sábado, 27 de novembro de 2004

Para M.

"A noite passada acordei com o teu beijo
descias o Douro e eu fui esperar-te ao Tejo
vinhas numa barca que não vi passar
corri pela margem até à beira do mar
até que te vi num castelo de areia
cantavas "sou gaivota e fui sereia"
ri-me de ti "então porque não voas?"
e então tu olhaste
depois sorriste
abriste a janela e voaste..."
Sérgio Godinho - A noite passada

Pela falta de palavras escolhi a música.
Acho que gostavas...

sexta-feira, 26 de novembro de 2004

Sabes?

Podias ter sido tu.
Como quase outro qualquer, arrisco-me a dizer.

Saber que do outro lado há vida leva-me também a querer viver.
Sei que já não estás sozinho nessa luta, e de certo modo, dentro do que isso me custa, fiquei feliz.
Os tempos avançam, as tristezas mudam.
Aos poucos transformam-se em alegrias.
Esta frincha que se abriu no meu peito não há fechar-se de novo.
Não vou deixar.

Não vou deixar porque, afinal, é por ela que a luz vai entrar.
Quando menos esperar...

terça-feira, 23 de novembro de 2004

Mundo

Copiei o mundo de outras Lembranças...
Está ali ao lado, é só mais uma distracção.
Enquanto não houver outras......

segunda-feira, 22 de novembro de 2004

Pedaço de Muro que fala por si #1



Parte de Mural por Ângela Toledo - Morro de S. Paulo

Espelho Negro

Este blog é o meu espelho negro.
Nele reflectem-se as nuvens que viajam incansavelmente na minha cabeça.
Mais ainda no meu coração...
O sol que me ilumina, o calor que me aquece, a vida que me mantém viva... esses brilham. Mas é lá fora.

No see. No hear. NO TALK!

Estive aqui parada algum tempo a olhar para este pequeno espaço.

Passei o tempo todo a repetir para mim própria que não ia, mas no fundo já sabia que não ia ser capaz de evitar... E ainda bem.
Estes momentos lúcidos têm sido mais frequentes ultimamente, e, como tal, volto a sentir-te como uma presença real e concreta na minha vida.
Havia mil e uma coisas para te dizer, e o que dissemos foi apenas a introdução das muitas conversas que temos que ter...
Se são muitas, e se por causa disso cada vez é mais difícil, a culpa é só minha.
Tu estiveste... estás... estarás aí.
Sempre.

Não sei quanto tempo falta até à próxima crise...
Tenho que aproveitar o sol, enquanto ele anda aí...

Defeito IV

FALAR: demasiado com as mãos. Demasiado com os olhos.
Tão pouco com voz, onde se enrolam as palavras....

Sábado à noite #1

E tudo o resto virá aos poucos.
Ultimamente funciono com um retardador.
Não tem explicação.....

domingo, 21 de novembro de 2004

Ouvido de passagem... #2

-Todos nós... todos nós estamos à espera de alguma coisa. Passamos a vida à espera de qualquer coisa...
-E tu? Tu estás à espera de quê?
-Eu? Eu estive à espera... Estive à tua espera....

sábado, 20 de novembro de 2004

Viajar



"Viajar! Perder países!
Ser outro constantemente,
Por a alma não ter raízes
De viver de ver somente!

Não pertencer nem a mim!
Ir em frente, ir a seguir
A ausência de ter um fim,
E a ânsia de o conseguir!

Viajar assim é viagem.
Mas faço-o sem ter de meu
Mais que o sonho da passagem.
O resto é só terra e céu."
Fernando Pessoa - Cancioneiro

E assim foram 80 euros....

A minha primeira multa, com direito a reboque. Ou melhor, a uma curta estadia em cima do reboque, porque felizmente cheguei a tempo de impedir danos maiores...



Gostava de ter tirado uma foto ao sítio... Quando se vê a polícia a ajudar os carros a estacionar nas bermas de uma via rápida só porque há jogo de futebol, estas coisas custam ainda mais: não estava a incomodar ninguém, não estava em cima do passeio, e ainda por cima havia uma linha amarela que terminava uns bons centímetros à frente do carro. Mas o senhor agente disse, e com razão: podia vir um camião, e não se cruzaria com outro carro, e aquela é uma rua com dois sentidos. Numa zona residencial é bastante provável.... Enfim! Cometi uma infracção....
Mas depois foi-me chamada a atenção por uma amiga para outro detalhe: eu estava a impedir a formação de uma fila! Eu estava a fazer o trabalho da polícia, ao impedir que se formassem filas de carros!!! :)
E ainda fui multada.....

Nadas

Algumas coisas transparecem, por incrível que possa parecer.
Apesar das distâncias (sim, essas já tão batidas por aqui...).
Apesar da falta de um olhar, das diferentes vozes que temos quando falamos, quando rimos, quando dizemos coisas especiais ou banais...
Essas coisas sentem-se.
Como?
Porquê?
Não sei...
E quando, sem palavras, o que ouço é nada, parece que o chão desaparece, que tenho debaixo de mim um rio furioso, que o céu se desfez em chuva, que de todos os lados vem água para me afogar, e é isso mesmo que tenho que fazer...
Tenho que fazer o que silenciosamente me dizes:
Tenho que nadar...

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E mais uma vez esta corrente me arrasta.
Mais uma vez não quero...
Sei que devo deixar-me ir, nadar para longe...
Mas não quero...
Não quero!

Porque não quero???

quinta-feira, 18 de novembro de 2004

Tinha de ser esta!

"Só por existir
Só por duvidar
Tenho duas almas em guerra
E sei que nenhuma vai ganhar

Só por ter dois sóis
Só por hesitar
Fiz a cama na encruzilhada
E chamei casa a esse lugar

E anda sempre alguém por lá
Junto à tempestade
Onde os pés não têm chão
E as mãos perdem a razão

Só por inventar
Só por destruir
Tenho as chaves do céu e do inferno
E deixo o tempo decidir

E anda sempre alguém por lá
Junto à tempestade
Onde os pés não têm chão
E as mãos perdem a razão

Só por existir
Só por duvidar
Tenho duas almas em guerra
E sei que nenhuma vai ganhar
Eu sei que nenhuma vai ganhar"
Jorge Palma - Só

Está aí a estourar o novo CD, e talvez por isso hoje tenha tido vontade de ouvir de novo as músicas velhinhas. Por isso, ou porque esta semana não foi especialmente boa...
Mas tudo se leva...
Em paz, sem sobressaltos...
Como tudo o que faço nos dias que correm.

Rumos

Então, a desesperar com aquela espera infrutífera, sem saber se passariam outros barcos, e sem saber sequer se a sua ausência tinha sido notada e já estariam em curso as buscas que viriam ao seu encontro, deixou de queimar lenha em fogueiras que só aqueciam as lágrimas.
Com as mesmas cantigas nocturnas com que tinha orientado o barco na sua direcção, juntou troncos de todos os tamanhos e feitios, envolveu-os com outras palavras de luz e sol, com folhas, com risos, e fez-se ao mar.
Fez-se à vida, para não ter que voltar a ver as costas de um barco, ou de outra coisa qualquer...
Para trás, nas suas costas, ficava a ilha deserta...

Parabéns Tribo!

Por um ano de sonhos...

quarta-feira, 17 de novembro de 2004

De costas voltadas

Ali estava o mar.
Um tom azulado, uma água transparente como à volta nunca nada foi.
Aquela ilha não era bem o que tinha parecido no panfleto publicitário.
Era um tudo incluído que na verdade não incluía nada.
Para trás estava o que estava para trás...
Para a frente estava o mar...
O mar limpo, azul, transparente: onde se viam rochas, peixes, tubarões, cobras até.
Na verdade um mar nada aconselhável para uns mergulhos refrescantes...

E ao fundo surgiu a sombra de um barco, e era aquela a hipótese.
Quantos barcos apareceriam assim no horizonte, com um contorno imponente, forte e seguro, batalhando as ondas à medida que se aproximava?
Montou a tenda na praia.
Fez fogueiras e sinais de fumo.
Cantou músicas alegres e chorou outras tristezas.
Semeou no vento palavras doces de esperanças.

E os dias passavam, e o barco aproximava-se.
E todas as promessas se cumpriam naquele barco, afinal tão simples, cada vez mais perto...

E um dia o barco perdeu o leme, deu a volta e, de costas para a ilha, para o lume que ardia queimando lágrimas antigas, para as canções nocturnas dispersas alegres na brisa, partiu...
De costas voltadas...

Dias há todos os dias

Sucedem-se, multiplicam-se, dividem-se por nós e somam-se uns aos outros...

Meias conversas

-Tenho que dar um jeito à minha vida, assim não dá...
-Então? E o que vais fazer?
-Olha: vou estudar, vou ser responsável.
-Só isso???
-Pois, quanto ao resto não posso fazer mais nada...
-Claro que podes. Eu acho que podes!

É típica, esta conversa...
Eu tenho os braços cruzados, tu nunca os tens quietos...
Seja como for, falta a outra metade...
Já faltou mais...

segunda-feira, 15 de novembro de 2004

Segunda-feira

Semana nova.
Vida nova.

Acabaram-se as mil e uma desculpas para não me embrenhar a sério no que são as minhas obrigações.

You've got mail

Gosto de chegar de férias e ter correio para abrir.
São as cartas do banco, que desfazem em dois tempos o bronze (ligeiríssimo) das férias porque me deixam mais pálida do que quando fui, são cartas do ginásio a felicitar-me por mais um aniversário (sabe tão bem saber que não se esqueceram...), é publicidade, são papéis e papéis inúteis...
Mas no meio de tudo isto encontro duas coisas que me surpreendem...
Tenho um postal de uma amiga, que abro com um sorriso enorme...
E tenho uma encomenda.
Esta encomenda devia ter sido levantada há dois ou três dias, mas eu não estava cá...
E agora, não só não sei o que era, como não sei quem mandou, porque quando fui aos correios reclamá-la, disseram-me simplesmente que estava nesse momento a ser devolvida ao remetente.

E a curiosidade, o que faço com ela?
(sim, esta pergunta também serve para ti...)

domingo, 14 de novembro de 2004

Pede um desejo #2

Quem dera que me saísse o totoloto.
Assim podia simplesmente ir trabalhar por gosto, e não pelo dinheiro...

tenho saudades tuas...

sábado, 13 de novembro de 2004

Para quem tinha dúvidas sobre este assunto

Podem descobrir aqui o significado de Muska (e de outras coisas bem mais interessantes) .
Incrível como me conheço tão mal...

As minhas preferidas são:
"muska is six and likes sausages among other things"
"muska is obviously following the footsteps of her mother in agility"
"muska is more than a sports"
"muska is available for weddings"
"muska is one of the reasons too"
"muska is insane"

Terminando com a cereja no topo:
"muska is the muska; you know what you're going to gets"

Notinha: um dia destes explico de onde veio realmente este nome estranho que escolhi para mim... e não é nem um bocadinho transcendente!

Ressacas

Não sei porque insisto: acordo com este sabor amargo na boca, este mal-estar que se generaliza a todo o corpo, mas que se concentra no lado esquerdo do peito, este peso na cabeça...

Não sei dizer porquê...

Bati a porta do carro ao mesmo tempo que perdi os olhos no céu.
Está lua nova, e como pequenina que é não se tornou ainda egoísta.
Não ofusca as estrelas que a rodeiam, não chama para si as atenções.
Dei por mim a pensar que, mesmo tão perto da cidade, este céu é lindo.

Acho que o céu assim, límpido, é mais bonito agora, que chega o Inverno...

Paguei...

A Baiana tirou em seguida um colar simples, que custava uns poucos reais, e usou o argumento de que trazia um Ronaldinho na barriga... Os lucros reverteriam a favor dele.
Não tive como dizer não.
No fim da conversa ainda me pôs mais um colar ao pescoço que, tal como a pulseira do amor, foi oferecido "de coração", para espantar mau olhado...

Estive para perguntar se seria para espantar o meu, que olha, olha e raramente vê o que importa...

Sem tu saberes...

...estive a devorar-te...

...a saborear cada pedacinho teu que encontrei aqui perdido...

...hoje apeteceste-me...

sexta-feira, 12 de novembro de 2004

Lembrança do Senhor do Bonfim da Baía

Abordada na rua, como é típico nestas situações.
"Presente da Baiana, tou dando de coração!"
Respondo educadamente que não quero, já sei que nunca são presentes, por melhor que seja o coração de quem os "oferece", acabamos sempre por ter de os pagar.
"Não pode recusar!" e agarra-me o braço.
"Não paga nada, é oferta. A Baiana tá dando!"
Antes que possa fazer alguma coisa, tenho esta pulseira vermelha no braço...
"A Baiana coloca, é a pulseira do amor"
"Estou vendo que precisa, a Baiana sabe"

Meu Deus, até a Baiana sabe???
Como é que é possível ter chegado lá?
Claro que face a esta clarividência tive que sorrir. Quantas turistas não terão um coração meio partido ou remendado, quantas não se renderão (como eu) a esta declaração de que é a pulseira do amor? Mesmo conhecendo a verdade?
Aceitei, sabendo que teria que a pagar de alguma forma.
"Pensa num desejo, é um para cada nó..."

Eu sei. Lembrei-me da minha primeira fitinha destas, oferecida por uma amiga especial há uns bons dez anos (talvez até mais), numa espécie de ritual, em que atava a dela, e ela a minha e ainda a de uma outra amiga, as três MUITO amigas....
Nessa altura os desejos eram importantes como a própria vida, e atendendo à época em que se passou, posso imaginar qual seria um deles...
A minha eterna paixão não concretizada pelo vizinho da frente, que não atava nem desatava (ao contrário das pulseiras) e me manteve numa espécie de limbo durante mais de um ano...
Esse desejo nunca se concretizou.

"Já pensou?"
Já. Um já está.
Mais um nó: um desejo. Outro que está.
"O último. Pensa no último!"
Já pensei.
O último desejo...

Cada nó cada desejo, cada desejo um só desejo.
Sempre o mesmo desejo.
Como se desejá-lo várias vezes lhe touxesse mais força...
Como que sabendo à partida que não se realizará, e que por isso mesmo precisa de ser reforçado, atado com vários nós, envolvido em três ou quatro fitinhas....

quinta-feira, 11 de novembro de 2004

Desde que vim, é o que dizem: nunca mais fui eu...

Tenho recebido várias queixas...
O que circula por aí em meu nome, quem volta à terrinha, quem viaja com amigos, quem bebe um copo de vez em quando, quem vai ter com as pessoas que importam, quem conhece outras pessoas... tudo isso, quem faz é a minha sombra.
Eu tenho ficado sempre um passo atrás, tenho observado apenas...
Tenho evitado mergulhar nas situações, tenho voltado as costas às emoções, tenho medo de sentir...



Sei, no entanto, que não é este o caminho.

Como dizia o poeta...

"Quem já passou por esta vida e não viveu
Pode ser mais mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Ai, quem nunca curtiu uma paixão
Nunca vai ter nada não
Não há mal pior do que a descrença
Mesmo amor que não compensa
É melhor que a solidão
Abre os teus braços meu irmão, deixa cair
Pra quê somar se a gente pode dividir
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração
Esse não vai ter perdão"
Vinicius de Moraes e Toquinho

Lá, do outro lado do mar...



Acho que descobri o paraíso.
Devia dizer um paraíso, não é?

Viajar é um grande problema porque rapidamente se transforma num vício. E infelizmente é um vício caro, embora se possa satisfazer com mais ou menos qualidades, e de várias formas, conforme os gostos do freguês (neste caso, do viajante) em questão.

Ali faz calor, dizem que faz o ano todo...
Mas é Primavera, e as cores dominadas pelo verde inundam as estradas, as praias, a comida, as bebidas...
Descobri uma terra saborosa, onde as pessoas são gentis e bem humoradas, onde o sol é alegre e bem apimentado como as comidas, onde os cheiros sobem no ar com notas perdidas de música ritmada, mais depressa ou mais devagar, e nos turvam os movimentos com bebidas fortes, doces...

Não fiz o meu tipo de viagem: gosto de conforto mas não faço questão de luxo...
Gosto de ir à descoberta, mas os meus companheiros não se prestaram à aventura...
Se calhar por isso volto com uma sensação incompleta, de tudo o que havia para ver e não foi visto.
Mas tudo foi bem...

Ao fim de dez dias sinto-me como se tivesse estado fora alguns meses.
A realidade esteve bem longe de mim.
Descansei e ri, comi e bebi demais, mergulhei no mar verde e azul vezes sem conta, senti o gosto salgado do sol na água, e deixei o corpo fazer parte das ondas até que as preocupações, os medos, as saudades, as emoções... tudo se dissolveu ali, por entre algumas algas e águas vivas...

Regressos

Toda a gente sabe que as viagens cansam, e eu tenho uma dificuldade particular em adormecer em posições desconfortáveis...
Por isso cheguei cansada, e a minha prioridade era dormir.
Soube-me infinitamente bem a minha caminha e a minha almofada, é incrível como pareço encaixar ali perfeitamente....
Mas voltei a sonhar contigo...
Não percebo que fenómeno é este, porque sonho contigo se não te conheço...
Encontrei-te, no sonho, mas escapavas constantemente...
A sensação de te perseguir cansou-me ainda mais, e acordei triste, porque me deparava com a realidade de haver outra pessoa...
Dizias-me que querias vir ao meu encontro, mas havia qualquer coisa nela que te impedia, contra a qual querias lutar sem saber como...

Voltou esta sensação de impotência, e não é por ela que procuro...

Linhas trocadas

Na viagem de regresso o comboio parou lá.
Aquela estação é tremendamente familiar... a luz, o movimento de comboios e pessoas...
Apeteceu-me sair ali, na letra B.
Como dantes: apanhar um taxi e ir para casa.
Como se ainda fosse ali a minha casa...
Às vezes pergunto-me se algum dia deixará de ser.
Se algum dia a vou encontrar da mesma forma noutro lugar...

quarta-feira, 10 de novembro de 2004

Próximos episódios

Depois deste pequeno momento de reconhecimento, vou tentar deixar aqui um pouco do que vi, do que senti, do que encontrei...
Pensei ir deixando posts por ordem cronológica, mas sou demasiado desorganizada para isso.
Assim, é possível que daqui a um ano eu ainda não tenha postado tudo o que diz respeito às minhas férias.

Também por isto...

Voltar tem estas coisas boas...

Encontrei o que me habituei a chamar de Jackpot, encontrei mais caixas abertas, encontrei blogs renovados... Gostei do meu regresso à blogosfera!

Mas nem só as coisas virtuais são boas: as palpáveis, as que nos aconchegam... essas são imbatíveis.
Os miminhos, os olhares, o correio, as mensagens, a comidinha, a minha cama, as minhas coisas, a sensação de que fiz falta...
Sabe bem chegar a casa...

2

É esta a diferença...
Bem vindo de volta, padrinho!

Notinha: vê lá se não voltas a mudar de ideias, que isto de andar a mudar o template dá trabalho! ;)

Mas não só...

Quando voltei senti-me a fazer anos de novo, e andei a recolher as prendas por aí...
Não consigo transformar em palavras o que sinto por ter um presente especial à minha espera... Apenas sei dizer que "obrigada" não chega para nada...

Bem me parecia...

... que lá onde estava alguma coisa não batia certo com o calor, com as frutas frescas, com o mar...
Aqui estava alguma coisa a chamar por mim!

Obrigada, Cariño!
Pelas castanhas, pelos parabéns, por me fazeres mais especial com a tua amizade, por colorires assim a minha vida!
(e já agora por teres resistido até eu chegar.... estavam deliciosas!) :)

Fim do verão

Esta sensação de "fim de verão" em fins de Outono é um pouco estranha.
Ao voltar a casa deparo-me com a realidade: aqui está frio, apesar do sol, e as roupas vão voltar a ter aquele peso aconchegante no corpo, criando a falsa ilusão de companhia. A lareira acesa e os aquecedores ligados estão de volta, bem como os cobertores a mais na cama e os pijamas de Inverno...

Bom, na verdade, nada disto é novo...
Estive fora pouco mais de uma semana e ao voltar parece que passou uma eternidade.

É bom porque posso matar saudades das pessoas, das coisas, e deste calor que me faz falta.
A parte má, do regresso a várias realidades, terei tempo para descrever depois...

É bom estar de volta!

segunda-feira, 1 de novembro de 2004

Esclarecimento

Dia 1 de Novembro - Dia de Todos os Santos
Dia 2 de Novembro - Dia de Finados (penso que em todo o mundo)

(se por acaso estiver enganada, corrijam-me por favor)

Fora de época

Vou de férias!
Tenho alguns posts em atraso, eu sei...
Fico em dívida coma algumas pessoas, também sei...
Não gosto de deixar o blog assim, incompleto, mas haverá tempo para tudo quando voltar.
Talvez até seja melhor assim, porque hei-de trazer a cabeça mais fresca e as ideias mais claras.
Espero que venham claras o suficiente para iluminar o inquilino que vive à esquerda, no meu peito, porque ele também precisa de férias e de sol...

Adenda: acabei por ter tempo para algumas actualizações. Esperam as outras pelo meu regresso...
***

Que dia é hoje?

Há dias assim: enchem-se facilmente de tristezas, mas mais facilmente de alegrias.
As presenças compensam os vazios, mas não as ausências...
É sempre assim, quem mais esperamos esquece, quem não lembramos aparece.
Há amigos que não vemos há anos, com quem não falamos a não ser nestas alturas.
E algumas mensagens abrem automaticamente um sorriso...



Tenho sorte.
Mesmo muita sorte.
Já tinha dito?


Tinha tanto para escrever e não consigo.
Estranho, isto...
De repente sinto-me limitada por fronteiras que há muito não conhecia, e tenho pena.
Hei-de voltar.
Mais livre, tenho a certeza.
A quem aqui passa, um obrigada muito especial.
Hoje, mais do que em qualquer outro dia, isto faz algum sentido.
Há outras coisas que não...

Nus,
Ouviram
Vozes
Estranhas
Murmurar
Beijos
Risonhos e
Ousados

Se estourares por aí...

... fica a saber: também por ti.
Isto é também por ti...