Uma bússola, por favor!
Às vezes dou por mim a questionar-me se este esforço que tenho feito para me superar a mim própria trará algum fruto que se possa trincar sem sentir uma certa acidez.
Não é fácil, é uma estrada nova à minha frente, ou um caminho que já fiz, mas que vejo agora com outros olhos, e há buracos que tento evitar, e curvas mais apertadas que me fazem perder por momentos a aderência ao piso, mas tenho insistido.
Tenho insistido calmamente, com paciência, porque acredito quase cegamente que estou na direcção certa, mesmo não percebendo bem qual é o destino final.
E depois, por uma fracção de segundo, há um gesto, ou a falta dele, que me faz derrapar quase irremediavelmente.
Fecho então os olhos, respiro fundo uma só vez, devagar, e volto a pensar que vou ser capaz, que tenho que ser capaz.
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