domingo, 25 de julho de 2004

Rumo a ti

Dou-me conta agora que já está a escurecer.
Devagarinho o sol está a derreter-se no mar, e lá longe no horizonte há gaivotas que flutuam imóveis no ar do ocaso...

Tão familiar, este retrato.
Através dele vislumbro o que está para vir.
O simbolismo de todo este pôr do sol sempre me fascinou.
Explica-me em silêncio que estão para chegar novas noites e depois delas novos dias....

Enquanto estou aqui sentada, com as calças de ganga molhadas da areia em que me sentei, os pés refrescados a intervalos irregulares pelas ondas filhas que timidamente se aproximam do mundo, vejo que virás por aqui, por este caminho.
E ao perceber isso levanto-me e sacudo as calças. Ajeito as dobras que fiz em baixo para não se molharem (pelo menos não mais do que o resto, já que estava sentada na areia molhada...) e sigo o caminho por onde hás-de vir.
Sigo em frente, mar dentro... rumo à água onde o sol se dissolveu já... rumo ao queijo branco que brilha agora no céu... rumo à onda mãe.... rumo a ti......

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