terça-feira, 19 de outubro de 2004

Limbo

Às vezes é fácil ficar nesse limbo: trocar a realidade da tua existência pela confortável fantasia da tua inexistência.
É como um torpor, uma preguiça de sentimentos que me invade, como se realmente já não sentisse nada. Absolutamente nada.
Mas depois a tua presença concretiza-se, a tua voz materializa-se, e a tua imagem transforma-se em ti.
Nessas alturas, mais do que nunca, gostava da possibilidade de te eliminar.

Ganhaste vida própria dentro da minha vida, e depois de ter trazido pela mão até aqui, perdi-me nos passos que demos, e não sei que caminho te mostrar para saíres...

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