domingo, 3 de outubro de 2004

Por tu existires, aqui...

"...este começo. A vida partida do nada. A vida partida ao meio. O antes, O depois. Eu. E o eu leva-me às reticências. (...) Lembras-te de quando te conheci? "E o mundo anda às voltas" Eu conheci-te nesse dia. E o mundo deu ainda mais voltas, e que voltas... Quase estou tonta. Quase me inspiro na própria alma. E, em momentos, quase procuro a minha. É a tal busca... É o novo começo. Queria a dita força, que todas as noites procuro na almofada. Preciso de um banho de realidade. Sinto que sou uma farsa. A farsa. Mas não para ti, não para quem escrevo. Queria fazer das tuas as minhas palavras: "Só isso..." e "o abraço", sabes? Desculpa o teu blog por tudo que me faz ler. Pela tua vida que, às vezes, quase parece ser a minha.
Eu existo, eu existo aqui"

Fui eu que quis fazer das tuas as minhas palavras, e espero que não me leves a mal.
De mim para ti, de ti para mim, porque há coisas que, tenho a certeza, só nós sentimos, só nós sabemos assim...
Mas sabes, às vezes, quando olho para ti, sinto uma dor cá dentro e ao mesmo tempo uma paz, e sei que vêm ambas de tudo o que atravessamos, hoje e há dez (ou mais!) anos atrás, e em todos os momentos deste entretanto...
E depois a paz subsiste, eleva-se e domina, e sei que é por isso: por tu existires. Por tu existires aqui.
Por isso te dei este endereço, porque sabia que, melhor que ninguém, saberias chegar ao que sinto, por trás de cada palavra que escrevo... E por isso te peço desculpa. Gostava que encontrasses aqui um conforto, e não o espelho da tua vida...
Ainda que seja, talvez, uma covardia dizê-lo aqui, porque não sei se já te disse com todas as letras, adoro-te! Sempre. Aqui ou noutro sítio qualquer, hoje e daqui a todos os anos que estiverem para vir. Acho que às vezes guardo demais o que sinto, e deixo passar e perderem-se coisas importantes.
Não quero que aconteça contigo.

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