terça-feira, 7 de setembro de 2004

Percursos

Saí em busca de mim própria e acabei por me perder. Esqueci-me que de noite devemos sempre ter um mapa... Então, sozinha, gritei por ajuda, chorei por alguém que me viesse buscar... Esperei, tremi de frio e de medo, ouvi as árvores em sussurros e não percebi o que diziam, e ao longe os animais segredavam palavras incompreensíveis...
E aos poucos, ali sozinha no meio de mim própria, fui percebendo a mensagem: não há ninguém que me possa ir lá buscar para me entregar ao que de mim perdi. Há coisas que só nós sabemos nossas. Há coisas que só nós podemos encontrar.
Para isso, menina, não adianta chorar e espernear, ficar sozinha aos gritos por alguém, e tentar encontrar respostas em línguas estranhas...
É preciso levantar, sacudir o pó da saia e sair... continuar a sair à procura.

Sem comentários: