segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Como acontece com o café

Sabendo que estás para chegar, não consigo ver-te, ainda que te olhe.
A distância comprime-se rapidamente nas conversas iniciais, banais, mas depois o tempo e o espaço avançam juntos, e a juntar-nos, pela primeira vez depois da última, que já nem sei quando foi.
É então que te olho, agora sem medo, mais demoradamente, e consigo vislumbrar-me nos teus olhos, como dantes, como se quatro anos inteiros não tivessem passado.
E nesse instante, olhos nos olhos, cresces dentro de mim, e a tua presença é forte e segura, porque nos vemos, finalmente, e sabemos quem fomos, de onde viemos, e sabemos quem somos, despidas de banalidades.

Pode ser apenas um instante, breve, mas enche-me e perdura... e é bom......

Sem comentários: