sexta-feira, 16 de abril de 2004

Anti-social

Saí mais cedo.
Afinal o céu estava cinzento, e o A. tinha razão: mau tempo para o fim-de-semana, e que chova MUITO! (estamos a trabalhar...)
Calmamente até ao carro, entrar, ligar: no rádio o único CD que lá ficou, o mesmo de sempre...
Num dos semáforos um velhote grisalho, de muletas e uma das pernas com a calça arregaçada (não consegui perceber porquê, estava longe) pede à janela dos carros. Instintivamente fecho a minha. Ele protesta com alguém à minha frente e atira algo pelo ar para o chão. Nem chega à minha beira porque entretanto está verde.
Está verde.
E eu só quero chegar a casa, meter a cabeça num buraco e fazer de conta que sou uma avestruz.
Hoje não quero falar com ninguém.

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