quarta-feira, 17 de março de 2004

À doidinha...

Estou a ver-te conduzir "à doidinha"...
Mãos no volante e tá a andar, que vida é só uma e para trás não é caminho!
Zig-zag, trânsito na cidade, carros, motas, tudo é ultrapassável, tudo se contorna, importante é não parar.
Admiro o espírito da questão, sempre positivo, sempre para cima, sempre para a frente...
Ultimamente, no entanto, tenho-te visto passar em sentidos proibidos, entrar em ruas sem saída, passar nos vermelhos sem os veres...
Tenho estado aqui, como espectadora e, na verdade, acredito que não devo intervir, porque sei que certas conclusões só são válidas quando somos nós próprios a tirá-las... Além disso acho que não corres risco de vida, se corresses seria a primeira a saltar da cadeira para te ir buscar nem que fosse ao fim do mundo... Sabes disso.
Mas ao mesmo tempo não consigo deixar de me preocupar, pelo simples facto de que senti, desde o primeiro momento, que esse não era o melhor caminho para ti, e que talvez, desta vez, não estejas a conduzir tão bem como é teu costume...
Não sei explicar bem porquê, tão pouco, talvez seja só um pressentimento estúpido, sem significado nenhum. Espero que sim, espero estar enganada.
Mas mesmo quando dizes que estás a ir bem não consigo convencer-me que é verdade. Porquê?

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