quinta-feira, 20 de maio de 2004

Tubo de ensaio

Não é de agora... Normalmente quando isto acontece e alguma coisa me deita abaixo não consigo ver mais nada senão o túnel escuro que se fecha à minha frente, cada vez mais apertado. Depois, lentamente, começo a reagir. A partir de certa altura as coisas perdem a importância, assim que me habituo a elas. Por isso posso dedicar-me à busca, à procura de mim própria, da luz lá no fundo, e na verdade nada me assusta porque sinto que não tenho nada a perder. Realmente é mesmo isso: não sou só eu, mas só dependo de mim, e não preciso de saber mais nada. Quem está lá já lá estava, não há variações, oscilações, e consigo reconquistar o equilíbrio. Pode ser um equilíbrio a baixo nível, daqueles em que a trasferência de energia nem é muita, mas é um equilíbrio. E depois acontece: as pessoas, sempre as pessoas, que chegam sem avisar e enchem a minha vida. Um novo estado de equilíbrio, a alta energia. Por si só instável, como demonstram as várias experiências que tenho feito. Eu sou factor de instabilidade, sei disso perfeitamente. Então, quando alguma coisa perturba o sistema, surge o caos, completo, implacável, arrastando-me num turbilhão de acontecimentos e sentimentos e pensamentos que não consigo, não sei controlar...
Um novo equilíbrio há-de surgir, vou habituar-me aos dois lados desta equação que é agora a minha vida, e vou andar para a frente, mesmo que seja a baixa energia.
(e também, com os preços do combustível a aumentar.......)(ao que alguém responderia: "piadinha!")

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