domingo, 16 de maio de 2004

Pela primeira vez desde há muitos anos não estou a saber lidar com esta situação, diferente por um lado, mas igualzinha em tudo o resto.
Disseste-me que estava tudo na minha cabeça, e que, ao pensar nisso, estava a fazer com que as coisas acontecessem.
Sei que tens razão, mas está tudo a fugir ao meu controlo...
Vi-te, sei que estás aí, e sei que estás preocupada. Se é muito bom ter-te presente, saber que não te estou a fazer bem agrava ainda mais este mal-estar todo. Nem sei o que é melhor, já.
Com calma, longe de ambientes nocturnos, de pressas e de pressões, precisamos de falar.

E quando?...
Podia escrever-te e muito provavelmente é o que farei, mas só porque neste momento não tenho mais opções.
Curiosamente, acontece contigo o oposto do que se passa com a maioria das outras pessoas: esta necessidade de falar, de esclarecer. De evitar o silêncio, ou a alternativa, que é a escrita...
Porque me obrigaste a isso, porque me ajudaste a dar um ENORME passo em frente...
Há coisas que não têm explicação.

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