das férias!

Chá de hortelã





Nem tive bem tempo para pensar, ou se calhar foi tempo demais, por isso não me mentalizei.
Tudo bem programado, mas as pressas de última hora são indispensáveis para se deixar algo para trás, é quase obrigatório. Nada de muito importante, do mal o menos. Houve até quem dissesse: basta o passaporte e o cartão de crédito: o resto compra-se. Será mesmo assim?
Coimbra. Encontro. Pressa. Partida. Sem grandes sobressaltos.
Assim se passa a noite em viagem, num topor de sono semi-desperto, e ao chegar era já de dia, e num instante estávamos do outro lado: um mundo à parte. Aqui tão perto, como é que é possível???
Surpreendi-me: montanhas, verde, campos, água, neve... Não o deserto castanho amarelo e seco que tinha imaginado, tirando, claro, no deserto, onde dromedários estafados e "berberes" cansados de turistas nos levam para a imensidão do nada, sob uma lua cheia gigante que tudo vê, de que nada se esconde. Dunas imensas, umas a seguir às outras, umas atrás das outras. O melhor "tajine", partilhado e comido à mão, acompanhado com pão. Fogueiras rodeadas de música. Paz.
Mas o caos é total: cidades enormes, desorganizadas, casas apinhadas, ocres, pessoas, animais, tudo numa grande mistura de sons, pregões, espanhol e francês misturados com árabe, ladaínhas intermináveis às horas certas insinuando-se por todo o lado, chamando, rezando, cheiro a carne fresca acabada de matar, de cortar, lã, pó, couro, comidas, excrementos dos burros que passam nas ruas estreitas como táxis apressados, sem ver, sem sentido, atropelando-se com bicicletas e gente, gente, gente até perder de vista, por entre a luz que vem do tecto onde o céu nos ilumina. O chão sujo da vida que não pára. Lutas de rua, macacos, serpentes e bailarinas que afinal são homens, videntes, música de tambores, pandeiros e pandeiretas, cornetas, vozes roucas, charradas, nem sempre animadas, homens, muitos homens. Mulheres cobertas, tapadas, escondidas. A água chalada, cheiro intenso a menta, despejada do alto, metal para vidro, calor que se funde no ar.
Indescritível...
Imperdível.

segunda-feira, 12 de abril de 2004

No dia da partida

senti de novo aquele "aperto" e não soube explicar
Hoje percebi....

Acabei de saber que sexta é a grande festa.
Estou de urgência sábado, não tenho como trocar.
Não tenho como ir.
Não tenho como explicar de que forma a alegria de umas férias bem passadas se dissipou.

Sr. Inginheiro

Quando soube tive um "baque"...
Queria ter-te mandado uma mensagem a desejar boa sorte, mas como sempre faltou a coragem.
Agora vejo tudo consumado...
Não sei explicar esta mistura de sentimentos que me assaltou: um orgulho indescritível por ver que finalmente conseguiste aquilo por que lutaste tanto. Uma tristeza e um vazio imensos porque neste momento tão importante já não estou ao teu lado...
Sei que fui eu que não quis continuar a lutar.
Não sei como é possível, mas ainda não sei se este é o caminho certo.

"Meu amor,
(...)
Espero que aprendas bem a remar
E espero que a luz do teu farol
Te possa sempre iluminar!"
Jorge Palma

A propósito...

Deste e de tantos outros posts que aqui tenho:

"Não há passos divergentes para quem se quer encontrar"
Jorge Palma

quinta-feira, 1 de abril de 2004

Férias

Amanhã vou de férias!
Estou mesmo a precisar de me afastar desta rotina diária, por isso vai ser óptimo atravessar o estreito que me separa de um mundo novo para mergulhar noutra civilização.
Espero trazer uma nova inspiração.
Uma nova alegria....

Óculos escuros II

Para quem estiver interessado (se é que alguém lê isto para além de mim...) comprei uns óculos!
São uns que vi hoje, nem os "clássicos" nem os "radicais".

Não há nada pior do que não ser quente nem fria e ser assim: MORNA!