sábado, 20 de janeiro de 2007

Ainda, sempre o medo

Enquanto digo que quero ser uma pessoa apaixonada, pratico exactamente o contrário.

Não ligo a quem me apetece, ignoro as mensagens que me nascem na ponta dos dedos, faço de conta que não penso nas pessoas à minha volta, e, se por acaso transparece algum sentimento nos meus actos, arranjo desculpas, desvio assuntos e conversas, e vou passando ao lado da vida, e talvez dos meus. (talvez?)

Se analisarmos isto com cuidado (muito gosto eu de analisar...), percebemos que também esta forma de estar provoca sofrimento. E o que é que é pior? Sofrer porque se fez de conta que não se sentia, ou assumir que se sente e bater com o coração na parede?

Para quando, livrar-me do medo???

4 comentários:

cbs disse...

"Para quando, livrar-me do medo?"
quando quiseres, isto é, quando deixares de lhe ligar (ao medo) e resolveres que tens força pra levar na cara, e ainda dar a outra face asseguir.

Só de ti depende.
E garanto-te que apesar das porradas (sejam quais forem), vais gostar mais de ti, vais sentir coragem, vais saber quem és...

Eu cá já experimentei muito bem, a coragem, a cobardia...
e já percebi, sinto-me melhor se morrer inteiro, melhor do que disperso na inanidade.

Age! bem ou mal, mas "boot"*...

*termo informático que significa o arranque da máquina :)

muska disse...

:) Sim, eu precisava de um boot ou reboot, nem sei, para ver se isto começava a sério...

Transformar as palavras em acções é uma tarefa complicada..... ;) Mesmo quando se sabe exactamente o caminho a seguir.

***

maria disse...

oh...
como conheço esta maneira de funcionar...

:)
mas o cbs deve saber! então não dizem que a idade é sábia? ;) É de ir pelo que ele diz, muska!!
JÁ!!

muska disse...

Pois, é ir...... O pior é ir! :)

***