"Ou se aceita ou se procura"
Esta foi a frase da noite. (e não fui eu a dizê-la)
Mudei de mantra e nos últimos tempos tenho repetido incansavelmente a palavra "aceita", como ordem para mim própria.
Reconheço que aceitar talvez seja o caminho mais fácil, dá menos trabalho do que ir à luta, tentar mudar as coisas.
Mas há alturas em que o cansaço fala mais alto.
E há situações em que eu, verdadeiro animal condicionado, sei que não vale a pena o esforço, a tarefa é inglória porque não traz mudanças nem melhorias, e a tendência é eu continuar a sofrer. Só.
Uma vez que estou farta de sofrer por causas perdidas, preferia ser capaz de aceitar.
Mas apesar de tudo há sempre uma vozinha a falar-me ao ouvido direito, o que ouve mais de dentro do que de fora. Essa vozinha diz-me que aceitar é adormecer os sentidos, que para aceitar é preciso sentir menos.
E eu volto a ficar dividida, sem saber o que é melhor: sentir menos ou sofrer mais?
(em todo o caso persiste sempre um orgulhozinho estúpido em sentir mais...)
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