sexta-feira, 8 de outubro de 2004

Memória fotográfica

Olhares cruzam-se com imagens, forjamos acontecimentos, pessoas e sentimentos.
Como num filme mudo, tudo em câmara lenta...
A vida que levamos, os sorrisos que recordamos, os sonhos que gastamos no quotidiano certo e previsível dos horários apressados, sempre atrasados.
O que é que importa?
Peneiramos o sol e ficam estes raios etéreos, leves e soltos, quase bem definidos.
Mas depois vamos lá e não somos capazes de os agarrar, ao abrir a mão ela está vazia.





A memória é esta máquina fotográfica: focamos, aproximamos e ultrapassamos a distância focal, tentamos ver tudo com grande angular e restringimo-nos às teleobjectivas...
E queremos sempre mais e mais tempo de exposição...
Os acontecimentos acabam por ficar assim: desfocados...

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