terça-feira, 5 de outubro de 2004

Simples

É tarde. Já viste como o tempo se apressa quando desejamos que ele reduza para segunda e vá em velocidade de cruzeiro?
Fiz a viagem depressa demais, como sempre. Gosto de a fazer assim, a esta hora, sem movimento, como se fosse eu a única pessoa do mundo.
E à chegada descubro que não sou.
Que não quero ser.
Que para além de mim há gente aí fora.
Que para além de ti há mundo para ser corrido.
E chego, agarro-me a coisas pequenas, sem significado, às coisas que não existem mas que eu quero desesperadamente tornar reais.
Agarro-me a conversas banais, a pequenas piadas, a brincadeiras inocentes.
Agarro-me a tudo porque não quero cair mais.
É só isso.
Tão simples, não?

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